Atualizado em 18/02/2025.

A cultura do algodão enfrenta desafios constantes devido à presença de pragas, sendo o bicudo-do-algodoeiro a principal ameaça. Essa praga, junto com tripes e ácaros, pode comprometer significativamente a produtividade da lavoura e a qualidade da fibra. O Manejo Integrado de Pragas (MIP), incluindo a utilização de inseticidas inovadores, é essencial para mitigar esses impactos e proteger a lavoura.

Nesse cenário, é importante considerar diferentes métodos de aplicação para o contexto específico de cada lavoura e região, sendo o monitoramento e o registro do histórico da área duas práticas de manejo integrado essenciais para a tomada de decisão, a fim de avaliar:

  • quais são as espécies de pragas agrícolas presentes na área;
  • quando elas entram na lavoura;
  • qual a intensidade da infestação;
  • em que momento do ciclo da cultura elas causam maiores danos.

A aplicação aérea de inseticidas tem-se mostrado particularmente eficaz na luta contra o bicudo. A eficiência da aplicação aérea reside na sua capacidade de cobrir grandes áreas rapidamente, fazendo com que o inseticida atinja a praga de maneira efetiva e no momento correto. 

Isso é essencial para o controle do bicudo-do-algodoeiro, que exige uma resposta rápida e abrangente para evitar a disseminação. Para áreas com baixa intensidade de ataque dessa praga, a aplicação terrestre também pode ser uma estratégia eficaz.

A combinação desses métodos, aliada ao uso de produtos com tecnologias avançadas, permite fechar o cerco contra o bicudo e outras pragas, como ácaros e tripes, potencializando a proteção da lavoura de algodão e reduzindo as perdas adicionais causadas por essas pragas. Como aplicar isso na sua lavoura? Isso é o que você descobrirá nesse artigo.

Boa leitura! 

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As pragas do algodoeiro: cenário atual, espécies e danos na lavoura

As pragas têm grande potencial de impactar negativamente a produtividade e, nos últimos anos, como resultado do cenário climático, temos observado um aumento considerável da pressão e dos danos causados por elas. Os eventos extremos, como secas ou chuvas que causam inundações, exercem influência direta no ciclo das pragas, tornando o manejo ainda mais complexo diante das mudanças climáticas observadas nas últimas safras. 

Esses fenômenos climáticos afetam a agricultura de várias maneiras:

  • Modificação na ocorrência e na severidade de pragas e doenças: o aumento da temperatura influencia diretamente a biologia e o comportamento das pragas. Isso pode levar a uma modificação na ocorrência e na severidade, impactando as safras.
  • Aumento da pressão de pragas: as mudanças climáticas podem aumentar a incidência de pragas do algodão. Isso ocorre devido à expansão da distribuição geográfica das pragas, que se beneficiam das temperaturas mais altas para se proliferarem.
  • Temperaturas noturnas mais altas: especificamente, temperaturas noturnas mais elevadas podem aumentar a chance de infestações. Isso se deve ao fato de muitas pragas serem mais ativas em períodos mais quentes, o que pode acelerar seu ciclo de vida e reprodução.

Os efeitos das mudanças climáticas exigem uma adaptação nas práticas agrícolas, incluindo o Manejo Integrado de Pragas, para lidar com os desafios emergentes e tornar a lavoura mais resiliente a longo prazo.

As 4 principais pragas do algodão e seus impactos na lavoura

As pragas podem causar grandes prejuízos para os produtores ao afetarem os componentes de rendimento do algodão, que são: 

  • a população de plantas;
  • os caules;
  • as hastes;
  • os capulhos;
  • as fibras. 

Quando qualquer um desses elementos é comprometido, há uma porcentagem de perdas em produtividade que não poderá ser revertida, considerando não apenas quantidade, mas também qualidade – fator de grande importância na comercialização do algodão. 

Atualmente, as pragas do algodão mais recorrentes são:

  • Bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis): besouro de cor cinza ou castanha, da família Curculionidae, originário da América Central. 
  • Tripes (Frankliniella schultzei): inseto alado da família Thripidae amplamente distribuído pelo mundo.
  • Ácaro-rajado (Tetranychus urticae): praga polífaga da família Tetranychidae, é polífaga, afetando mais de 150 espécies de plantas.
  • Lagarta-militar (Spodoptera frugiperda): da família Noctuidae, essa espécie de lagarta é comum na soja, que pode servir de ponte-verde para cultivos de algodão.

Considerando os componentes de produtividade do algodão, fica fácil entender a importância de um manejo integrado bem estruturado que considere todo o ciclo da cultura e que seja composto por soluções de amplo espectro, para corresponder a essa variedade de pragas. 

Isso porque cada praga tem o seu potencial de dano e sua preferência por estruturas específicas. Ou seja, não dá para baixar a guarda.

A lagarta-militar, por exemplo, pode atacar as plantas recém-emergidas, caso esteja presente na área desde a safra anterior. Isso gera desuniformidade dos estandes e perdas na população de plantas, com prejuízos no potencial volume de produção de determinada área.

O ácaro-rajado compromete as folhas, podendo causar até a morte da planta em casos muito severos de infestação, mas, em geral, os danos nas estruturas do algodoeiro causam a diminuição da capacidade fotossintética da planta, o que afeta a quantidade e a qualidade das fibras.

O tripes também pode migrar no sistema soja-algodão, estando presente desde o início do ciclo da cultura. Quando ataca a cultura ainda jovem, pode causar a bifurcação do ramo central, quebrando a dominância apical e prejudicando a produtividade. Além disso, essa praga também é vetor de doenças.

Por fim, o bicudo-do-algodoeiro ataca principalmente os capulhos. Perfura os botões florais e inviabiliza a formação de maçãs. As larvas podem causar abortamento ao se alimentarem das estruturas reprodutivas, afetando indiretamente a qualidade das fibras. Assim, há danos tanto qualitativos quanto quantitativos. 

Em termos de porcentagem de danos e dificuldade de controle, o bicudo é a praga mais importante!

Confira as porcentagens de dano no GIF abaixo:

Inseticida para algodão: MIP, métodos de aplicação e a nova molécula que está transformando o manejo

Em um contexto em que clima e ambiente favorecem o ataque de pragas, mitigar os danos e proteger a produtividade parecem realidades improváveis, mas os cotonicultores que realizam as aplicações de inseticidas flexíveis que oferecem um controle sem precedentes, por meio de um plano de Manejo Integrado de Pragas consciente, conseguem fechar o cerco contra o bicudo e outras ameaças.

O primeiro passo é seguir com rigor as práticas recomendadas no MIP, conforme recomenda a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária):

  • Monitoramento: identificação da praga e dos danos.
  • Uso de cultivar resistente: estabelecimento de plantas menos suscetíveis aos ataques.
  • Análise de amostragem e do histórico da área: definição de qual a ocorrência e o potencial de infestação de pragas.
  • Controle preventivo: preparo do solo, plantio na janela ideal, Tratamento de Sementes, eliminação de plantas daninhas que podem servir como hospedeiras para as pragas e destruição dos restos culturais.
  • Controle químico com rotação de ativos e modos de ação: uso de produtos eficientes e com ingredientes ativos distintos, evitando a seleção de resistência.
  • Tecnologia de aplicação adequada: adoção de tecnologias e métodos de aplicação condizentes com a realidade da área.  

A performance do inseticida para algodão depende muito da eficiência alcançada com as outras práticas, no entanto, uma solução atualizada para o atual contexto da agricultura brasileira é capaz de alcançar um controle sem precedentes, desde que seja flexível a ponto de atender às diferentes necessidades de manejo.

Métodos de aplicação de inseticidas

Na cultura do algodão, diversos métodos são utilizados para a aplicação de inseticidas, cada um com suas especificidades e vantagens. Os principais métodos incluem:

  • Aplicação terrestre: realizada com equipamentos terrestres, como pulverizadores tratorizados. O método permite uma aplicação precisa e direcionada, sendo eficaz em pequenas áreas ou em situações que exigem um controle específico.
  • Aplicação aérea: utiliza aeronaves para dispersar o inseticida sobre grandes áreas. É ideal para plantações extensas, onde a aplicação terrestre pode ser menos prática ou eficiente. A aplicação aérea é rápida e pode cobrir áreas de difícil acesso.
  • Pulverização manual: em pequenas lavouras ou para controle localizado de pragas, a pulverização manual com mochilas pulverizadoras pode ser utilizada. É um método trabalhoso e menos eficiente em grandes áreas, mas permite um controle detalhado.
  • Aplicação com drones: uma abordagem mais moderna, a aplicação com drones está tornando-se popular devido à sua precisão e eficiência. Os drones podem aplicar inseticidas em áreas específicas com precisão.

Cada método de aplicação tem suas vantagens e desvantagens, e a escolha depende de certos fatores, como tamanho da área, tipo de praga, topografia do terreno e condições climáticas. A decisão deve sempre considerar a eficácia do controle de pragas, os custos operacionais e a flexibilidade do inseticida aplicado.

Nova molécula inseticida para algodão que está ajudando os produtores a fecharem o cerco contra o bicudo e outras pragas 

É com base em muitos anos de pesquisas e análises, reunindo um escopo de informações abrangente sobre a cotonicultura no Brasil e o comportamento das pragas que a Syngenta desenvolveu o inseticida SPONTA®

Esse produto representa um avanço significativo no controle de pragas, particularmente no manejo do bicudo-do-algodoeiro.

O cenário vivenciado atualmente, com diversas áreas com alta pressão de diferentes pragas, é reflexo de mais de 20 anos sem uma inovação significativa na composição de inseticidas para o bicudo-do-algodoeiro, o que vinha comprometendo as possibilidades de rotacionar ativos e modernizar os métodos de aplicação, batendo de frente com duas das recomendações do Manejo Integrado de Pragas.

SPONTA® chegou ao mercado quebrando essa inércia, representando a grande inovação para o controle de pragas no algodão que o setor tanto precisava

O produto conta com PLINAZOLIN® technology, uma molécula inédita pertencente a um novo grupo químico. Assim, é um avanço extremamente significativo, que realmente transforma as possibilidades de manejo como nunca antes havia acontecido na história da cotonicultura. 

A formulação única de SPONTA® oferece um controle eficaz de um espectro amplo de pragas, além do bicudo, incluindo ácaros e tripes, inaugurando o conceito bicudo-do-algodoeiro+:

  • mais controle: alta eficácia em bicudo;
  • mais espectro: excelência no controle de ácaros e tripes;
  • mais conveniência: aplicação aérea e terrestre, não causa fitotoxicidade, baixa dosagem.

SPONTA® atua proporcionando uma rápida paralisação da alimentação das pragas, seguida de uma alta persistência foliar e efeito residual. Isso resulta em um controle completo das pragas, reduzindo significativamente os danos às plantações de algodão.

O diferencial de SPONTA® é sua versatilidade de métodos de aplicação, podendo ser aérea ou terrestre. A aplicação aérea é particularmente eficiente no controle do bicudo, ao atingir toda a planta, enquanto a aplicação terrestre oferece flexibilidade e conveniência, adequando-se a diferentes estágios de crescimento da cultura do algodão. 

Assim, tem-se o benefício de planejar tamanho e densidade de gotas e reduzir o risco de deriva, mantendo a eficácia do produto em todas as fases da cultura do algodão. SPONTA® fecha o cerco contra o bicudo e outras pragas, mitigando os danos e as perdas adicionais, comumente refletidas em prejuízos na qualidade e em desvalorização da pluma no mercado. 

Aplicação e posicionamento de SPONTA® para cada praga do algodão

Bicudo:

  • Monitorar constantemente a praga na cultura.
  • Iniciar as aplicações quando o nível de infestação atingir de 1 a 2% de botões florais atacados ou quando for identificada a presença de bicudo em armadilhas de monitoramento.
  • Fazer uma bateria sequencial de 3 aplicações. 
  • Intervalo de aplicação: 5 dias.

Tripes:

  • Monitorar constantemente a cultura para detecção de tripes.
  • Pulverizar assim que forem constatadas as primeiras infestações na área.
  • Número máximo de aplicações: 3.
  • Intervalo de aplicação: 5 dias.

Ácaro:

  • Inspecionar regularmente a cultura para detecção precoce de ácaros.
  • Realizar a pulverização ao identificar as primeiras infestações na área.
  • Número máximo de aplicações: 3.
  • Intervalo de aplicação: 7 dias.

Lagarta-militar:

  • Realizar inspeções periódicas na lavoura.
  • Iniciar a aplicação no começo da infestação, preferencialmente com lagartas pequenas, nos estágios de 1º e 2º instares.
  • Número máximo de aplicações: 1.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

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