Na safra de 2023/24, o Brasil deve alcançar o ranking de terceiro maior produtor de algodão do mundo, ficando atrás apenas de China e Índia.
A cultura do algodão desempenha um papel estratégico na indústria têxtil mundial e na economia brasileira, contudo, enfrenta desafios constantes devido à infestação de nematoides e doenças, que representam prejuízos significativos à produção e à qualidade dessa fibra.
As perdas acumuladas, somente para a cultura do algodão, devem ultrapassar R$ 44,1 bilhões de reais até 2031, o que corresponde a R$ 4,41 bilhões de reais perdidos por ano exclusivamente em função do ataque de nematoides, sem levar em consideração os danos indiretos, provocados pelo favorecimento de doenças.
Além disso, dependendo da safra, esses desafios podem ser intensificados devido à ocorrência de fenômenos climáticos como do El Niño em 2023/24, que favoreceu a reprodução de pragas e a disseminação de doenças, potencializando os danos à cultura e tornando o manejo ainda mais complexo.
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Os nematoides parasitas de plantas já somam mais de 4 mil espécies identificadas pela comunidade científica mundial. Contudo, cinco espécies causam danos expressivos em lavouras de algodão ao redor do mundo e quatro têm se destacado, sendo as mais preocupantes para a cotonicultura brasileira:
- nematoide-das-galhas (Meloidogyne incognita);
- nematoide reniforme (Rotylenchulus reniformis);
- nematoide-das-lesões (Pratylenchus brachyurus);
- nematoide-da-haste-verde (Aphelenchoides besseyi).
Consideradas quatro das dez espécies de nematoides mais importantes do mundo, também são recorrentes na cultura da soja e estão distribuídas em todas as regiões produtoras do Brasil. Isso significa que o controle é ainda mais desafiador, visto que o sistema de sucessão de culturas soja-algodão favorece o aumento da população desse inimigo oculto.
Nematoide-das-galhas (Meloidogyne incognita)
Os nematoides do gênero Meloidogyne representam verdadeiros obstáculos para a produção de fibras ao redor do mundo. No Brasil, a espécie Meloidogyne incognita é o principal nematoide da agricultura e incide sobre o algodão em todas as regiões produtoras.
É importante que o cotonicultor conheça as características que possibilitam a identificação do nematoide-das-galhas, a fim de conseguir verificar sua presença e saber como proceder diante da necessidade de manejo. O infográfico abaixo resume essas características para facilitar o entendimento dessa praga:
A alimentação de M. incognita acontece na raiz do algodoeiro e, ao causar modificações na divisão e na multiplicação celular, forma as lesões características dessa espécie, conhecidas como “galhas”. Assim, o desenvolvimento radicular é comprometido, prejudicando a absorção de água e nutrientes e o crescimento de todas as estruturas da planta.
Diferentemente do que ocorre com outras espécies de nematoides, os sintomas da presença do nematoide-das-galhas podem ser confirmados por meio de avaliação visual das raízes, fato que contribui para a rapidez na definição de uma estratégia de manejo.
Dessa maneira, ao verificar uma lavoura desuniforme, onde há uma área específica com plantas apresentando sintomas em reboleiras de deficiência nutricional ou hídrica, uma das medidas é verificar a existência de galhas nas raízes do algodoeiro afetado, a fim de confirmar a possibilidade de incidência do parasita desse gênero.
Para isso, é importante retirar a planta com sintomas de maneira cuidadosa, de preferência quando o solo estiver razoavelmente úmido para evitar a quebra das raízes laterais, que são as estruturas onde as galhas são mais visíveis. A perda das raízes laterais no momento da extração das plantas pode resultar em falha do exame visual.
Nematoide reniforme (Rotylenchulus reniformis)
Há duas espécies de Rotylenchulus que parasitam o algodoeiro: R. reniformis e R. parvus, mas somente a primeira é encontrada no Brasil. O nematoide reniforme há tempos é considerado um dos principais problemas para o cultivo de algodão. No entanto, nas últimas duas décadas, a preocupação mundial em torno dessa praga vem aumentando.
Mais comum no Cerrado brasileiro, R. reniformis vem apresentando um aumento populacional alarmante em todas as regiões produtoras do Brasil. O infográfico a seguir apresenta algumas informações relevantes sobre o ciclo biológico dessa praga:
Dentre todas as culturas parasitadas pelo nematoide reniforme, o algodão é a que sofre os maiores prejuízos. Os sintomas visíveis na parte aérea da planta, causados pelo ataque dessa praga, são as “folhas carijó”, o que causa a redução da capacidade fotossintética das plantas e, consequentemente, prejudica a produção da cultura.
A redução do volume radicular e o comprometimento do desenvolvimento das lavouras são os principais danos causados pelo nematoide reniforme, sem contar os prejuízos indiretos que ocorrem como consequência, a exemplo a maior suscetibilidade da planta à entrada de patógenos, causando e agravando a ocorrência de doenças. A agressividade desses sintomas pode se agravar, a depender das condições climáticas e da sanidade nutricional das plantas.
Ainda é importante destacar que essa espécie de nematoide também vem aumentando sua expressão na cultura da soja, de maneira a ampliar significativamente sua população a cada ano, uma vez que o atual sistema de produção no Brasil prioriza a rotação soja-algodão, um método que não possibilita romper o ciclo de vida do patógeno.
Nematoide-das-lesões (Pratylenchus brachyurus)
Muito recorrente nas áreas produtoras de algodão no Brasil, o nematoide-das-lesões não é o mais agressivo à cultura, mas sua ampla distribuição e polifagia fazem com que essa praga afete consideravelmente a cotonicultura.
Assim, é preciso muita atenção e manejo estratégico, para evitar a continuidade do avanço populacional do nematoide-das-lesões. Afinal, em situação de alta infestação, em que se somam outras adversidades, a presença desse verme pode ser um agravante. O infográfico abaixo resume as características de biologia de P. brachyurus.
A atividade do nematoide-das-lesões no interior das raízes do algodoeiro causa a destruição dos tecidos por meio de rompimento da camada superficial, assim, as plantas também ficam vulneráveis à infecção por patógenos.
Os danos são difíceis de perceber por meio de uma análise visual da lavoura, sendo muitas vezes confundidos com sintomas de doenças, de deficiência nutricional ou de estresse hídrico. Os sintomas do nematoide-das-lesões na cultura do algodão incluem: clorose, murcha, necrose e podridão das raízes.
Dessa forma, é comum a aplicação de técnicas de manejo não adequadas, o que favorece o avanço das populações.
Nematoide-da-haste-verde (Aphelenchoides besseyi)
Além dos nematoides descritos anteriormente, vale destacar outra espécie que vem chamando a atenção dos cotonicultores: o Aphelenchoides besseyi, conhecido como nematoide-da-haste-verde.
Para a cultura do algodão, sua ocorrência ainda está restrita a algumas regiões produtoras do Brasil, com destaque para o Estado do Mato Grosso.
Considerando o atual sistema de produção agrícola no Brasil, é alta a probabilidade do nematoide-da-haste-verde ampliar a sua distribuição para as demais regiões produtoras, uma vez que essa praga pode parasitar tanto soja, quanto algodão.
Se a população da espécie não for manejada durante o cultivo da soja, o cultivo de algodão em sequência pode ser afetado por uma população ainda maior dessa praga agressiva às culturas. O infográfico a seguir ilustra as principais características pelas quais se pode identificar a ocorrência de A. besseyi:
A característica diferencial dessa praga está no fato de que, diferentemente das outras espécies, ela ataca a parte aérea da planta, causando danos diretos nos racimos florais, levando ao abortamento de flores e, consequentemente, a redução de produtividade.
Um dos sintomas verificados é o prolongamento do ciclo do algodão, de maneira que as plantas permanecem em fase de vegetação quando já deveriam entrar em senescência.
Esse sintoma está relacionado à síndrome da haste verde, que se agrava em áreas com presença de outras plantas hospedeiras, como a braquiária, que favorecem a multiplicação da população do patógeno. Assim, o manejo de plantas daninhas também é fundamental para evitar o agravamento dos danos.
Alta umidade, manutenção da palhada e sucessão soja-algodão também são fatores que favorecem a disseminação da espécie. Assim, a alteração no sistema de rotação de culturas, com período ocupado por plantas não hospedeiras em áreas com histórico da presença dessa espécie, é uma prática de manejo recomendável.
Quais são as interações entre nematoides e doenças causadas por fungos de solo na cultura do algodão?
Um agravante para a cultura do algodão é que a incidência de nematoides favorece a ocorrência de doenças causadas por fungos de solo. A associação entre nematoides e doenças favorecidas por sua atividade pode acentuar ainda mais os danos à cultura do algodão, correspondendo a perdas de até 90% de produtividade.
Um exemplo dessa associação é o aumento da severidade dos danos causados pela fusariose, também conhecida como murcha-de-fusarium, causada pelo fungo Fusarium oxysporum sp. vasinfectum, em áreas contaminadas com nematoides.
Tal aumento ocorre porque a planta possui barreiras físicas, como engrossamento da parede celular das raízes, como um dos mecanismos de resistência à infecção por fungos, mitigando a possibilidade de penetração em seus tecidos e, consequentemente, a infecção.
No entanto, a partir da lesão gerada pela entrada dos nematoides, essa barreira física é rompida e, assim, o nematoide atua como um facilitador da entrada do fungo nos tecidos das raízes da planta, aumentando a ocorrência e a severidade da doença nas lavouras.
Outras interações entre nematoides, especialmente os nematoides-das-galhas (M. incognita) e o nematoide reniforme (R. reniformis), podem favorecer a atividade de fungos de solo e de oomicetos (fungos não-verdadeiros) presentes no solo.
Dentre as principais interações, podem ser citadas:
- interação entre o nematoide-das-galhas e o aumento de severidade de doenças que afetam as plântulas, causadas, principalmente, pelo oomiceto Pythium spp. e pelo fungo Rhizoctonia solani;
- interação entre o nematoide reniforme com os fungos causadores das murchas de Fusarium e Verticillium, doenças favorecidas em áreas infestadas por esse nematoide;
- a ocorrência do nematoide reniforme favorece também a ocorrência de doenças que afetam as plântulas, causadas, principalmente, por R. solani e diferentes espécies de Fusarium.
Quais são as principais doenças causadas por essas interações?
A fusariose é uma doença causada pelo fungo Fusarium oxysporum f.sp. vasinfectum e é transmitida por meio de sementes contaminadas. Sua ocorrência é favorecida em solos arenosos, úmidos e com acidez elevada e os principais sintomas apresentados pelas plantas são murchamento, amarelecimento e desfolha precoce, conforme ilustrados pelas fotos a seguir:
A podridão-de-raízes, causada pelo fungo Pythium spp., apresenta sintomas que podem ser observados a partir das raízes, por meio da formação de lesões de coloração marrom-clara a marrom-escura, que vão evoluindo em grandes extensões de área, até provocar o tombamento das plantas, conforme ilustrado nas fotos abaixo:
O damping-off ou tombamento é uma doença que pode ser causada por diversos patógenos de solo das espécies dos gêneros Colletotrichum, Fusarium, Pythium e Rhizoctonia, no entanto, o principal agente causal é o R. solani.
Os sintomas geralmente são lesões escuras de coloração parda com formato irregular, que ocorrem no caule e nas folhas cotiledonares e primárias das plântulas. Quando as lesões acometem o caule, provocam necrose, que evolui para tombamento e morte da planta, acarretando falhas no estande inicial, conforme ilustrado na foto abaixo:
A murcha de Verticillium, como ocorre com a murcha de Fusarium, causa perda de turgescência e, posteriormente, o amarelecimento em áreas irregulares das folhas. Enquanto a murcha de Fusarium pode ocorrer em plantas em qualquer estádio de desenvolvimento, a murcha de Verticillium ocorre apenas no final do ciclo.
Temperaturas mais altas favorecem a murcha de Fusarium, enquanto temperaturas mais amenas ou períodos mais frios e úmidos, favorecem a murcha de Verticillium. A murcha de Fusarium é mais importante no Brasil, enquanto a de Verticillium provoca maiores problemas em outros países produtores de algodão, como índia, China e Estados Unidos, sendo mais comum em solos ricos em matéria orgânica.
Diante desse cenário, é preciso que o cotonicultor se conscientize dos meios pelos quais é possível combater eficazmente os nematoides e as doenças na cultura do algodão, para sustentar ou até mesmo aumentar a produtividade de suas lavouras.
O que o cotonicultor pode fazer para sustentar ou aumentar a produtividade de suas lavouras?
A adoção de um manejo integrado de nematoides e doenças é a opção mais recomendada para manter a população de nematoides em níveis baixos, sendo necessário elencar práticas agronômicas para o cotonicultor alcançar uma redução do avanço das populações dessas pragas. As práticas recomendadas consistem em 4 pilares:
Tratamento de Sementes
Tratamento de Sementes (TS) de algodão com produtos que possuam nematicidas e fungicidas em sua composição pode controlar tanto os nematoides quanto as doenças que são favorecidas por eles, principalmente as causadas por fungos de solo.
A adoção dessa estratégia como uma das primeiras ações no manejo da cultura é importante para assegurar o bom desenvolvimento inicial das plantas.
O TS protege as sementes contra patógenos que vivem no solo, permitindo que a germinação e a emergência não sejam prejudicadas por esses agentes externos, o que evita a morte de plântulas e, consequentemente, a ocorrência de falhas nos estandes.
Assim, o desenvolvimento das raízes segue seu curso, livre dos ataques de nematoides.
Com um sistema radicular fortalecido, o algodoeiro não tem dificuldades para absorver água e nutrientes e o bom desenvolvimento da parte aérea durante o ciclo vegetativo resulta em maior quantidade de flores e frutos na fase reprodutiva.
Além disso, a resiliência que as plantas adquirem a partir do TS permite que superem com mais facilidade alguns desafios impostos por condições climáticas adversas, como longos períodos de estiagem (veranicos) ou alta pressão de pragas.
Plantio de cultivares resistentes
O uso de cultivares resistentes a nematoides e doenças é outra ferramenta estratégica quando incluída no programa de manejo integrado.
Isso é possível por meio de genes condicionantes que, quando inseridos nas plantas por meio do melhoramento genético, limitam a reprodução dessas pragas. A diminuição populacional, resultado dessa prática, reduz os danos causados às plantas, uma vez que os prejuízos e o nível de pressão são diretamente proporcionais.
Já existem cultivares de algodão resistentes ao nematoide-das-galhas, a principal espécie que atinge a cultura do algodão, o que representa um incentivo para a criação de novas cultivares capazes de resistir ao ataque de nematoides, incentivando o desenvolvimento de tecnologias que incluam também outras espécies de parasitas que, a cada safra, se tornam mais recorrentes e agressivas.
Contudo, poucas são as cultivares que de fato apresentam resistência ou tolerância aos nematoides. Além disso, um mau controle de nematoides pode favorecer o desenvolvimento de resistência ou aumentar a severidade da incidência de doenças.
Rotação de culturas
A rotação de culturas é uma importante estratégia para a redução da pressão de nematoides na cultura do algodão. No entanto, o sistema mais comum de rotação empregado atualmente, que coloca o algodão em rotação com a soja, não demonstra bons resultados. Isso porque todas as espécies que atacam o algodão têm também a soja como cultura hospedeira, de maneira que o ciclo de vida dessa praga não é interrompido.
Experiências que rotacionam algodoeiro com gramíneas demonstraram resultados interessantes no controle de nematoides, mas não suficientes, por isso, é indispensável que outros métodos de controle sejam adotados em conjunto.
Ainda assim, a eficiência dessa estratégia depende da identificação correta dos gêneros e das espécies de nematoides presentes na área, informação determinante para direcionar a escolha dos materiais genéticos, a eliminação de plantas hospedeiras e a cultura para realizar a rotação.
Monitoramento constante
O monitoramento é imprescindível no manejo integrado de nematoides e doenças, pois é a ação que permite identificar a presença dessa praga na área, determinar quais os gêneros e espécies estão ocorrendo e estimar sua densidade populacional.
Atualmente, isso pode ser feito a partir de tecnologias de georreferenciamento, com mapeamento da área por meio de imagens de satélite, destacando por meio de cores os locais que apresentam crescimento e desenvolvimento de plantas irregulares e menos vigorosas, direcionando a coleta de amostras de solo para identificação do problema.
Os nematoides causam sintomas difíceis de serem visualizados, por isso a captura e o processamento de imagens digitais pode indicar pequenas alterações que seriam imperceptíveis sem essas tecnologias. Isso permite um acompanhamento mais preciso por parte do produtor.
A partir do monitoramento via satélite, determinam-se as áreas com necessidade de coleta de amostras do solo para identificação da espécie presente e a tomada de decisão em relação ao manejo.
Com base nos dados históricos, essa coleta pode ser feita antes do plantio da nova safra, num momento em que não há impedimento de trânsito de máquinas e implementos agrícolas. Nesse período, a operação de extração de amostras de solo é facilitada, mas a ausência da cultura impede a avaliação das raízes, o que demanda atenção na análise dos resultados.
Outra opção é realizar a coleta no período de florescimento da cultura, de maneira a quantificar os nematoides no auge de seu ciclo biológico e conseguir ter uma dimensão mais precisa sobre a infestação na área amostrada.
O manejo integrado deve ser realizado continuamente, de acordo com o momento da safra, dada a característica dos nematoides e dos patógenos de sobreviverem em restos culturais no solo, se mantendo na área até que as culturas hospedeiras estejam presentes novamente.
Operação Inimigo Oculto: como a Syngenta pode ajudar o cotonicultor a superar tantos desafios?
O monitoramento georreferenciado é a estratégia utilizada pela Operação Inimigo Oculto, uma pesquisa inédita, realizada pela Syngenta, em parceria com a consultoria Agroconsult e a Sociedade Brasileira de Nematologia.
Essa operação é uma iniciativa exclusiva da Syngenta, que coleta imagens históricas, acompanha o progresso das áreas destacadas como críticas e direciona os pontos de coleta de amostras para análise, com base na construção de um histórico da área.
Com essa tecnologia, é possível visualizar problemas e prejuízos de maneira rápida, levantando os dados necessários para monitorar, identificar e, então, manejar os nematoides e as doenças. E com as práticas adequadas e as informações atualizadas, o cotonicultor pode proteger o potencial produtivo de sua lavoura e mitigar os danos causados pelos nematoides.
Para visualizar, basta clicar para acessar o mapa interativo que auxilia produtores e profissionais do agro a visualizarem a incidência de nematoides nas diferentes regiões produtoras do país.
Abaixo, temos um exemplo do mapa interativo atualizado, mostrando a frequência de ocorrência de nematoides para a cultura do algodão, sem distinção de gênero e espécie, onde é possível observar as áreas de maior ocorrência dessas pragas na cultura: bem distribuídas nas principais regiões produtoras dos Estados do Mato Grosso e da Bahia.
Considerando os nematoides mencionados anteriormente, para as espécies do gênero Meloidogyne spp, a taxa de frequência verificada no Brasil é de 58,62%, com dados atualizados em maio de 2024. Ou seja, do total de 1.213 amostras de raízes de algodão analisadas, 711 estavam infectadas com nematoides desse gênero, com frequência de ocorrência acima dos 75% na região oeste da Bahia e entre 51-75% no Estado do Mato Grosso, conforme imagem abaixo.
Já para as espécies do gênero Pratylenchus spp, a taxa de frequência verificada no Brasil é ainda maior, de 89,96%, com dados atualizados em maio de 2024. Ou seja, do total de 1.213 amostras de raízes de algodão analisadas, 1.073 estavam infectadas com nematoides desse gênero, com frequência de ocorrência acima dos 75% em ambas as regiões, oeste da Bahia e no Estado do Mato Grosso, conforme imagem abaixo.
Para R. reniformis, a taxa de frequência verificada no Brasil é de 44,19%, com dados atualizados em maio de 2024. Ou seja, do total de 1.213 amostras de raízes de algodão analisadas, 536 estavam infectadas com nematoides desse gênero, com frequência de ocorrência acima dos 75% na região oeste da Bahia e até 75% no Estado do Mato Grosso, conforme imagem abaixo.
Por último, A. besseyi, é um parasita que foi identificado no algodão em 2017, mas já vem causando danos expressivos, com frequência de ocorrência verificada no Brasil de 45,73% para todas as culturas, com dados atualizados em maio de 2024. Ou seja, do total de 597 amostras analisadas, 273 estavam infectadas com nematoides desse gênero e espécie.
Essas soluções nematicidas, fungicidas e inseticidas controlam os nematoides e, com isso, contribuem para o controle de doenças, uma vez que a ação dos nematoides torna o algodão mais sensível à ação dos patógenos. Isso significa que manejar os nematoides desde a emergência da cultura diminui as possibilidades de infecção pelos demais agentes nocivos, como fungos de solo, e também diminui a suscetibilidade das plantas ao ataque de insetos.
Um manejo eficiente, baseado na escolha das ferramentas mais adequadas, unindo performance a controle de amplo espectro, proporciona ao cotonicultor brasileiro a possibilidade de controlar nematoides e doenças em duas únicas soluções. São elas:
AVICTA® Completo: tripla proteção desde o início
AVICTA® Completo é o único Tratamento de Sementes Industrial para a cultura de algodão que oferece tripla proteção, já que é recomendado para o manejo de pragas, doenças e nematoides.
Composto por 5 moléculas sinérgicas entre si, tem ação 3 em 1, sendo composto pelos produtos AVICTA® 500 FS, CRUISER® 350 FS E MAXIM® ADVANCED.
A importância de seu uso em sementes de algodão se dá pelo fato de que a solução protege a planta nos períodos mais críticos de desenvolvimento: a emergência e o estabelecimento do primeiro componente de rendimento, que é o número de plantas por área, o que influencia diretamente na produtividade da cultura.
Outro ponto de destaque de AVICTA® Completo no algodão é que o produto tem modo de ação por contato e ingestão, o que garante um amplo alcance das diferentes ameaças, em especial dos nematoides e das doenças que acometem a planta abaixo do solo.
No infográfico abaixo é possível observar a composição e os alvos de AVICTA® Completo:
FORTENZA® Elite: protege a semente. Fortalece a lavoura.
FORTENZA® Elite é uma solução completa, inovadora e de performance superior no controle do complexo de pragas, doenças e nematoides.
Essa solução para o Tratamento de Sementes de algodão combina quatro ingredientes ativos que proporcionam um amplo espectro de controle, gerando máxima eficiência comprovada por meio de ação sistêmica, de contato e de ingestão, oferecendo a proteção de que as plantas necessitam em estádio inicial.
FORTENZA® Elite tem abamectina em sua composição, entregando ao cotonicultor o melhor nematicida químico para Tratamento de Sementes do mercado, além do excelente controle de doenças e lagartas por meio da combinação com fungicidas e inseticidas de amplo espectro.
As perdas anuais causadas pela ocorrência de nematoides e doenças na cultura do algodão são significativas e reforçam a urgência da adoção de práticas de manejo integrado para a manutenção da sustentabilidade da produção de algodão no Brasil.
A adoção de tais práticas é capaz de preservar a produtividade e a qualidade da fibra produzida pelo algodoeiro, fortalecendo, assim, o setor frente aos desafios climáticos e biológicos que se agravam a cada safra.
Em um cenário de constante evolução, o cotonicultor brasileiro precisa se manter informado e ser adaptável, utilizando todas as ferramentas disponíveis para assegurar a produção de suas lavouras e, consequentemente, a posição estratégica do Brasil no mercado global dessa cultura.
O tamanho do desafio demanda um manejo integrado para ser realmente eficiente. Como já dito, esse manejo se utiliza de práticas agronômicas como o tratamento de sementes, o uso de cultivares resistentes, a rotação de culturas e o monitoramento constante.
Tais práticas devem ser sempre associadas à utilização das melhores ferramentas de controle químico disponíveis no mercado, como as oferecidas pelo portfólio completo da Syngenta.
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