Considerado uma cultura exigente, o algodão necessita de cuidados redobrados na produção, desde o planejamento da lavoura até a colheita e o transporte. Diante disso, a aquisição antecipada de insumos, a conservação e o preparo do solo e o manejo integrado de pragas são fatores que determinam a produtividade e a qualidade do produto.
Os números resultantes das análises das últimas cinco safras nacionais demonstram que os agricultores brasileiros incrementaram o processo produtivo. De acordo com a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), o Brasil é um dos cinco maiores produtores mundiais e o segundo maior exportador de algodão.
Antes de mais nada, é importante destacar que, para chegar a essa condição, os cotonicultores investiram intensivamente em tecnologias produtivas. Alguns exemplos recentes são a adesão a campanhas como a Não ao Bicudo, o envelopamento de cargas e a adoção de planos integrados para procedimentos de transporte, evitando desperdícios da colheita.
Planejamento das etapas produtivas
Inicialmente, o produtor precisa ter conhecimento dos custos de produção previstos na cultura de algodão. Uma opção é buscar informações em instituições que prestam apoio e possuem dados atuais do mercado.
Para o Estado do Mato Grosso, por exemplo, a estimativa realizada para o custo operacional efetivo da safra 21/22 é de R$ 13.594,92 por hectare, de acordo com dados do IMEA (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), de julho deste ano. O levantamento completo pode ser verificado no portal, reforçando que as estimativas não refletem as particularidades de cada produtor rural.
Fora isso, o cultivo de algodão requer atenção redobrada desde o planejamento, visto que qualquer problema durante as diversas etapas do ciclo produtivo pode comprometer o elevado investimento.
Assim, os cuidados com o preparo do solo são fundamentais para o desenvolvimento das plantas, sendo necessário definir o posicionamento adequado, de acordo com o tipo de sistema de cultivo, seja ele convencional ou plantio direto.
Além disso, um bom planejamento da atividade agrícola envolve a rotação de culturas, que permite reduzir os custos com controle de pragas e de doenças. Também é preciso seguir o calendário de vazio sanitário durante determinado período do ano, que consiste em manter o campo livre de plantas vivas da cultura. O objetivo, nesse caso, é prevenir e auxiliar o combate às pragas, principalmente o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis).
A importância do (MIP) Manejo Integrado Pragas
A diversidade climática do território nacional exige planejamento do período de plantio, que é distinto para cada região. Conforme apontado por especialistas do setor, essa condição tem aspecto positivo, pois possibilita o escalonamento da lavoura e, consequentemente, da colheita.
Complementando as boas práticas para o cultivo do algodão, é preciso despender atenção especial ao MIP (Manejo Integrado de Pragas), que proporciona um controle mais efetivo e sustentável de pragas, através da associação harmoniosa de diversos métodos de manejo.
Dentre esses métodos está a utilização de defensivos devidamente registrados e efetivos para o controle do bicudo-do-algodoeiro, promovendo também a rotação de grupos químicos e modos de ação, a fim de evitar o desenvolvimento de populações menos sensíveis deste inseto, fato que poderia inviabilizar a cotonicultura nacional.
Como forma de contribuir nesse processo, a Syngenta disponibiliza para os agricultores produtos com alta performance, inovação e tecnologia, oferecendo forte ação contra o bicudo-do-algodoeiro e demais doenças que atacam a lavoura de algodão.
A partir dos resultados da colheita, o produtor terá condições de analisar a efetividade da utilização de tecnologias produtivas, observando os ganhos de produção e de produtividade. Ainda assim, essa etapa final do ciclo deve ser conduzida de maneira meticulosa, por isso, a qualidade do produto, bem como seu armazenamento e transporte, precisam ser rigorosamente monitorados.
Como foi possível observar, a cultura de algodão exige investimentos, cuidados específicos e muita atenção em todas as etapas do ciclo, para que bons resultados econômicos sejam alcançados.
Contudo, dados como o aumento de 23% nas exportações, no período entre agosto de 2020 e julho de 2021, comprovam que os cotonicultores têm sido perseverantes e dedicados quanto à melhoria do manejo e à qualidade do produto.
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