Segundo projeção da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a safra 2021/2022 de algodão terá um aumento de produção de 13,4% comparado à safra anterior (2020/2021). No entanto, para que essas expectativas se confirmem, os produtores precisam dar atenção à ocorrência de doenças nas lavouras.
A ramulária continua sendo a principal doença da cultura do algodão e sua ocorrência nas lavouras contribui para uma redução significativa do potencial produtivo, uma vez que pode comprometer até 75% da produtividade, caso não seja controlada.
Essa confirmação ocorreu após uma amostragem realizada que considerou os cenários da primeira e da segunda safras de algodão de 2019/2020.
Além da ramulária, outras doenças preocupam os agricultores, em virtude do aumento de ocorrências nas safras anteriores.
Entre essas doenças, a mancha-alvo (Corynespora cassiicola) representa uma grande ameaça à produtividade, tendo em vista que persiste em diversas regiões do país, em razão do sistema de cultivo soja-algodão.
Outras doenças que merecem atenção são a mancha-de-alternária (Alternaria spp.) e a mancha-de-mirotécio (Myrothecium roridum), visto que, nas últimas safras, têm sido constatadas em nível de campo e incidem simultaneamente, gerando maior dificuldade de identificação dos patógenos nos cultivos e prejudicando o entendimento sobre as decisões de manejo.
Vale destacar também que a ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides), a mela foliar (Rhizoctonia solani) e a cercosporiose (Cercospora spp.) são doenças que podem atingir os algodoeiros e comprometer a produtividade das lavouras.
Por esse motivo, conhecer as características dessas doenças fúngicas é um passo fundamental antes de escolher as melhores estratégias de manejo.
Mela foliar
A mela foliar, causada pelo fungo Rhizoctonia solani, é uma doença esporádica, mas muito importante para a cultura do algodão, principalmente nos 30 primeiros dias do cultivo. Ela provoca perdas significativas, sobretudo em condições climáticas favoráveis ao patógeno – temperaturas entre 25° C e 30° C, além da umidade relativa do ar superior a 80%.
No estágio inicial, a doença é caracterizada pelo desenvolvimento de lesões de aparência oleosa, que adquirem aspecto de podridão mole ou escaldadura. Posteriormente, essas lesões evoluem para manchas necrosadas ou meladas. Com o avanço da doença, o tecido contaminado seca, provocando a desfolha e pecíolos necrosados.
Os danos ocasionados pela mela foliar reduzem significativamente o estande das plantas, podendo fazer-se necessária a ressemeadura da cultura. O uso de fungicidas à base de estrobilurina auxilia no manejo da doença.
Ramulose
A ramulose é uma doença incidente na cultura do algodão, causada pelo Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides e transmitida por meio de sementes contaminadas.
Esse patógeno provoca manchas necróticas nas folhas mais jovens, que evoluem e rompem o tecido necrosado, causando perfurações em formato de estrelas. Além disso, o crescimento disforme do tecido provoca o enrugamento do limbo foliar.
Outra característica da ramulose é que, após a aparição das primeiras manchas foliares, há a morte do meristema apical do ramo afetado, o que paralisa seu desenvolvimento e estimula a criação de brotos laterais, formando um aglomerado de ramos com entrenós curtos e inchados, promovendo uma aparência envassourada na planta.
Com isso, a energia da planta é direcionada para o desenvolvimento vegetativo em reação aos danos sucessíveis das gemas apicais, prejudicando o processo de frutificação.
Mancha-alvo
A mancha-alvo, ocasionada pelo fungo Corynespora cassiicola, é uma doença que tem chamado a atenção em virtude do seu potencial de ameaça à produtividade.
Essa doença necessita de condições climáticas favoráveis para a sua evolução, como períodos longos de molhamento das folhas e temperaturas entre 20 °C e 30 °C.
Os sintomas são caracterizados pelo surgimento de lesões pardas e halos amarelos na fase inicial, que evoluem para manchas de coloração castanho-clara ou castanho-escura, de aproximadamente 2 cm.
Os danos podem ocorrer em praticamente toda a planta. No entanto, são observados com mais frequência nas folhas.
A perda de produtividade está relacionada à diminuição da taxa fotossintética da planta e os tecidos danificados das folhas impedem a captação da radiação solar, o que atrapalha a realização da fotossíntese.
Mancha-de-alternaria
A mancha-de-alternaria é uma doença causada por fungos do gênero Alternaria spp. e tem como características:
- Primeiros sintomas: manchas e necroses foliares de coloração marrom-clara e contornadas por um halo marrom-escuro;
- Evolução: lesões irregulares e coalescentes, com a parte central cinza.
As manchas mais envelhecidas secam e podem criar um furo na folha. Em incidências mais intensas, pode haver comprometimento do desenvolvimento da planta e desfolha. Além disso, a doença pode levar à danificação e ao apodrecimento de frutos, sementes e grãos, caso alcance essas áreas da planta.
Cercosporiose
Observou-se na última safra diversos casos de mancha-de-cercospora em lavouras de algodão. Essa doença, causada por fungos do gênero Cercospora, preocupa os cotonicultores, sobretudo por conta da intensificação do sistema soja-algodão, já que espécies desse fungo estão entre os de maior importância na cultura da oleaginosa.
Os sintomas da cercosporiose são caracterizados por pontuações circulares e de coloração arroxeada, que atingem, inicialmente, as folhas mais velhas.
Conforme a doença se desenvolve, esses pontos evoluem para manchas de formato irregular, na coloração marrom ou parda, com bordos escuros e o centro claro, sendo que, em alta intensidade, pode provocar a desfolha prematura.
Mancha-de-mirotécio
Essa é uma doença caracterizada por manchas avermelhadas e violetas, em formato circular, que se concentram nas margens das folhas do algodoeiro. Pode ainda provocar lesões marrons ou pretas na região central da folha, conforme evoluem.
A mancha-de-mirotécio é transmitida pelas sementes e sua disseminação ocorre por meio de fragmentos contaminados em contato com as partes sadias, que alcançam a lavoura pelos respingos de água das chuvas, pela irrigação ou pelo orvalho.
A incidência desse patógeno é uma preocupação para os agricultores, por conta do seu alto potencial de destruição. Isso porque, caso não seja controlada, a doença pode comprometer até 60% da plantação.
Manejo preventivo é a solução para o controle de doenças nos algodoeiros
Alguns fatores favorecem a ocorrência de doenças fúngicas e dificultam o processo de controle nas lavouras, como:
- Os patógenos sobrevivem em restos culturais, ano após ano.
- Há incidência simultânea de mais de uma doença nas lavouras – fator que dificulta a identificação dos patógenos em virtude da semelhança dos sintomas.
Por esses motivos, o manejo preventivo, por meio da aplicação de fungicidas com alta eficácia e amplo espectro de ação, é uma ferramenta fundamental para evitar os patógenos e possibilitar o desenvolvimento saudável da planta.
Visando contribuir com agricultores que enfrentam esse desafio, a Syngenta desenvolveu excelentes soluções, que são posicionadas em diferentes etapas do cultivo:
- Priori Top: o fungicida combina dois princípios ativos e oferece atividade preventiva com ações curativa e antiesporulante, devendo ser aplicado entre os primeiros 30 e 45 dias para proteger a lavoura contra a ramulose. Além disso, o produto controla a mela foliar, em função de possuir azoxistrobina em sua composição, a estrobirulina de maior sistemicidade e amplo espectro de controle do mercado.
- Mertin 400: conta com alto efeito curativo e amplo espectro de controle. Apresenta eficácia na manutenção da área foliar do algodoeiro, começando pelo baixeiro da planta, devendo ser aplicado entre 60 e 100 dias após a emergência da cultura.
Depois de 100 dias, o ideal é manter a proteção da lavoura por meio da combinação de um efetivo triazol e um multissítio de alta eficiência contra o complexo de doenças do algodão. Portanto, para essa fase da cultura, a Syngenta oferece ao agricultor Bravonil® Top.
Bravonil® Top é a combinação inteligente de dois ingredientes ativos sinérgicos e reconhecidos: Difenoconazol, o triazol mais eficaz contra as doenças do algodão, e Clorotalonil, o melhor multissítio do mercado.
Juntos, esses dois princípios ativos proporcionam performance superior e amplo espectro, pois entregam excelência no combate à ramulária e a outras doenças do algodão.
Tudo isso em uma formulação inovadora e conveniente, pelo fato de ser uma mistura pronta, seletiva, prática para o manejo de resistência e que dispensa a complementação com qualquer outro ingrediente ativo.
Além disso, os diferenciais de Bravonil® Top são:
- Mais praticidade: formulação com multissítio, pronta e líquida, sendo mais prática no manuseio, no preparo da calda e durante a aplicação.
- Maior seletividade: formulação à base água, mais seletiva para a cultura.
- Alta tecnologia: formulação com moderno sistema de adjuvantes e surfactantes específicos, que proporcionam maior aderência e resistência para a lavagem e, portanto, maior segurança no controle.
A inovação está em nosso DNA
Com o objetivo de contribuir para que as lavouras expressem o máximo potencial da produtividade, a Syngenta conta com um portfólio completo de produtos para todas as etapas da cultura.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.
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