O solo é um recurso natural que desempenha um importante papel na produtividade agrícola, tendo em sua composição os nutrientes essenciais para as plantas. Porém, com a intensificação da produção e as mudanças climáticas, a qualidade do solo está cada vez mais ameaçada.
De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), cerca de 33% do solo a nível global está moderadamente ou altamente degradado. Outra questão que influencia a qualidade dos solos está relacionada ao impacto que a erosão gera, arrastando entre 20 e 37 bilhões de toneladas da camada superior do recurso anualmente.
Essa situação reduz o rendimento das lavouras e a capacidade do solo de armazenar e reciclar carbono, nutrientes e água. Dessa forma, devido à erosão, perdas anuais são observadas nas produções das culturas como na de cereais, sendo estas estimadas em cerca de 7,6 milhões de toneladas.
Em relação às condições climáticas, a produtividade de algumas culturas foram afetadas por condições adversas como a estiagem. A variação do clima está relacionada com o fenômeno La Niña, cujos efeitos podem se estender até o início de 2023, preocupando os produtores.
Diante deste cenário, uma boa condição do solo é fundamental, haja vista que sua estruturação influencia a disponibilidade de água, a aeração, a infiltração e a atividade biológica entre os vários atributos químicos, interferindo na produtividade das culturas.
Cuidados e estratégias para melhor qualidade dos solos
Para reduzir os efeitos negativos que estão afetando a qualidade e boas condições dos solos, existem várias práticas que podem manter ou melhorar sua estrutura e, consequentemente, extrair o máximo potencial produtivo da lavoura.
Algumas estratégias de preservação de solo já são bem conhecidas pelo produtor, mas vale relembrá-las:
Rotação de culturas: esse movimento ajuda a aliviar uma mesma carga submetida ao solo seguidamente.
Irrigação controlada: é imprescindível que se faça uso de sistemas de irrigação dimensionados, adequados à área e à cultura a ser irrigada.
Sistema Plantio Direto.
Planejamento do trânsito de maquinários que podem influenciar na compactação do solo.
ILPF (Integração Lavoura Pecuária e Floresta): mais áreas reflorestadas em determinadas regiões formam barreiras contra processos de erosão instalados e progressivos.
Cobertura de solo com palhada.
Plantio em nível.
Terraceamento.
Conservação da vegetação nativa.
Controle de queimadas.
Assim, por meio da adoção dessas práticas no campo, será possível alcançar uma melhor qualidade dos solos, viabilizando o pleno desenvolvimento das culturas.
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Preservação de solo: os benefícios vão além!
Ao realizar as práticas recomendadas, é possível extrair todo o potencial da terra na produção da lavoura devido aos benefícios que a manutenção e preservação de solo propiciam, tais como:
melhora das condições físico-químicas do solo;
aumento da produtividade das lavouras;
aumento da atividade biológica e da estabilidade da estrutura do solo;
maior disponibilidade de água, pela maior infiltração da água das chuvas;
evita o processo de desgaste e sedimentação;
permite a condução de diferentes culturas.
Portanto, com essas interações físico-químico-biológicas é possível alcançar um solo bem estruturado que reflete em altas produtividades agrícolas, mesmo com todos os desafios em campo e as adversidades climáticas, e, ao mesmo tempo, desempenha as suas funções ambientais.
A qualidade do solo, assim como a sua capacidade de manter o crescimento vegetal, inclui também uma avaliação e monitoramento por parte do produtor para garantir a conservação e recuperação quando necessário.
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