O Espírito Santo, maior produtor de café conilon do Brasil, já deu início à colheita da safra 2025 — e o cenário é promissor. Após enfrentar um ciclo desafiador no ano passado, o estado deve registrar aumento na produtividade, impulsionado por chuvas regulares e temperaturas amenas durante a formação dos grãos. Com isso, a projeção para este ano supera a do ciclo anterior.
Na Agropecuária Nicoli, propriedade do produtor Jarbas Alexandre Nicoli Filho, parceiro da Nucoffee, localizada entre os municípios de Jaguaré e São Mateus, no norte capixaba, a colheita começou no início de maio.
“A maturação evoluiu bem e o volume está dentro do esperado, mas o peso dos grãos ainda está abaixo do ideal”, afirma Jarbas, que, apesar da boa perspectiva atual, já observa sinais de alerta para o próximo ano.
Segundo o produtor, algumas áreas apresentam tombamento excessivo de galhos — reflexo do manejo comprometido pela safra anterior, quando os frutos estavam mais leves.

“Isso complicou a desbrota e pode impactar o rendimento do próximo ciclo”, explica. O fenômeno também tem sido notado em outras propriedades da região, o que reforça a necessidade de um planejamento mais atento para 2026.
Ainda assim, Jarbas é otimista. “Essa safra vai ser melhor que a do ano passado, com certeza.” Em 2024, as lavouras sofreram com cerca de 45 dias de calor extremo entre novembro e dezembro, o que prejudicou o enchimento dos grãos. “Este ano, o calor veio depois, já em janeiro. Isso fez muita diferença.”
Clima favorável exige agilidade no campo
Com chuvas acima da média e temperaturas mais amenas no início da colheita, o clima tem contribuído significativamente para o desenvolvimento dos frutos. Contudo, o excesso de umidade exige maior rapidez nas operações em campo. “O tempo está mais fresco, mas isso atrasa um pouco a colheita. Estamos ajustando o ritmo”, explica Jarbas.
De acordo com o presidente da Cooabriel, Luiz Carlos Bastianello, a expectativa é positiva. “Diferente do ciclo passado, não há previsão de queda na produtividade. A umidade do solo está muito boa e as plantas apresentam um excelente estado vegetativo.”
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Controle eficiente de pragas com apoio tecnológico
Aliando tradição à tecnologia, Jarbas tem investido no monitoramento de pragas e no controle fitossanitário, em parceria com a Nucoffee e a Syngenta.
“Estamos satisfeitos com os resultados, principalmente no controle da broca-do-café. Esse acompanhamento técnico faz diferença na tomada de decisão”, avalia.
Segundo o produtor, as soluções Syngenta têm sido fundamentais. “A gente usou o Voliam Targo®️, que ajuda muito no controle da broca. Ferramenta que têm feito a diferença aqui”, destaca.
Apesar dos alertas para o ciclo seguinte, a safra 2025 avança com solidez. “Esse ano as pragas foram até tranquilas. O manejo foi bem feito e conseguimos controlar sem dificuldades”, reforça Jarbas.

Espírito Santo lidera crescimento na produção brasileira
Com todas essas condições favoráveis, o Espírito Santo se destaca nesta safra com a melhor projeção de crescimento em relação ao ano passado.
A combinação de clima adequado, manejo eficiente e uso de tecnologia tem consolidado o estado como referência na cafeicultura de conilon — e as expectativas seguem altas.

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