O manejo de plantas daninhas é um dos grandes desafios enfrentados pelos produtores de soja do Brasil. 

Essas plantas competem diretamente por recursos essenciais como luz, espaço, água e nutrientes, comprometendo o desenvolvimento da cultura de interesse econômico e, consequentemente, sua produtividade. 

Além disso, as plantas daninhas também podem servir de hospedeiro secundário de pragas e doenças, dificultar as operações agrícolas como o plantio e a colheita e sua permanência nas áreas de cultivo alimenta o banco de sementes no solo, perpetuando sua existência no ambiente produtivo.

Esse momento, em que a colheita do milho de segunda safra se encerra e os produtores começam a se preparar para o plantio da soja, representa a janela de oportunidade ideal para acertar no manejo de plantas daninhas de soja.

Com um cenário favorável para a adoção de técnicas de controle, o manejo antecipado é uma solução na qual o sojicultor brasileiro deve estar atento. 

Nesse artigo, vamos detalhar o porquê dessa técnica poder ser o diferencial de sucesso nas nossas lavouras, quais são seus benefícios e qual a melhor ferramenta para contar no momento de implementá-la. E esse momento é agora.

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O que é o manejo antecipado?

O manejo antecipado é uma estratégia de controle de plantas daninhas que é realizada entre a colheita de uma safra e o início da subsequente.

Para os produtores de soja, isso envolve a aplicação de herbicidas após a colheita da cultura de segunda safra, geralmente o milho, e antes do plantio da soja, idealmente com uma antecedência de 30 a 45 dias da semeadura.

Quais são os benefícios em realizar essa prática de manejo?

Entre as principais vantagens de se utilizar a técnica de manejo antecipado, estão:

  • Controlar as plantas daninhas nos estágios mais iniciais de crescimento, facilitando sua eliminação e reduzindo a matocompetição na lavoura a ser implantada a seguir;
  • Facilitar a operação agrícola devido à ausência de culturas no campo;
  • Controlar espécies resistentes ao glifosato ao possibilitar o uso de herbicidas com diferentes mecanismos de ação que não são aplicáveis na presença da cultura;
  • Redução do banco de sementes do solo, o que também tem um impacto positivo na instalação da safra subsequente;
  • Quebra do ciclo de pragas e doenças ao eliminar os potenciais hospedeiros secundários.

O infográfico abaixo resume as vantagens da aplicação dessa técnica de manejo:

Fonte: Mais Agro, 2021.

Por que o manejo antecipado é tão importante para a cultura da soja?

Além dos benefícios já citados, um estudo realizado no Estado do Paraná, por pesquisadores em Fitotecnia, demonstrou a eficácia superior do manejo antecipado:

“No sistema de manejo antecipado, foram observados níveis de controle da infestação significativamente maiores […] devido às duas aplicações de herbicidas antes da semeadura […] evitando-se assim a interferência das plantas daninhas na soja desde o momento da semeadura” (Constantin, et al., 2009).

Os resultados mostraram que o manejo antecipado reduziu a densidade de plantas daninhas, proporcionando uma série de benefícios para o produtor e a cultura, além do controle inicial da infestação:

  • Evitou a interferência precoce das daninhas na cultura de interesse
  • Reduziu fatores que limitam a produtividade da soja
  • Facilitou o controle de plantas daninhas em pós-emergência
  • Favoreceu o desenvolvimento da cultura, antecipando o fechamento das entrelinhas em cerca de 14 dias
  • Aumentou a produtividade da soja
  • Proporcionou menor umidade nos grãos nas fases finais do cultivo

Outro estudo, publicado na Revista da Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas, encontrou resultados similares, enfatizando a importância do manejo antecipado na redução do fluxo de emergência de invasoras após a emergência da cultura, resultando em uma diminuição significativa das reinfestações sem prejudicar a soja. 

Esse é o cenário ideal para um MIPD focado no manejo antirresistência e na proteção da rentabilidade do produtor rural.

Em resumo, o manejo antecipado é uma estratégia de controle de plantas daninhas na soja que fortalece o MIPD como um todo, oferecendo vantagens desde a instalação da cultura, facilitando a semeadura em solo limpo, favorecendo a emergência e o desenvolvimento inicial da soja até a fase reprodutiva, com melhorias na produtividade e otimização das aplicações subsequentes.

É possível controlar a buva no manejo antecipado??

A buva é uma planta anual, do gênero Conyza spp., que germina no final do cultivo de verão e se torna um problema significativo na entressafra, podendo hospedar doenças ou servir de alimento para pragas que migram entre culturas, além de desempenhar um forte papel competitivo nas lavouras comerciais em que se estabelece.

Essa é uma das plantas daninhas mais problemáticas na cultura da soja, sendo reconhecida pelo HRAC (Comitê de Ação de Resistência a Herbicidas) como uma espécie com resistência múltipla, o que significa que vários herbicidas têm eficácia limitada contra ela, especialmente em casos de altas infestações.

Outro aspecto preocupante é que a presença da buva aumenta gradualmente o banco de sementes no solo, cujas consequências são visíveis apenas na safra seguinte, afetando as culturas subsequentes.

Essa daninha se destaca por sua adaptabilidade, diversidade genética e complexidade de identificação morfológica. Essa planta se reproduz por meio de sementes que se dispersam pelo vento e por maquinários, com cada planta sendo capaz de produzir até 300 mil sementes, resultando em infestações severas e difíceis de controlar.

Nos últimos anos, a presença da buva tem aumentado, causando preocupações significativas, já que se estima que 2,7 plantas por metro quadrado podem reduzir a produtividade da soja em até 50%. Além disso, a buva é problemática também para o milho, tornando crucial a redução de suas infestações em sistemas de sucessão de culturas.

Especialistas enfatizam a importância de incluir o manejo antecipado no MIPD em áreas historicamente afetadas pela buva. Controlar essa daninha no momento certo é fundamental para garantir eficiência, pois, uma vez estabelecida, a buva se torna altamente competitiva e agressiva, dificultando o manejo em pós-emergência.

Nesse período de entressafra, os produtores têm a oportunidade de eliminar essas plantas daninhas enquanto ainda estão jovens, garantindo uma lavoura limpa, o que proporciona as melhores condições para o plantio da soja.

Resumidamente, algumas características dessa espécie são:

  • Resistência a vários mecanismos de ação, como os inibidores da EPSPS (glifosato)
  • Capacidade de atingir até 150 cm de altura
  • Produção de mais de até 300 mil sementes por planta
  • Dispersão de sementes que pode alcançar até 100 metros a partir da planta-mãe e, em alguns casos, até 500 metros.
Planta de buva (Conyza spp.) em lavoura de soja.

Como implementar o manejo antecipado dentro do manejo integrado de plantas daninhas?

O Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD) envolve diferentes práticas que podem ser integradas para otimizar o controle de plantas daninhas e, em conjunto, promoverem o manejo antirresistência nas lavouras.

Essa tática inclui a rotação de mecanismos de ação das moléculas de herbicidas, associadas a outras técnicas de controle, como o uso de cobertura vegetal do solo (como a palhada ou plantas de cobertura) para reduzir a infestação de plantas daninhas nos ambientes produtivos.

Além do MIPD, para realizar o manejo antecipado de forma eficaz, é crucial selecionar ferramentas herbicidas que sejam altamente eficazes e adequadas para as espécies de plantas daninhas presentes na área. 

Somado a isso, a aplicação deve ser feita no intervalo correto entre as safras, idealmente de 30 a 45 dias antes do plantio da soja e, após a aplicação, é importante monitorar a eficácia do tratamento e ajustar as práticas conforme necessário, para garantir que o campo esteja livre de plantas daninhas antes da semeadura.

No episódio abaixo do DTM Cast, uma iniciativa do Estúdio Mais Agro, feita pelo time de Desenvolvimento Técnico de Mercado da Syngenta Brasil, Leandro Paiola Albrecht, Doutor em Ciência das Plantas Daninhas e Professor na UFPR, compartilha informações para ajudar na compreensão do que faz diferença no controle de plantas daninhas na lavoura.

Manejo Antecipado com CALARIS®: quem começa na hora certa, acerta no controle

Reconhecendo a importância do manejo antecipado na entressafra milho-soja, a Syngenta desenvolveu uma formulação herbicida ideal para o controle de plantas daninhas nesse período: CALARIS® MA.

Com um amplo espectro e alta eficácia no controle de plantas daninhas resistentes, CALARIS® MA é uma inovação no manejo de plantas daninhas ao combinar duas moléculas com efeitos sinérgicos, mesotriona + atrazina, o que potencializa a ação de cada componente em comparação com sua aplicação isolada.

No manejo antecipado, CALARIS® MA é excelente no controle do banco de sementes, prevenindo novos fluxos de emergência no sistema. Além disso, sua tecnologia de formulação estabiliza os ingredientes ativos, promovendo alta performance da solução, doses equilibradas e um efeito residual que inibe ao máximo a emergência das sementes no solo, permitindo que a cultura se desenvolva em uma área livre de plantas daninhas.

Com um desenvolvimento vigoroso da soja desde o início, não há espaço para as plantas daninhas competirem com a cultura caso venham a surgir em pós-emergência.

Dessa forma, as invasoras são controladas no momento ideal com o uso de CALARIS® MA no manejo antecipado, mantendo-se longe do período crítico de interferência e resolvendo grande parte das dificuldades encontradas pelos sojicultores no controle de diversas espécies ao longo do ciclo vegetativo da soja.

Resumidamente, os principais benefícios de CALARIS® MA são:

  • Amplo espectro de controle: CALARIS® MA é eficaz contra as principais espécies de plantas daninhas de folhas largas e estreitas.
  • Efeito sinérgico: a associação de duas potentes moléculas torna CALARIS® MA uma composição única e eficiente contra plantas daninhas resistentes ao glifosato.
  • Alta eficiência: esse herbicida demonstra potência de controle tanto em ambientes com pouca umidade quanto em mais úmidos.
  • Segurança: a aplicação de CALARIS® MA 30 a 45 dias antes do plantio da soja é segura quanto à seletividade ao cultivo, permitindo que a soja expresse seu máximo potencial produtivo sem injúrias.
  • Combate ao desenvolvimento de resistência: CALARIS® MA é referência no controle de plantas daninhas reconhecidamente resistentes ao glifosato, com alta eficácia no controle de buva.

Se você ainda tem dúvidas, assista abaixo ao depoimento do especialista Dr. Pedro Christofolleti, da PJC Consultoria Agronômica Ltda., sobre a eficiência de CALARIS® para o manejo antecipado na cultura de soja, controlando daninhas resistentes e tolerantes ao glifosato:

Por último, confira abaixo o posicionamento de CALARIS® e não perca mais tempo:

CALARIS® deve ser aplicado entre 30 e 45 dias antes da semeadura da soja, dependendo do tipo de solo, do percentual de matéria orgânica, do regime pluviométrico, entre outros fatores, e pode ser combinado com outros herbicidas conforme necessário. 

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

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