Atualizado em 28/03/2025.
Após alcançar o título de maior exportador mundial de algodão pela primeira vez na história na safra 2023/24, o Brasil continua a consolidar-se como um dos maiores produtores de algodão do mundo, desempenhando um papel estratégico no abastecimento global de fibras naturais.
A safra 2024/25 proporciona um misto de oportunidades e desafios, em um cenário no qual a expansão da área plantada reflete o otimismo dos produtores, mas a produtividade enfrenta pressões relacionadas a fatores climáticos e fitossanitários.
Segundo o 6º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área destinada ao cultivo do algodão no país cresceu, sinalizando a confiança no potencial da cultura e na adoção de tecnologias avançadas. No entanto, a produtividade média apresentou uma leve retração, evidenciando a necessidade de estratégias mais robustas para superar adversidades no campo.
Neste blog, exploramos os principais destaques da safra até o momento, as particularidades de cada região produtora e as tendências que moldam o futuro do algodão no Brasil. Com foco em inovação e manejo eficiente, o setor segue resiliente, reafirmando sua relevância no agronegócio nacional e internacional.
Panorama nacional da safra de algodão 2024/25
O cenário nacional da safra de algodão mantém-se positivo, com expansão na área plantada e produção em alta. Segundo a Conab, o crescimento da área está relacionado ao aumento da atratividade da cultura, mesmo diante de desafios climáticos e fitossanitários.
As estimativas para safra de algodão 2024/25 no Brasil apontam um aumento de 5,1% na área plantada em relação à temporada anterior.
A produtividade, no entanto, sofreu queda de 1,7%, refletindo desafios climáticos e de manejo em algumas regiões. Mesmo com essa queda, a produção de pluma registrou um crescimento de 3,3%, alcançando 3,822 milhões de toneladas, ante 3,699 milhões de toneladas no 4º levantamento.

Cenário regional da safra de algodão 2024/25
A semeadura do algodão no Brasil foi iniciada na primeira semana de outubro e seguiu o cronograma esperado. Em março, grande parte das lavouras encontram-se em desenvolvimento vegetativo e enchimento das maçãs, com destaque para São Paulo, onde algumas áreas já avançam para a fase de maturação.

Os Estados com maior produção mantêm uma trajetória de crescimento na área plantada, conforme mostrado abaixo:
- Mato Grosso: maior produtor nacional, o Estado ampliou a área plantada e enfrenta desafios com o clima, mas segue com expectativas positivas de produção.
- Bahia: aumento da área plantada devido aos bons preços e às condições climáticas favoráveis.
- Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais acompanham a tendência de ampliação da área, com variações regionais na produtividade
Condições climáticas e produtivas por Estado
- Mato Grosso: o Estado segue como principal produtor, com aumento na área plantada. O excesso de chuvas no início da safra garantiu boa umidade no solo, mas pode impactar negativamente algumas áreas devido a doenças fúngicas. A previsão é de produtividade próxima à média histórica.
- Bahia: o plantio ocorreu dentro do previsto, com precipitações regulares contribuindo para o bom desenvolvimento das lavouras. O cenário segue positivo, com potencial de produtividade dentro da média esperada.
- Goiás: a semeadura foi bem distribuída, mas algumas regiões enfrentaram déficit hídrico temporário, exigindo ajustes no manejo de irrigação. O desenvolvimento da lavoura segue satisfatório.
- Mato Grosso do Sul: o plantio iniciou cedo e foi concluído em boas condições. Chuvas regulares garantiram boa umidade no solo, favorecendo a emergência das plantas e um desenvolvimento inicial satisfatório.
- Minas Gerais: o plantio da safra de sequeiro foi finalizado e a expectativa agora se volta para a safrinha irrigada. As chuvas bem distribuídas têm sido benéficas para o crescimento das plantas.
- Maranhão e Piauí: a semeadura avançou conforme o cronograma esperado, com boas condições climáticas e níveis adequados de umidade no solo, favorecendo o estabelecimento da cultura.
- Tocantins: o plantio do algodão de primeira safra ocorreu de forma gradual e seguiu o planejamento esperado. O desenvolvimento da cultura está dentro da normalidade e as condições climáticas seguem favoráveis.
Com a safra em andamento, o monitoramento contínuo das lavouras e o uso de tecnologias para otimizar o manejo fitossanitário e nutricional são estratégias fundamentais para garantir bons resultados produtivos e mitigar possíveis impactos climáticos.
Projeções e tendências para o algodão brasileiro
Com o Brasil consolidado como o maior exportador global de algodão, os produtores têm buscado alinhar qualidade e sustentabilidade para atender à demanda internacional.
O aumento da área cultivada reflete essa confiança, mas a estabilidade da produção total destaca os desafios enfrentados, como mudanças climáticas e pressão de custos. A tecnificação e o uso de práticas agrícolas inteligentes são fundamentais para mitigar esses impactos, promovendo a resiliência dos cultivos a longo prazo.
Além disso, o setor deve seguir atento às novas demandas por produtos sustentáveis e às exigências de mercados mais rigorosos, como Europa e Estados Unidos, que valorizam a produção responsável e de baixo impacto ambiental.
O cenário internacional mantém-se favorável à exportação, especialmente com a demanda consistente da Ásia. A qualidade da fibra brasileira continua sendo um diferencial competitivo, impulsionado pelo uso de práticas agrícolas sustentáveis e pela rastreabilidade na produção.
Dica ao produtor: invista no monitoramento contínuo das lavouras e utilize tecnologias inovadoras para otimizar os resultados e enfrentar os desafios climáticos e fitossanitários.
A leve queda na produtividade média (-1,7%) ressalta a importância da adoção de manejo eficiente e monitoramento climático. O sucesso da safra dependerá da capacidade dos produtores em mitigar riscos climáticos e fitossanitários, maximizando o potencial produtivo das lavouras.
Dessa forma, o setor deve continuar focado em inovação, manejo integrado de pragas, doenças e daninhas e investimentos em tecnologias e maquinário de alta performance.
Com um cenário de crescimento moderado, a expansão da área plantada e o fortalecimento das exportações brasileiras indicam um futuro promissor para o algodão nacional. A tendência é que o país continue aprimorando sua eficiência produtiva e consolidando sua posição estratégica no mercado global.
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