O uso de produtos biológicos no controle de pragas na soja representa uma estratégia cada vez mais indispensável na agricultura moderna. Essa abordagem é fundamental para o Brasil, o maior produtor e exportador mundial da cultura, que enfrenta constantes desafios fitossanitários.
Dentro do Manejo Integrado de Pragas (MIP), o controle biológico se destaca como uma estratégia de grande relevância, utilizando agentes de controle naturais, como microrganismos, predadores e parasitoides, para regular a população de pragas.
A forte expansão da inclusão de biológicos no manejo fitossanitário da soja só mostra como essa ferramenta é cada vez mais indispensável para um manejo eficiente e sustentável na sojicultura moderna.
Neste conteúdo, entenda os principais desafios no controle de pragas da soja, a importância e as vantagens da inclusão dos produtos biológicos no MIP, além de conhecer uma solução biológica que oferece máximo controle com a máxima praticidade!
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Principais desafios no controle de pragas da soja
A sojicultura brasileira enfrenta um cenário fitossanitário complexo, em que a lavoura pode ser atacada por diversas pragas desde a emergência até a fase de maturação fisiológica da soja, atacando raízes, folhas, hastes, flores e vagens.
Os danos causados por esses insetos-praga representam uma das maiores barreiras para que a cultura atinja seu máximo teto produtivo, provocando perdas de produtividade expressivas.
Dentre eles, algumas espécies-chave vem se destacando nas últimas safras. São eles o complexo de percevejos da soja e a mosca-branca.
A crescente pressão de percevejos na sojicultura
Os percevejos consolidaram-se como uma das ameaças mais prejudiciais à rentabilidade da sojicultura, sendo considerados uma das principais pragas da cultura. O complexo de espécies que ataca a soja inclui o percevejo-marrom (Euschistus heros) e o percevejo-barriga-verde (Dichelops melacanthus).
Esses insetos têm um alto potencial de dano, pois, além de atacarem as estruturas vegetativas da planta, também atacam diretamente as vagens e os grãos, provocando um impacto severo na produtividade da cultura.
Ao perfurarem as vagens para se alimentarem dos grãos em desenvolvimento, causam o chochamento, a má formação e a queda das vagens, impactando diretamente o peso e o número de grãos por planta.
Além da perda quantitativa, a qualidade do produto final também é comprometida, uma vez que as perfurações servem como porta de entrada para doenças fúngicas, depreciando o valor comercial da produção.
A mosca-branca é outra praga da soja que tem causado preocupação entre sojicultores
Outro desafio de grande relevância e que tem gerado preocupação crescente é a mosca-branca (Bemisia tabaci), um inseto sugador que ataca principalmente as folhas da soja.
A sua presença na lavoura causa danos diretos e indiretos, que, somados, podem levar a perdas significativas de produtividade, tornando-a uma praga de difícil manejo dentro do sistema de produção.
O dano direto ocorre quando a mosca-branca, tanto na fase de ninfa quanto de adulto, se alimenta da seiva elaborada das plantas. Essa sucção constante de nutrientes essenciais enfraquece a planta, retarda seu desenvolvimento e afeta seus processos fisiológicos.
Em altas infestações, a planta pode apresentar amarelecimento e murcha das folhas, comprometendo sua capacidade de realizar fotossíntese e de encher os grãos adequadamente.
Já os danos indiretos contribuem para perdas na soja ainda mais severas. Durante a alimentação, a mosca-branca excreta uma substância açucarada, conhecida como “honeydew”, que fica sobre as folhas.
Esse substrato é ideal para o desenvolvimento de fumagina, uma camada escura formada por fungos oportunistas que se instalam sobre a superfície foliar. A fumagina bloqueia a luz solar e reduz a taxa fotossintética, prejudicando o metabolismo da planta e, consequentemente, a produção final da cultura.
A capacidade de adaptação da mosca-branca é alarmante e representa um grande desafio. Nas últimas safras, a praga não só pressionou a cultura da soja, mas também se espalhou para outras culturas.
Essa plasticidade para infestar diferentes culturas torna seu manejo ainda mais complexo em sistemas de produção, exigindo uma visão integrada do sistema produtivo para quebrar o ciclo da praga.
O papel do controle biológico no Manejo Integrado de Pragas (MIP) da soja
Dentro do contexto do Manejo Integrado de Pragas (MIP) na soja, os produtos biológicos surgem como uma ferramenta fundamental, atuando de forma complementar para impedir que os insetos-praga atinjam níveis capazes de causar dano econômico para o produtor.
Seu uso contribui para construção de um sistema produtivo mais resiliente e sustentável, se valendo de mecanismos de ação já presentes na natureza para o controle de pragas da soja.
Vantagens do uso de produtos biológicos no manejo da soja
A crescente adoção de produtos de origem biológica pelos produtores rurais é impulsionada por uma série de vantagens técnicas, econômicas e ambientais que vão além do controle de pragas na soja.
Esses insumos são ferramentas estratégicas que auxiliam os agricultores a enfrentarem desafios complexos da agricultura moderna, oferecendo uma abordagem integrada que maximiza a eficiência do manejo agrícola e melhora os resultados no campo.
Uma das principais vantagens é a sinergia que os produtos biológicos estabelecem com os defensivos químicos. Eles são excelentes parceiros que elevam os patamares de produtividade das lavouras por terem benefícios complementares.
A combinação de diferentes modos de ação aumenta a eficácia do controle fitossanitário, criando sistemas de manejo mais eficientes, especialmente no manejo de pragas e doenças de difícil controle.
Do ponto de vista da sustentabilidade, um dos grandes destaques dos produtos biológicos é a sua alta especificidade, que preserva os inimigos naturais e outros organismos não-alvo. Essa seletividade é crucial para manter o equilíbrio ecológico da lavoura e potencializar o controle biológico natural.
Ao complementar o uso de químicos, os biológicos também ajudam a proteger a eficácia dessas tecnologias, prolongando sua vida útil e reduzindo o risco de desenvolvimento de organismos resistentes.
Dentre os diferentes produtos biológicos para controle de pragas da soja disponíveis no mercado, aqueles formulados com bactérias do gênero Pseudomonas têm ganhado destaque, visto os seus benefícios para o sistema de produção como um todo.
O potencial das bactérias do gênero Pseudomonas no manejo de pragas da soja
Dentro do universo de agentes de controle biológicos, as bactérias do gênero Pseudomonas, especialmente as espécies Pseudomonas chlororaphis e Pseudomonas fluorescens, vem se destacando no controle de pragas da soja.
Essas bactérias são capazes de colonizar a rizosfera da soja, região próxima às raízes, onde estabelecem relações mutualísticas com as plantas, promovendo o crescimento vegetal ao mesmo tempo em que atuam no controle de pragas e doenças.
Elas conseguem fortalecer as plantas contra o ataque de pragas, através da produção de diferentes compostos, que resultam em plantas mais saudáveis e nutridas, e, portanto, mais resistentes a estresses.
No controle direto de pragas da soja, algumas cepas de Pseudomonas fluorescens, selecionadas por sua atividade entomopatogênica, apresentam potencial para produzir toxinas que afetam o sistema digestivo de pragas da soja, como percevejos (Euschistus heros) e a mosca-branca (Bemisia tabaci).
De forma semelhante, a Pseudomonas chlororaphis produz metabólitos com ação inseticida, que leva à interrupção da alimentação e, consequentemente, à morte do inseto.
Adicionalmente, ambas as espécies produzem metabólitos secundários com potente ação antimicrobiana, como as fenazinas e a piocianina, que inibem o crescimento de fungos patogênicos do solo, como Fusarium solani, Rhizoctonia solani, Pythium ultimum e Macrophomina phaseolina, e até mesmo o agente causal da ferrugem-asiática-na-soja, Phakopsora pachyrhizi.
Além disso, elas podem ativar a Indução de Resistência Sistêmica (ISR) na planta, um mecanismo que prepara e fortalece as defesas naturais da cultura contra futuros ataques de patógenos e insetos-praga.
Ambas espécies podem ser encontradas em NETURE™, o inseticida microbiológico da Syngenta Biologicals com alta eficiência em sugadores de difícil controle, tipo que inclui os percevejos, a mosca-branca e outras pragas da soja.
NETURE™: o biológico que abre novos horizontes no controle de pragas da soja
Diante do complexo cenário de pragas na sojicultura e da crescente necessidade de aliar produtividade e sustentabilidade, a Syngenta Biologicals, segmento especializado em produtos biológicos da Syngenta, apresenta uma solução inovadora.
NETURE™ é um inseticida microbiológico de alta performance, desenvolvido para oferecer uma nova perspectiva no Manejo Integrado de Pragas, com foco em sugadores de difícil controle que tanto desafiam o produtor rural.
Esse bioinseticida representa a evolução do controle biológico, combinando múltiplos modos de ação com a praticidade que a lavoura moderna exige.
Sua formulação foi pensada para se integrar perfeitamente ao MIP, oferecendo uma ferramenta versátil e de amplo espectro que atua em sinergia com outras práticas de manejo para proteger o potencial produtivo da soja.
A tecnologia inovadora por trás de NETURE™ para o controle de percevejos, mosca-branca e outras pragas da soja
A tecnologia de NETURE™ é baseada na combinação sinérgica de duas espécies bacterianas: Pseudomonas chlororaphis e Pseudomonas fluorescens.
Essa formulação única foi desenvolvida para o controle das principais pragas da soja, como o percevejo-marrom (Euschistus heros) e a mosca-branca (Bemisia tabaci raça B), além de outras pragas, como o percevejo-barriga-verde (Dichelops melacanthus) e os tripes (Caliothrips brasiliensis e Frankliniella schultzei).
Sua eficácia reside em múltiplos e complementares modos de ação que atuam diretamente sobre os insetos, como também fortalencendo à cultura.
A cepa de P. chlororaphis presente em NETURE™ é responsável pela produção de metabólitos inseticidas (HCN, terpenos) e de proteínas específicas (FitD, FitE).
Quando ingeridas pelos insetos, essas proteínas atuam diretamente no sistema nervoso, causando paralisia da musculatura e também do trato digestivo, interrompendo o processo de alimentação e levando as pragas à morte.
Esse mecanismo duplo, que afeta tanto o sistema digestivo quanto o nervoso, confere ao produto um controle robusto sobre um amplo espectro de pragas da soja e de outras culturas.
Outro grande diferencial de NETURE™ é a sua rapidez de ação. Os metabólitos inseticidas produzidos por seus agentes biológicos ficam prontamente disponíveis para o controle das pragas logo após a aplicação.
Além disso, os agentes biológicos de NETURE™ induzem a planta a produzir terpenos voláteis, compostos que liberam uma fumigação natural com alta repelência nos insetos, afastando-os da cultura e contribuindo para uma proteção eficiente e prolongada.
Complementando a ação inseticida, o P. fluorescens também promove o crescimento das plantas. Esse efeito resulta em um melhor estabelecimento da cultura e maior vigor vegetativo, tornando as plantas mais tolerantes a estresses ambientais.
NETURE™ vai além do controle de pragas da soja, oferecendo máxima praticidade ao produtor
Aliado a esses benefícios agronômicos, NETURE™ oferece máxima praticidade ao produtor: não necessita de armazenamento refrigerado e é compatível com misturas de tanque com defensivos químicos, facilitando a operação no campo e consolidando-se como uma ferramenta indispensável para um manejo integrado de alta performance na soja.
Portanto, a evolução do controle biológico, especialmente com o desenvolvimento de inseticidas microbiológicos de alta performance, representa um novo horizonte para a proteção da soja.
A incorporação de tecnologias inovadoras como NETURE™ ao Manejo Integrado de Pragas (MIP) não só oferece um controle eficaz sobre as principais pragas da soja, mas também promove a saúde das plantas e a sustentabilidade do sistema produtivo.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
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