O algodão vem sendo cultivado há tempos no Brasil e está dentro das culturas de maior importância no agronegócio nacional.
Hoje, somos o 5º maior produtor de algodão do mundo, com uma colheita estimada em 2,7 milhões de toneladas de pluma por safra, e, de sua planta, são aproveitados o caroço (semente) e a fibra. Além disso, também somos o seu 2º maior exportador global.
Assim como qualquer outra cultura, o algodão está suscetível a ameaças que podem prejudicar o ciclo produtivo. E, dentre esses perigos, destacam-se a ramulária e o bicudo.
A mancha de ramulária é uma doença causada pelo fungo Ramularia areola e é considerada hoje a doença mais importante do algodoeiro pois, além de extremamente nociva à cultura – pode provocar uma redução de até 35% na produtividade, ela está presente em praticamente todas as regiões produtoras de algodão do mundo.
Seus sintomas iniciais são de difícil diagnose e observados nas folhas mais novas, na parte interior, através de manchas azuladas. Conforme progridem, as manchas tornam-se angulosas e de coloração branca ou amarelada, tendo um aspecto farináceo.
Já o bicudo (Anthonomus grandis) é um besouro de coloração cinzenta e considerado a principal praga dos algodoeiros nas Américas. Caso não controlado, pode causar até 70% de perdas nas produções em função da sua alta capacidade de reprodução e alto poder destrutivo.
Os primeiros adultos migram para a cultura por conta de seu florescimento, sendo atraídos pelo cheiro, e atacam primeiro os botões florais. Na sequência eles atacam as flores, que ficam com o aspecto de balão devido à abertura anormal das pétalas.
É importante destacar também que os períodos chuvosos favorecem o desenvolvimento dos bicudos.
Em ambos os casos, é fundamental um planejamento assertivo para controle. Utilizar fungicidas e inseticidas de alta performance e rotacionar ingredientes ativos e modos de ação, são práticas que devem ser observadas pois melhoram as chances de combater a ramulária e o bicudo, além de diminuir a quantidade de aplicações e de gastos com defensivos não tão eficientes no controle.
Produção e Parceria: DNAgro (Canal Rural)
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