Conforme a atividade agrícola se intensifica, os desafios de produção aumentam. A produtividade da sojicultura brasileira mais do que dobrou desde o início do registro da série histórica da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), e as doenças da soja acompanham esse crescimento.
Se alcançamos, na safra 2022/23, a incrível marca de 154.566.300 toneladas de soja produzidas, e as doenças têm o potencial de reduzir mais de 30% da produtividade – podendo chegar a 80%! –, imagina quanto seria possível produzir mitigando os danos causados pelos patógenos e, consequentemente, aumentando a eficiência de produção por hectare.
A principal preocupação é que a pressão desses patógenos vem aumentando nos últimos anos, o que significa maior severidade de danos nas áreas afetadas, principalmente naquelas com presença de mais de uma doença, debilitando diversas estruturas das plantas em diferentes estádios de desenvolvimento.
Outro sinal de alerta é a abrangência das principais doenças da soja. Ferrugem-asiática, mancha-alvo, DFCs (doenças de final de ciclo), oídio, antracnose e outras já são verificadas na grande maioria das regiões produtoras brasileiras, com mais agressividade em Estados como Mato Grosso e Rio Grande do Sul, responsáveis por significativa parcela da produção nacional.
Por último, a entrada de novas doenças é um ponto de atenção. Muitos estão sendo os esforços em compreender a podridão de vagens e grãos (anomalia da soja) e o quebramento das hastes. A descoberta, a sistematização e o comprometimento em aprofundar o conhecimento sobre essas doenças significam avanços no setor agrícola, que consegue reconhecer seus inimigos.
O contexto dos patógenos da cultura da soja é realmente preocupante, mas o fato de que sabemos reconhecer essas doenças e criar estratégias para lidar com elas coloca o produtor rural um passo à frente. Um exemplo disso é a questão climática.
Diante da previsão de condições de clima diferentes das experienciadas nos últimos três anos, já se têm em vista práticas de manejo para driblar os impactos na pressão de doenças da soja, com expectativa de ser ainda maior em regiões que podem apresentar temperatura e precipitação favoráveis para o desenvolvimento dos patógenos.
Qual a relação entre as principais doenças da soja e o clima previsto para a safra 2023/24?
O Estado do Mato Grosso é o maior produtor de soja do Brasil, tendo produzido cerca de 30% do volume total colhido na safra 2022/23. A soja cultivada entre setembro e março fica instalada em um período com clima favorável para o desenvolvimento das principais doenças: temperaturas entre 25 ºC e 30 ºC e umidade relativa acima de 70%.
Na região Sul do país, responsável por quase 25% da produção nacional de soja, considerando os três Estados produtores, as últimas três safras foram cultivadas sob condição de estiagem, pelo impacto do fenômeno La Niña. Para 2023/24, a previsão é de que as chuvas voltem a regularizar e de temperaturas acima da média, favorecendo a cultura de verão, mas também os patógenos.
Os padrões meteorológicos indicam a ocorrência do El Niño, fenômeno climático gerado pelo aumento da temperatura nas águas do Oceano Pacífico. No artigo El Niño e clima: o que a agricultura tem a ver com isso?, a central de conteúdos Mais Agro explica em detalhes o funcionamento e os impactos disso para o Brasil no segundo semestre de 2023 e início de 2024.
Em resumo, pode haver diminuição das chuvas na região Nordeste, abundância no Sul e longos períodos de precipitação no Centro-Oeste. Tais alterações influenciam a incidência de doenças da soja nas principais regiões produtoras, gerando novos desafios de manejo.
Assim, as condições climáticas esperadas para a safra de soja 2023/24 podem favorecer ainda mais a ocorrência das principais doenças que acometem a cultura, tais como antracnose, septoriose e crestamento foliar. Além disso, a ferrugem-asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, apresentou um aumento de foco em 2022/23, o que gera a necessidade de atenção redobrada no manejo preventivo em algumas regiões como Bahia, cuja região oeste do Estado registrou prejuízos superiores a 40% na última safra, de acordo com a Fundação Bahia.
Mancha-alvo (Corynespora cassiicola) é outra doença favorecida quando há longos períodos de molhamento foliar e temperatura acima de 25 ºC, aumentando a proporção de folhas com sintomas da doença, conforme verificado por estudos da Embrapa.
Por fim, tal cenário climático também pode intensificar os problemas causados por podridão de vagens e grãos e quebramento das hastes da soja, doença descoberta recentemente e que vem limitando o potencial produtivo das culturas. O ponto positivo é que estudos avançaram em entender quais os patógenos relacionados aos sintomas, de maneira que já foram realizados os primeiros registros de produtos eficientes no controle.
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Como superar os principais desafios do controle de doenças da soja
Como o comportamento das principais doenças da soja depende de fatores climáticos, que variam de região para região, os desafios são, por vezes, difíceis de prever. No entanto, é possível adotar medidas preventivas para evitar o aumento de pressão dos patógenos que estão em destaque nas últimas safras. O vazio sanitário já cumpre função importante nesse processo.
Outras práticas, como plantio na janela ideal, escape de semeadura, uso de cultivar tolerante e/ou de ciclo precoce, aplicação de fungicidas em associação com multissítios e rotação de princípios ativos, também são recomendáveis para superar desafios do controle de doenças que vão além do quadro climático.
Somando todas essas práticas previstas pelo MID (Manejo Integrado de Doenças) à eficiência do controle químico, é possível promover a proteção do potencial produtivo mais assertivamente, a partir do momento em que se evita o risco de perder mais de 30% de produtividade devido às doenças, melhorando a rentabilidade da safra.
Antracnose, crestamento foliar, oídio, septoriose e DFCs: como manejar as principais doenças da soja?
Apesar do clima previsto para a próxima safra de soja criar um ambiente mais favorável para as doenças, o retorno das chuvas na região Sul do país é uma boa notícia, a depender, é claro, da intensidade pluviométrica. Assim, acompanhar as previsões climáticas de cada região nos períodos próximos à semeadura é de extrema importância para antecipar a necessidade de medidas de controle.
A aplicação preventiva de fungicidas cerca de 25 dias após a semeadura é recomendada, com acompanhamento constante das condições da lavoura, para entender quando entrar com as aplicações sequenciais, sempre rotacionando ingredientes ativos para um manejo antirresistência e proteger o potencial produtivo da cultura.
A escolha do fungicida eficiente para soja deve considerar um produto composto por diferentes ingredientes ativos, a fim de aumentar a eficiência contra um amplo espectro de doenças, mantendo a lavoura protegida contra os diferentes patógenos.
Solatenol (benzovindiflupir) é um dos ativos recomendados atualmente, especialmente por sua eficiência no controle da podridão de vagens e grãos (anomalia da soja). Outros ativos de destaque nesse cenário de alta pressão de doenças são aqueles pertencentes ao grupo químico dos triazóis e das carboxamidas, de acordo com a Embrapa.
Cada um deles tem maior ou menor eficiência no controle de determinado patógeno, por isso, a sinergia entre diferentes ativos é importante para manejar mais de uma doença ao mesmo tempo, além de que a associação com multissítios, como clorotalonil, melhora significativamente a performance de controle.
Qual é o fungicida para soja eficiente em qualquer situação?
Diante de todo o exposto ao longo deste artigo, conclui-se que o sojicultor precisa ter em mãos um fungicida para soja que seja realmente eficiente em qualquer situação, com alta performance contra DFCs, antracnose, oídio e outras doenças, mesmo quando as condições climáticas são favoráveis para aumentar a pressão dos patógenos.
Para isso, a Syngenta conta com ALADE®, produto também registrado para o controle de ferrugem-asiática, mancha-alvo, podridão de vagens e grãos e quebramento das hastes da soja.
ALADE® combina três ativos altamente eficientes (solatenol + ciproconazol + difenoconazol), entregando um controle consistente nas aplicações sequenciais. Tal composição proporciona a rotação de ativos de que o produtor precisa para planejar o manejo de doenças também no estádio reprodutivo da cultura. Assim, oferece os seguintes benefícios:
- Consistência: o maior espectro de controle do mercado.
- Máxima proteção: melhor efeito preventivo com solatenol.
- Dupla ação sistêmica: sinergia entre dois triazóis seletivos e de alta performance.
- Conveniência: formulação com tecnologia Empowered Control, que eleva o controle.
O fungicida ALADE® deve ser sempre aplicado em combinação com um multissítio de qualidade e compatível, de maneira que BRAVONIL® é o melhor aliado, proporcionando controle contra ferrugem, manchas e DFCs, manejo antirresistência, conveniência no sistema de aplicação e aderência às folhas, com maior resistência às chuvas.
Com esses e outros produtos do portfólio Syngenta para a proteção de cultivos, a safra 2023/24 pode ser ainda mais produtiva por meio de um controle eficiente contra as principais doenças da soja, faça chuva ou faça sol!
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
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