O milho é atualmente um grão de grande importância econômica, sendo produzido em larga escala em todo o mundo, com EUA, China e Brasil na liderança, para atender às demandas em alimentação humana e animal, além da produção de subprodutos, com destaque para o etanol de milho, uma fonte renovável de energia que vem ganhando espaço no mercado. Com uma longa história envolvendo a humanidade e o cultivo de milho, o avanço das tecnologias para a cultura não para, incluindo a promoção de efeitos fisiológicos benéficos por meio de ativos do grupo químico das estrobilurinas, como a azoxistrobina.

A jornada para chegar até aqui, no entanto, foi extensa. A cultura é nativa das Américas e já fazia parte do cardápio das populações indígenas, que reconheciam seu valor nutricional e aplicavam técnicas para transformar o cereal em farinha. Com a chegada dos europeus, não demorou muito para o grão ser levado para outros países. Assim, inicia-se sua importância comercial, o aumento do consumo e da produção. 

São tantos os setores que utilizam o milho, por sua versatilidade de uso e por seus benefícios nutricionais e para a saúde, que hoje ele é um dos grãos mais produzidos no mundo. Algo que só é possível por conta do interesse científico, que cria maneiras de ampliar a capacidade de produção e a sua aplicação industrial, em benefício da sociedade.

Nesse contexto, o controle de doenças que prejudicam a cultura e que podem colocar toda uma área a perder foi um dos primeiros tópicos de interesse da ciência. O desenvolvimento de técnicas e soluções de manejo de doenças já permite que os principais patógenos sejam mantidos sob controle, como o Puccinia polysora, que causa a ferrugem-polissora no milho, o Phaeosphaeria maydis, responsável pela mancha-de-phaeosphaeria ou mancha-branca, o Cercospora zeae-maydis, responsável pela cercosporiose, entre outros. 

Não satisfeitos com o desenvolvimento de soluções eficientes no controle de doenças do milho, pesquisadores, instituições, empresas do agronegócio e produtores rurais voltaram sua atenção para explorar mais benefícios que os ativos fungicidas podem entregar, a fim de proteger o potencial produtivo da cultura. Assim, chega-se a um momento tão avançado da história do milho a ponto de ser possível investigar e manipular os efeitos fisiológicos benéficos que as estrobilurinas proporcionam.

Estrobilurinas para além do controle de doenças do milho

O tratamento fitossanitário para controle de patógenos fúngicos no milho tem como principal objetivo proteger as folhas, que são atacadas pelos parasitas de maneira a diminuir a atividade fotossintética da planta e prejudicar gravemente a formação de espigas. As chamadas doenças foliares não afetam somente a produção de energia pela atividade de respiração da planta, mas também causam perdas de nitrogênio e de outras propriedades armazenadas nas folhas, essenciais para o bom desenvolvimento da cultura.

 

FERRUGEM

Sintomas de ferrugem-polissora em folha de milho. Fonte: Embrapa.

Diante do alto potencial que o complexo de doenças do milho tem de limitar o potencial produtivo da cultura, percebeu-se que não bastam tecnologias para controlar os patógenos, é preciso também fortalecer as plantas para que ganhem resiliência diante de estresses ambientais. O desenvolvimento de cultivares resistentes é um desses avanços, e a descoberta dos efeitos fisiológicos positivos que as estrobilurinas oferecem às plantas impulsiona ainda mais a produção.

O que são estrobilurinas?

Estrobilurina é o nome do grupo químico que comporta ingredientes ativos fungicidas sistêmicos. Essas moléculas apresentam amplo espectro de controle e vieram como uma alternativa para as carboxamidas, grupo químico mais antigo e que apresentava espectro mais estreito. A descoberta das estrobilurinas significou um avanço no manejo antirresistência e ganha ainda mais importância com os recentes estudos em relação aos efeitos fisiológicos benéficos que oferece às plantas.

As estrobilurinas têm a característica de atuar em sítio-específico e interferir na respiração dos patógenos. Seu modo de ação é como Inibidores Externos de Quinona (IeQ), ou seja, impede a produção de energia dos patógenos ao atuar sobre a transferência de elétrons nas proteínas responsáveis pelo transporte de hidrogênio, chamadas citocromos.

Dentro desse grupo, o ativo azoxistrobina se destaca por apresentar boa sinergia com moléculas de outros grupos químicos, algo que amplia o espectro de controle e evita a seleção de patógenos resistentes.

Infográfico 2

6 efeitos fisiológicos benéficos da estrobilurina azoxistrobina na cultura do milho

Testes para avaliar a eficiência do controle de doenças do milho com aplicação de estrobilurinas isoladas ou em mistura com triazóis, como o ciproconazol, já evidenciam a boa performance dos produtos para o manejo dos principais patógenos, como pode-se observar na seguinte tabela divulgada pela Embrapa, em dezembro de 2021:

INFO

No estudo representado acima, as estrobilurinas apresentaram bom desempenho em todos os testes, chamando atenção para a alta eficácia no controle de ferrugens, enquanto a combinação com triazóis incrementou ainda mais a eficiência contra helmintosporiose e mancha-de-diplodia.

Já as análises para verificar os efeitos fisiológicos são feitas em áreas sem severidade de doenças, para que seja possível mensurar os benefícios sem influência dos patógenos. Em uma revisão de literatura de estudos desenvolvidos nos últimos 5 anos, é possível verificar 6 efeitos fisiológicos para o milho com o uso de estrobilurinas.

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  1. Aumento de área verde

A presença de azoxistrobina resulta em um ganho significativo na estrutura foliar. O ativo funciona como um regulador hormonal e aumenta a permanência de clorofila na planta, com consequente melhoria da área verde. Todo esse processo está relacionado à síntese de substâncias responsáveis pelo envelhecimento da planta (senescência) e pela queda das folhas.

Assim, a diminuição da senescência aumenta a longevidade foliar, como consequência, todos os nutrientes armazenados naquela folha são aproveitados por mais tempo pela diminuição da desfolha e incrementos na área foliar.

  1. Aumento da taxa fotossintética

A aplicação de estrobilurina em milho resulta em maior capacidade de entrada de gás carbônico por conta do aumento da quantidade de estômatos, e essa capacidade de trocas gasosas  significa o aumento da taxa fotossintética, que ajuda a planta a adaptar-se diante de estresses ambientais. O período de fotossíntese também é beneficiado pelo aumento do teor de clorofila, como comentado no tópico anterior, fato que leva ao incremento da quantidade de massa no estádio reprodutivo.

  1. Maior espessura da epiderme

Como efeito do uso de azoxistrobina, foi verificado ainda aumento da espessura do tecido vegetal. Isso melhora a capacidade de proteção da planta e diminui a perda de água, tendo como consequência melhor eficiência do uso da água pela retenção das moléculas de H2O dentro da planta.

  1. Melhor capacidade de retenção de nutrientes

Há uma melhoria no tamanho das células da bainha e maior diâmetro das células do xilema, que leva a um aporte maior de nutrientes para a planta.

  1. Aumento da atividade da enzima nitrato redutase

Por atuar diretamente na respiração celular ou mitocondrial, a estrobilurina leva ao aumento da atividade da enzima nitrato redutase, que age na assimilação de nitrato. Nesse processo, a planta é beneficiada com maior disponibilidade de nitrogênio para produzir proteína.

  1. Acréscimo na produtividade

Todos esses fatores, somados ao efetivo controle de doenças, permitem que a cultura expresse todo o seu potencial produtivo, resultando ainda em grãos de melhor qualidade, com maior teor de proteína e de óleo (por conta do equilíbrio de elementos como carbono e nitrogênio). Assim, se assegura a proteção às plantas, que se tornam mais resilientes e produtivas a partir do incremento das substâncias que são transferidas da folha para o grão.

A solução para a produtividade no milho

Todos os benefícios dos efeitos fisiológicos proporcionados pela azoxistrobina no milho podem ser encontrados em uma única solução: Priori Xtra®. O fungicida multiculturas dá um passo à frente no controle de doenças, combinando a estrobilurina com um triazol sistêmico (de ação preventiva e curativa, altamente eficaz no controle de ferrugens).

Como já foi comprovado neste artigo, essa mistura apresenta performance superior no manejo de doenças do milho, resultando em um fungicida de rápida absorção e translocação, que age mais e por mais tempo. Além disso, fortalece as plantas por conta das características intrínsecas ao ingrediente ativo principal, favorecendo efeitos fisiológicos benéficos às plantas e potencializando incrementos em produtividade e qualidade do produto final.

Assim, além de ser ideal para pulverizações preventivas, Priori Xtra® resolve o problema da produtividade, fortalecendo a planta para enfrentar desafios climáticos e protegendo toda a parte aérea do milho. Com dois modos de ação e benefícios extras oferecidos pela azoxistrobina (a estrobilurina mais sistêmica do mercado e de amplo espectro de ação), Priori Xtra® entrega:

  • amplo espectro: eficiência contra as principais doenças;
  • controle superior: protege as plantas da folha à espiga;
  • eficiência: sistemicidade e rapidez na translocação.

No vídeo a seguir, é possível observar como isso funciona na prática:

O cultivo de milho no Brasil tem importância histórica para a atividade agrícola, e soluções de alta tecnologia como Priori Xtra® oferecem o impulso necessário para manter o setor em crescimento e melhorar a rentabilidade e a produtividade do agricultor.

O conjunto de todas essas características e benefícios faz de Priori Xtra® um aliado indispensável para o produtor de milho, consagrando essa tecnologia como o fungicida de melhor retorno sobre investimento para a cultura do milho.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.

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