Os danos causados pela ocorrência de Spodopteras nas lavouras de soja podem implicar em prejuízos econômicos em âmbito nacional – uma vez que o Brasil é o maior exportador de soja do mundo, tendo essa atividade como uma das predominantes para a economia do país – e, consequentemente, para produtores brasileiros.
Por conta disso, a atenção e os cuidados com a lavoura são essenciais para evitar que os ataques comprometam a produtividade.
No entanto, a tarefa não é nada simples, em razão da dificuldade para identificar as espécies e estabelecer os melhores métodos de controle.
Além disso, outro fator que dificulta o controle das Spodopteras é a agricultura intensiva típica no Brasil, que favorece a ocorrência dessas pragas no decorrer de praticamente todo o ano, visto que essas espécies se alimentam de diversas culturas que compõem os principais sistemas produtivos do país.
Com isso em vista, pode-se observar a intensa utilização de produtos químicos, muitas vezes ineficientes e selecionados sem os critérios adequados, que contribuem para a seleção dessas espécies ao longo do tempo, ocasionando a perda da eficiência de moléculas inseticidas, comumente usadas no manejo.
Dessa forma, o controle de lagartas na cultura deve ser realizado por meio do manejo integrado e do controle químico eficiente.
Quais são as principais espécies de Spodopteras?
Até onde foi possível observar nas lavouras do Brasil, as três principais espécies de Spodopteras são: S. frugiperda (lagarta-do-cartucho), S. eridania (lagarta-das-folhas) e S. cosmioides (lagarta-preta-da-soja).
Dessas três espécies, S. eridania e S. cosmioides são conhecidas como lagartas potencialmente desfolhadoras, enquanto S. frugiperda tem preferência pelas estruturas reprodutivas da planta.
Assim, tem-se observado nos últimos anos o aumento significativo de ocorrências das Spodopteras desfolhadoras, ao mesmo tempo em que se mantém a incidência de S. frugiperdas.
Diante dessa ameaça, a identificação das espécies no campo é essencial para tomar as melhores decisões quanto ao manejo, embora as semelhanças morfológicas que as diferentes espécies apresentam entre si sejam um fator que interfere nessa identificação. Por isso, conhecer as características de cada tipo de Spodoptera, a fim de detectar as espécies, é o primeiro passo em direção a um controle eficiente dessas pragas.
Características da S. eridania
Essa espécie possui cerca de 4 cm, coloração cinza-escura e linhas cremes e azuladas. Uma característica que facilita a identificação da lagarta é a mancha escura no tórax, que interrompe uma das listras.
Características da S. cosmioides
Essa lagarta tem cerca de 40 mm e, no início do ciclo de vida, possui coloração marrom. No entanto, conforme se desenvolve, adquire cor cinza-escura, listras amarelas (do dorso até a cabeça), pontos brancos e triângulos pretos.
Características da S. frugiperda
A espécie tem aproximadamente 5 cm de comprimento, coloração marrom, com listras claras e pontos pretos no dorso, que formam um quadrado no final do abdômen. Outro aspecto particular a esse tipo de lagarta é o Y invertido na cabeça.
Quais são as principais dificuldades no manejo de Spodopteras?
O controle de espécies de Spodopteras torna-se cada vez mais complexo, por conta de alguns hábitos que fazem parte do ciclo de vida dessas lagartas, como a polifagia, e da intensificação da sucessão de cultivos em lavouras do país, o que contribui para o aumento populacional dessas pragas.
Há também outras condições que dificultam o controle de espécies de Spodopteras, como:
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Ocorrência em diversas culturas: as lagartas atacam diversas culturas, como boas polífagas que são, e encontram plantas hospedeiras em várias regiões do país. Por conta disso, conseguem se reproduzir facilmente durante todas as épocas do ano.
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Ineficiência na aplicação de produtos: a incidência de espécies de Spodopteras, associada à ineficácia de alguns inseticidas para o controle de espécies desse gênero, favorece a seleção de lagartas resistentes, o que dificulta ainda mais o manejo.
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Baixa susceptibilidade às biotecnologias: o uso de cultivares de soja Bt é uma importante ferramenta no manejo de diversas lagartas que atacam a cultura da soja e contribui para a redução do número de aplicações de inseticidas ao longo dos anos. Apesar da eficiência contra algumas pragas, as principais proteínas Bt não são efetivas para todas as espécies de Spodopteras.
Diante de todos esses percalços que enfrenta o produtor brasileiro na trajetória por uma lavoura altamente produtiva, escolher com precisão e consciência as práticas de manejo adequadas para o controle de lagartas é uma estratégia que precisa ser considerada com seriedade durante todo o ciclo da cultura.
Manejo integrado é a medida mais eficiente para o controle de pragas
A baixa susceptibilidade das cultivares Bt, somada a aplicações mal-planejadas e produtos ineficientes para cada espécie, mascara o real cenário dessas pragas, significando um grande desafio para o manejo, uma vez que essas espécies causam diversos prejuízos, podendo até, em ataques mais intensos, inviabilizar a produção.
Portanto, a melhor maneira de controlar as pragas nos plantios da cultura de soja é por meio do MIP (Manejo Integrado de Pragas).
Dessa forma, três ações são de fundamental importância para que a lavoura obtenha o sucesso esperado:
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Tratamento de sementes: essa ação garante melhor arranque inicial e estabelecimento do estande, protegendo as plantas nos estádios iniciais de desenvolvimento.
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Monitoramento da lavoura: é importante monitorar constantemente e identificar a presença e as espécies de Spodopteras, desde o início do processo de plantio, observando-se os níveis de incidência e controle para as melhores tomadas de decisão sobre o manejo.
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Controle químico: ferramenta de extrema importância para o manejo de lagartas na cultura da soja, cuja necessidade deve ser norteada pelo monitoramento e pelo nível de controle para cada espécie.
A intervenção química mostra-se como um procedimento necessário para a preservação das biotecnologias e para garantir a proteção das lavouras contra as espécies de Spodopteras.
Entretanto, é fundamental que essa ação seja desenvolvida a partir da utilização de inseticidas eficientes.
Atenta aos produtores de soja que buscam as melhores soluções para suas lavouras, a Syngenta desenvolveu INSTIVO™, um produto que oferece uma ótima solução para o controle de Spodopteras.
INSTIVO™: a solução mais eficaz para o controle de pragas
INSTIVO™ é um inseticida de amplo espectro, desenvolvido a partir dos princípios ativos Abamectina e Clorantraniliprole, na formulação SC (Suspensão Concentrada).
Esses dois ativos possuem mecanismos de ação distintos, mas que se complementam atuando no sistema muscular das pragas.
Os resultados dessa ação são significativos, pois apresenta performance de excelência no controle de lagartas, principalmente das espécies de Spodopteras. Além de contribuir para o manejo antirresistência, o produto desenvolvido pela Syngenta é bastante flexível e pode ser aplicado em:
- diferentes condições climáticas;
- estádios distintos da cultura;
- misturas com herbicidas e fungicidas.
Uma das vantagens de INSTIVO™ é a sua formulação OPT, desenvolvida à base de água e isenta de solventes tóxicos. Essa tecnologia diminui o risco de fitotoxicidade, algo que impacta positivamente a produtividade.
Os ganhos proporcionados pela formulação OPT são:
- Maior proteção da folha: a tecnologia garante a cobertura completa de folhas do baixeiro e do ponteiro, o que potencializa a distribuição dos ativos.
- Eficácia: longo período de controle.
- Rápida absorção: a formulação possui ação translaminar, o que possibilita maior velocidade de absorção e ação.
Além de ser imbatível contra as lagartas Spodopteras, INSTIVO™ ainda possui ação contra ácaros e outras espécies de lagartas, como Helicoverpa (Helicoverpa armigera).
A Syngenta é comprometida com a inovação e com a pesquisa, sempre visando encontrar as melhores soluções para os produtores de todas as regiões do país.
Por isso, em um portfólio de produtos completo, oferece as melhores formulações para todas as culturas do campo.
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