O problema de resistência de plantas daninhas a diversas moléculas herbicidas vem crescendo a cada ano na agricultura, trazendo inúmeros prejuízos econômicos ao produtor, além de perda de produtividade. Por isso, o manejo antirresistência é uma importante prática para garantir uma melhor eficiência dos produtos, contribuindo para um manejo mais eficaz e sustentável e proporcionando o desenvolvimento saudável das plantas com consequente sucesso da lavoura.

A entrada de cultivares de soja com tecnologia de tolerância ao glifosato permitiu a utilização em larga escala dessa molécula, com a qual foi possível realizar o controle de diversas espécies de plantas daninhas, sem prejudicar a cultura. Porém, o uso intenso do glifosato nos últimos anos tem contribuído, cada vez mais, para a seleção de espécies resistentes.

Vale destacar que a falta de rotação de mecanismos de ação, dentro de um programa de manejo de plantas daninhas, favorece o aumento dos casos de resistência múltipla, ou seja, uma mesma espécie pode ser resistente a mais de um mecanismo de ação, fato que também tem se agravado nos últimos anos.

Segundo pesquisa realizada pela Weed Science e divulgada pelo Agrolink, o prejuízo e os custos causados pela resistência aos herbicidas somam R$ 4,92 bilhões no Brasil, alcançando mais de R$ 9 bilhões quando somados aos da matocompetição.

Hoje, as principais plantas daninhas resistentes e de difícil controle na lavoura são:

  • Buva (Conyza spp.): planta anual, com germinação no final do cultivo de verão e que constitui um grande problema na entressafra;

  • Capim-amargoso (Digitaria insularis): o número de casos de resistência ao glifosato e a outros mecanismos aumenta no Brasil, o que impacta os custos para o seu controle. Tem grande capacidade de crescer e se desenvolver rapidamente na lavoura;

  • Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica): essa daninha tem resistência aos herbicidas glifosato, fenoxaprop e haloxyfop. Além dos registrados no Brasil, foram relatados 30 casos de resistência em outros 10 países;

  • Caruru-roxo (Amaranthus hybridus): é uma espécie que pode atingir até 2,5 m, tem alta variabilidade genética e produz uma grande quantidade de sementes. Os casos registrados de resistência ao glifosato preocupam, principalmente, a região Sul do país.

Casos de resistência registrados pela Syngenta

Atenta aos problemas que as plantas daninhas geram nas lavouras, a Syngenta conta com uma equipe de especialistas dedicada aos estudos sobre o manejo de resistência dessas plantas, uma vez que cada espécie resistente necessita de um manejo específico.

Dois casos de resistência no Brasil foram registrados pela equipe da Syngenta em comunicado publicado no site da HRAC (Comitê de Ação a Resistência aos Herbicidas):

  • 2018: caruru-roxo (Amaranthus hybridus) – resistência ao glifosato e ao clorimuron;

  • 2021: capim-arroz (Echinochloa crusgalli) – primeiro caso de resistência ao glifosato.

Os profissionais altamente capacitados trabalham em parceria com pesquisadores, universidades, instituições e órgãos importantes da comunidade científica agrícola, entre eles, o HRAC (Comitê de Ação de Resistência a Herbicidas), a Sociedade Brasileira da Ciência de Plantas Daninhas e a Weed Science Society of America (WSSA).

No portal Weed Science, é possível conferir a lista de plantas daninhas resistentes e averiguar o aumento dos casos ao longo dos anos.

A importância do herbicida pré-emergente na lavoura

Lavoura de soja sem daninha

Os herbicidas pré-emergentes entram como ferramenta fundamental no sistema de manejo de plantas daninhas resistentes na lavoura de soja. Nesses produtos, temos a possibilidade de utilizar mecanismos de ação diferentes daqueles desenvolvidos para a pós-emergência e, por isso, tornam-se eficazes no combate às espécies de difícil controle.

Eduardo Ozório, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos Herbicidas da Syngenta com foco em manejo de resistência, explica a ação do pré-emergente na lavoura.

“Para você controlar as plantas daninhas, é necessário usar diferentes ferramentas no manejo, com diferentes soluções e em momentos distintos dentro do ciclo. Além disso, outra grande vantagem de usar o pré-emergente nesse sistema é que você controla a planta daninha junto com a emergência da cultura, evitando a matocompetição inicial”, explica o especialista.

Há ainda outros benefícios do herbicida pré-emergente no manejo de plantas daninhas, como:

  • Diferentes mecanismos de ação para o controle de espécies resistentes no sistema de produção

  • Flexibilidade para programar novas as operações de plantio e pulverizações sem conflitos;

  • Bom controle no início da lavoura, impedindo que a cultura dispute espaço, luz e nutrientes com a planta daninha.

Ainda assim, é preciso ter em mente que as boas condições de aplicação do pré-emergente fazem toda a diferença no resultado do controle, principalmente o posicionamento correto do produto, para que ele aja de modo a garantir o desenvolvimento da cultura por mais tempo em terreno limpo. Por isso, é preciso contar com soluções seguras, que sejam seletivas às culturas.

Vale ressaltar que a eficiência do produto também está ligada às condições de umidade do solo. Nesses casos, é sempre importante ter a assistência de um agrônomo, para auxiliar no melhor uso do produto.

Dual Gold®: o pré-emergente para os piores problemas

Pensando na importância do herbicida pré-emergente no manejo de resistência, a Syngenta desenvolveu Dual Gold® para evitar a presença das plantas daninhas resistentes antes da emergência da cultura da soja.

O ingrediente ativo da formulação, S-metolacloro, tem alta eficácia contra plantas resistentes e tolerantes ao glifosato e a outros mecanismos de ação, inibindo o crescimento dessas espécies.

Além disso, o produto apresenta os seguintes diferenciais:

  • Controle superior: o modo de ação tem efeito residual prolongado, levando proteção por mais tempo à lavoura;

  • Flexibilidade: a solução possui amplo espectro e controla diversas espécies de plantas daninhas;

  • Alta seletividade: não causa prejuízos à cultura e reduz a perda de produtividade por fitotoxicidade.

O pré-emergente é um produto mais técnico, por isso, é extremamente necessário seguir as recomendações da bula e consultar um agrônomo para indicar o melhor posicionamento e as doses corretas de Dual Gold® na lavoura, para que o produtor obtenha o máximo da eficiência do produto”, complementa Eduardo Ozório.

Confira, na videobula de Dual Gold®, como o herbicida pré-emergente da Syngenta é eficaz no manejo de resistência:

 

Uma cultura livre de plantas daninhas deve levar em consideração o sistema com manejo antecipado, pré-emergente e pós-emergente, proporcionando uma lavoura limpa para o desenvolvimento saudável das plantas. Sempre atenta às necessidades do produtor rural, a Syngenta conta com um portfólio completo de produtos de alta tecnologia que favorece o máximo potencial produtivo, trazendo resultados superiores em rentabilidade.