Plantas daninhas são espécies que crescem de forma indesejada em áreas cultivadas, competindo com as culturas agrícolas por recursos, como luz, água, nutrientes e espaço, além de servirem de hospedeiras para pragas e doenças que comprometem a produção.
Essas plantas invasoras podem reduzir significativamente o rendimento das lavouras. Para os agricultores, isso representa não apenas perda na produção, mas também aumento nos custos operacionais. Segundo a Embrapa, os custos de produção em lavouras de soja infestadas por plantas daninhas resistentes ao glifosato podem aumentar entre 42% e 222%, dependendo da severidade da infestação e das práticas de manejo utilizadas.
Outra característica das plantas daninhas é que elas possuem mecanismos adaptativos, como produção abundante de sementes e capacidade de germinar em condições adversas. Além disso, várias espécies desenvolveram resistência aos herbicidas, se adaptando aos sistemas de cultivos intensivos, tornando os métodos tradicionais de controle menos eficazes.
Diante do cenário desafiador das plantas daninhas resistentes e adaptadas ao sistema de cultivo, a Syngenta desenvolveu o Manejo Limpo, que apresenta uma abordagem para o manejo integrado de plantas daninhas, reunindo as melhores práticas, com os herbicidas mais avançados.
Saiba mais como deixar a sua lavoura limpa durante todo o ciclo de produção agrícola.
Leia também:
Plantas daninhas na soja: principais espécies e métodos de controle
Syngenta lança programa “Manejo Limpo” para controle de daninhas
Dessecação pré-colheita como manejo para antecipação da safrinha
O cenário da resistência de plantas daninhas aos herbicidas
As plantas daninhas representam um dos principais obstáculos na produção vegetal, causando reduções que podem variar de 85% na produção de milho até 90% na produção de soja. Essas plantas são de difícil controle e os agricultores têm enfrentado uma batalha constante contra espécies que, ao longo dos anos, se tornaram resistentes aos herbicidas mais utilizados.
A resistência ocorre quando se utiliza o mesmo princípio ativo, na mesma área, com muita frequência. Com o tempo, os indivíduos que possuem características de resistência sobrevivem, se reproduzem e aumentam em número, tornando o controle mais difícil e diminuindo a eficácia desse herbicida.
A resistência das plantas daninhas foi identificada primeiramente em 1957, em biótipos de Commelina difusa, nos Estados Unidos. Essas plantas apresentavam resistência a herbicidas pertencentes ao grupo das auxinas. Atualmente, há mais de 300 biótipos de plantas daninhas que apresentam resistência a um ou mais mecanismos herbicidas.
No Brasil, os primeiros relatos aconteceram em 1993, com picão-preto (Bidens pilosa) e leiteiro (Euphorbia heterophylla) apresentando resistência aos inibidores da ALS. Hoje, 29 espécies de plantas daninhas apresentam resistência a herbicidas. As espécies resistentes ao glifosato já somam 12, estando entre elas 3 espécies de buva.
Algumas plantas invasoras apresentam resistência múltipla, ou seja, a mais de um mecanismo de ação , como, por exemplo, a buva (Conyza spp.), o caruru (Amaranthus hybridus), o picão-preto (Bidens spp.) e o leiteiro (Euphorbia heterophylla), tornando seu controle ainda mais complicado.
O manejo inadequado das plantas daninhas é um dos principais fatores que contribuem para o aumento do número de espécies resistentes a herbicidas. Para evitar esse cenário, é fundamental adotar estratégias diversificadas de controle e monitoramento contínuo das áreas cultivadas.
Como manejar a resistência em plantas daninhas?
Para minimizar o risco de resistência aos herbicidas, o ideal é reduzir a pressão de seleção e controlar os biótipos resistentes antes que produzam sementes. Isso pode ser feito usando outras práticas integradas ao manejo químico, além da utilização de herbicidas com diferentes mecanismos de ação, realizando aplicações sequenciais e rotacionando esses mecanismos.
Uma abordagem eficaz para o manejo da resistência é fazer um manejo antecipado, usar a dessecação pré-plantio e fazer a aplicação de herbicidas antes e após a emergência das plantas daninhas.
Essa combinação ajudará a manter a lavoura limpa durante todo o ciclo, impedindo o estabelecimento de espécies resistentes e preservando o potencial produtivo da cultura. Veja como combinar essas estratégias:
Manejo antecipado: é realizado no período da entressafra (após a colheita da segunda safra e antes da semeadura da cultura). Seu objetivo é controlar as plantas daninhas ainda em seus estágios iniciais, facilitando sua eliminação, reduzindo o banco de sementes no solo e interrompendo o ciclo de pragas e doenças que as utilizam como hospedeiras. Além disso, contribui para o manejo de resistência, permitindo o uso de herbicidas com diferentes mecanismos de ação que não podem ser aplicados durante o desenvolvimento da cultura principal.
Dessecação pré-plantio: envolve a aplicação de herbicidas antes da semeadura, com um intervalo de segurança para evitar que resíduos do produto afetem a germinação das sementes. O ideal é que essa aplicação ocorra com algumas semanas de antecedência, para que, assim, haja tempo para uma reaplicação caso seja necessário. Isso garante a eliminação eficaz das plantas daninhas e prepara um ambiente limpo para o desenvolvimento da cultura.
Manejo pré-emergente: controla as plantas daninhas antes de sua emergência e da emergência da cultura, por meio da ação no banco de sementes, utilizando herbicidas aplicados no solo antes ou logo após o plantio (preferencialmente em até 24 horas), nos sistemas aplique-plante ou plante-aplique. Esse método previne a matocompetição, permitindo que a cultura se desenvolva sem interferência no início do ciclo. Além disso, contribui para o manejo da resistência, pois possibilita o uso de moléculas diversificadas que não seriam aplicáveis com a cultura presente.
Manejo pós-emergente: consiste na aplicação de herbicidas após a emergência das plantas daninhas e da cultura. A eficácia desse método está relacionada ao estágio de desenvolvimento das plantas invasoras, sendo que, quanto mais jovens elas forem, maior será a suscetibilidade ao herbicida, permitindo um controle mais eficiente com doses menores, diminuindo a possibilidade de seleção de espécies resistentes.
Usando as técnicas de manejo integrado de plantas daninhas, respeitando essa combinação de épocas de aplicação e usando produtos que combinem mais de um modo de ação, é possível ter uma lavoura limpa durante a safra e a entressafra.
Para uma lavoura limpa, manejo limpo
A Syngenta, ao identificar a crescente resistência das plantas daninhas ao glifosato e aos outros herbicidas e a necessidade de um apoio técnico completo aos produtores, criou o programa Manejo Limpo, um dos conjuntos mais fortes e eficientes de práticas e ferramentas disponíveis para o manejo de plantas daninhas.
O programa está diretamente alinhado com o Plano de Agricultura Sustentável, The Good Growth Plan, compromisso global da Syngenta em aumentar a produtividade das principais culturas do mundo em até 20%, de forma sustentável, reduzindo impactos ambientais e garantindo o uso inteligente de insumos.
O grande diferencial do Manejo Limpo é a visão abrangente dos diferentes sistemas de produção, a soma de práticas que vão além do controle químico e a utilização de herbicidas com diferentes ingredientes ativos e mecanismos de ação, evitando a seleção de plantas daninhas resistentes.
Esses herbicidas podem ser estrategicamente aplicados ao longo de todo o ciclo produtivo das principais culturas, garantindo uma abordagem integrada e eficaz no controle de plantas daninhas. Ao combinar diferentes épocas de aplicação, como no manejo antecipado, na pré-emergência e na pós-emergência, esses produtos proporcionam um controle duradouro e eficiente, resultando em uma lavoura limpa e protegida durante todas as fases do sistema de produção.
Os pilares do Manejo Limpo:
- Portfólio: o programa utiliza herbicidas poderosos, como FLEXSTARTM GT, EDDUS® e CALARIS® que, juntos, oferecem uma ação eficaz e completa contra diferentes tipos de plantas daninhas.
- Capacitação: fornece o conhecimento necessário para a aplicação correta dos herbicidas e o uso eficiente de estratégias de controle.
- Sustentabilidade: incentiva a adoção de boas práticas agrícolas que minimizem a pressão e a resistência das plantas daninhas, otimizando as operações e protegendo as tecnologias e o ambiente.
Conheça alguns herbicidas do programa Manejo Limpo
Os herbicidas FLEXSTARTM GT, EDDUS® e CALARIS® atuam de maneira complementar para promover uma lavoura limpa durante todo o ciclo da cultura. Juntos, esses produtos formam uma estratégia robusta de manejo, prevenindo a infestação ao longo do ciclo e reduzindo a matocompetição, permitindo que a cultura se desenvolva de forma vigorosa e sem a interferência de plantas daninhas. Conheça mais sobre os seus benefícios.
FLEXSTARTM GT:
FLEXSTARTM GT é um herbicida sistêmico, seletivo e pós-emergente desenvolvido pela Syngenta, especialmente formulado para oferecer controle superior de plantas daninhas de folhas largas em lavouras de soja tolerantes ao glifosato.
A sua fórmula inovadora combina dois ingredientes ativos: fomesafen e glifosato, proporcionando uma ação eficaz na eliminação de plantas daninhas.
Benefícios de FLEXSTARTM GT:
- Controle superior de folhas largas: eficácia reconhecida no manejo de plantas daninhas, como caruru (Amaranthus spp.), trapoeraba (Commelina benghalensis), e corda-de-viola (Ipomoea grandifolia).
- Maior seletividade: herbicida de ação sistêmica,
- Conveniência no manejo: pode ser aplicado diretamente, sem a necessidade de misturas em tanque, tornando o manejo mais prático e reduzindo o risco de erro na dosagem e na aplicação.
FLEXSTARTM GT pode ser aplicado uma única vez, quando a soja estiver no estágio V2-V3 e as plantas daninhas possuírem de 2 a 3 folhas, ou sequencialmente, sendo a primeira aplicação feita no estágio V2-V3 da soja, seguida de uma segunda aplicação 14 dias depois.
EDDUS®: para uma soja sem mato, controle o mal pela raiz
EDDUS® é composto por dois princípios ativos com modos de ação diferentes, fomesafem e s-metolacloro, contribuindo para o manejo de resistência.
A sinergia desses dois ingredientes ativos evita o desenvolvimento das plantas daninhas de folhas largas e gramíneas, mesmo antes de emergirem, e protege a soja sem causar fitotoxicidade.
Um dos principais benefícios de EDDUS® é sua alta performance no combate às principais ervas daninhas resistentes ao glifosato, além de apresentar longo residual e seletividade para a cultura da soja, auxiliando no manejo pré-emergente de plantas daninhas de difícil controle.
Aqui estão os principais benefícios de EDDUS®:
- Amplo espectro: eficaz contra gramíneas e folhas largas.
- Alta seletividade: ideal para a cultura da soja, sem causar danos à planta.
- Alta performance: combate plantas daninhas resistentes ao glifosato, como o capim-amargoso, pé-de-galinha e caruru.
- Acelera a dessecação: atua na pós-emergência das plantas daninhas.
- Tecnologia avançada: formulação estável mesmo em condições adversas.
- Manejo da resistência: dois ingredientes ativos com mecanismos de ação complementares, prevenindo a resistência.
Recomenda-se a aplicação de EDDUS® uma única vez, logo após a semeadura, na pré-emergência da soja e das plantas infestantes. Essa aplicação única é suficiente para proporcionar um controle eficaz do banco de sementes, permitindo que a soja se desenvolva em um ambiente livre de matocompetição.
CALARIS®
CALARIS® é um herbicida sistêmico e seletivo que atua no controle de plantas daninhas de folhas largas e gramíneas, inclusive resistentes ao glifosato, como a buva.
Sua formulação inovadora, que combina atrazina e mesotriona, permite que tenha efeito pós-emergente e residual, com amplo espectro, ao mesmo tempo que maneja a resistência. Essa formulação permite usar doses menores do produto, portanto substitui a atrazina com doses mais baixas e resultados mais eficazes.
CALARIS® é altamente seletivo e pode ser usado no manejo antecipado, aplicando na pré-semeadura de soja, trigo e milho, respeitando os intervalos de plantio conforme a bula. Sua aplicação antes da emergência das plantas daninhas proporciona uma lavoura mais limpa desde o início do ciclo.
Os principais benefícios de CALARIS®:
- Amplo espectro: eficaz contra gramíneas e folhas largas.
- Residual prolongado: ação pré-emergente que protege por um período prolongado.
- Alta eficácia: controla eficientemente plantas daninhas de difícil manejo.
- Praticidade: mistura pronta e facilidade de aplicação com doses reduzidas.
- Baixas doses: necessita de menores quantidades em comparação a herbicidas à base de atrazina.
- Seletividade: eficaz contra ervas daninhas resistentes ao glifosato, garantindo um manejo eficiente e seguro.
A recomendação para o uso de CALARIS® é a aplicação única ou sequencial (duas pulverizações), dependendo da espécie e do grau de infestação das plantas daninhas.
Para o manejo pós-emergente em aplicação única, aplicar, de preferência, quando as daninhas estiverem no início do seu desenvolvimento, apresentando de duas a quatro folhas, com a cultura do milho entre V4 e V5.
Ao combinar produtos de alta tecnologia e práticas agrícolas recomendadas, o programa Manejo Limpo oferece uma solução completa e robusta para o manejo integrado de plantas daninhas, ajudando os produtores a enfrentarem esse cenário tão desafiador com todo o apoio técnico de que precisam.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
Confira a central de conteúdos Mais Agro para ficar por dentro de tudo o que está acontecendo no campo.
Deixe um comentário