Em 2021, a Syngenta anunciou que exportará diretamente para a China parte da soja e do milho que recebe dos produtores brasileiros através de operações de barter, que negocia sementes e defensivos agrícolas em troca de grãos de colheita. Usando esse mesmo formato, a companhia já exporta algodão e café pela plataforma Nutrade, apelidada de “trading de butique”.
O Agriculture Value Chain, ou a Cadeia de Valor Agrícola, é uma prática de negociação interessante, pois representa um conjunto de processos agregados, desde o produtor até o consumidor final, gerando valor para toda a cadeia. Segundo o FAO (Food and Agriculture Organization of the UN), as Cadeias de Valor Agrícola modernas crescem e se tornam otimizadas à medida que os países se industrializam e fortalecem a sua posição global de mercados.
Muitas vezes, essas cadeias são controladas por empresas multinacionais ou nacionais e são caracterizadas pela coordenação vertical, consolidando a base de abastecimento com aproveitamento do agroindustrial, além de oferecer boas oportunidades de emprego para homens e mulheres.
Soja e milho a caminho do oriente
A soja, principal grão do agronegócio brasileiro, deve ter as primeiras cargas exportadas entre abril e maio e, por enquanto, a empresa não abre os volumes que pretende alcançar. No entanto, o grande potencial para 2021 nas vendas confirmam as boas expectativas do setor para o mercado externo. Em 2019, por exemplo, um terço das vendas no Brasil tiveram como origem o barter.
Segundo André Savino, diretor de marketing da Syngenta do Brasil, essa transação não entra em competição com as tradings. “As operações compreendem apenas grãos referentes às tecnologias que fornecemos”, afirma.
Já o milho, que vem com um número positivo de crescimento nas últimas safras, tem potencial incerto, pois Brasil e China ainda estão em negociação sobre alguns ajustes no protocolo fitossanitário de exportação. O cereal é extremamente importante para recompor o rebanho asiático após os prejuízos com a peste suína africana.
De acordo com Dong Guo, diretor global da iniciativa de Cadeia de Valor Agrícola, a Syngenta espera firmar parcerias com tradings e operadores logísticos no Brasil para movimentar os grãos a serem exportados. “Como uma empresa de insumos agrícolas, nossa prioridade não é investir em instalações de comércio agrícola”, finaliza.
Parceria Syngenta e China
Em 2017, a Syngenta foi adquirida pela ChemChina, o que aproximou ainda mais a empresa do mercado chinês, priorizando as negociações com o país asiático, além do potencial de demanda.
A multinacional possui acordo de fornecimento com a Sinograin, que já compra grãos para os estoques públicos da China. Seguindo essa mesma linha e com uma relação comercial mais próxima, abre-se uma grande oportunidade junto ao mercado chinês para estreitar futuras comercializações de café e algodão brasileiro.
Com conexões dentro e fora do campo, a Syngenta desenvolve tecnologias para proteção de cultivos cada vez mais eficientes para sanar os problemas enfrentados na lavoura nas diferentes fases. Com isso, contribui com safras cada vez mais produtivas e rentáveis, elevando o patamar da agricultura brasileira e incluindo boas negociações fora do país.
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Syngenta e você: conectados dentro e fora do campo.
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