Um negócio em expansão, o comércio e a produção de grãos devem continuar crescendo no Brasil na próxima década. O MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) estima um aumento de 17% na área plantada até 2031/32, alcançando 370,5 milhões de toneladas. Parte disso está direcionado à cultura da soja, significando um avanço acelerado. No entanto, a pressão de plantas daninhas na soja também pode aumentar.
Para a produção agrícola avançar mitigando os danos causados pelas daninhas, as estratégias de manejo precisam acompanhar o crescimento e ser adaptadas ao novo contexto. Afinal, quanto maior a área cultivada, maior pode ser a incidência de plantas daninhas. A tendência é intensificar as medidas de controle, a fim de limpar as lavouras infestadas por espécies invasoras e evitar a concorrência com a cultura de interesse.
Nesse assunto, há quatro afirmações que merecem destaque:
- Os recursos no ambiente são limitados (tais como água, luz e nutrientes), de maneira que a presença de plantas daninhas gera matocompetição, interferindo no desenvolvimento da soja.
- Plantas daninhas também são hospedeiras de pragas e doenças, e sua presença favorece a contaminação da soja por patógenos e o ataque de pragas.
- O uso de uma única estratégia para o manejo de plantas daninhas na soja, a aplicação de herbicidas na época errada ou em doses inadequadas geram consequências negativas a médio e longo prazo, contribuindo para a seleção de populações de daninhas que, naturalmente, não são controladas pelo herbicida, conceito conhecido como resistência.
- A seleção de plantas resistentes aos produtos aumenta ainda mais a dificuldade de eliminar plantas daninhas de difícil controle na área, gerando prejuízos que podem interferir em até 90% da produção, acarretando também em aumento do custo de produção.
Diante desses fatos, que vêm sendo estudados e reavaliados a cada safra, especialistas já concordam que o melhor caminho para aumentar a produção de soja sem a interferência de daninhas é realizando o manejo pré-emergente. A estratégia permite rotacionar os mecanismos de ação, pela diversificação dos produtos aplicados no mesmo ciclo da cultura, atuando como uma prática importante de manejo antirresistência.
Além disso, o controle pré-emergente de plantas daninhas é realizado no momento em que as invasoras estão mais suscetíveis aos herbicidas. Na prática, isso significa:
- elevar a performance de controle;
- diminuir o banco de sementes no solo;
- evitar a concorrência com a soja em desenvolvimento inicial;
- e diminuir a dependência do manejo pós-emergente, de maneira a otimizar os custos de produção e proteger o potencial produtivo da cultura.
Nos últimos quatro anos, herbicidas pré-emergentes estão cada vez mais presentes nos programas de manejo de soja no Brasil, pois produtores que adotaram a estratégia alcançaram muitos benefícios no controle das principais daninhas da soja e na otimização das operações de manejo em pós-emergência.
O vídeo a seguir apresenta um resumo sobre a problemática e sobre as melhores práticas para resolvê-la. Assista e, depois, continue a leitura deste artigo, para entender em detalhes como controlar as daninhas em lavouras de soja por meio do manejo pré-emergente, considerando o atual contexto de produção.
Principais plantas daninhas na soja e a dificuldade de controle
Para seguir com esta discussão, em primeiro lugar é preciso salientar os prejuízos gerados por plantas daninhas na soja. Estima-se uma redução que pode variar de 20% a 90% da produtividade, a depender da condição da infestação e da espécie de invasora presente na lavoura. Por que isso acontece? A soja é assim tão sensível à matocompetição?
O tópico a seguir responderá a essas perguntas, seguido por uma breve análise a respeito das principais espécies identificadas nas lavouras de Norte a Sul do Brasil.
Quem tem medo das plantas daninhas? Danos e prejuízos de um manejo incorreto
O potencial produtivo da soja é definido logo nas fases iniciais de desenvolvimento, quando o bom crescimento do sistema radicular vai permitir um melhor aproveitamento dos recursos do solo para que a planta tenha vigor desde o estabelecimento do estande.
Quando há plantas invasoras na área nessa fase do ciclo da cultura, o desenvolvimento das raízes pode ser prejudicado. Com isso, a presença das plantas indesejadas resulta em:
- interferência na formação dos primeiros trifólios, um prejuízo para a plântula decorrente da dificuldade do desenvolvimento radicular, que pode ter a matocompetição como causa, entre outros fatores;
- redução do número de vagens;
- prejuízos à qualidade e ao peso dos grãos;
- aumento da pressão de pragas e patógenos, tendo em vista que as plantas daninhas podem ser hospedeiras alternativas, tornando a soja mais propensa aos danos e aumentando os custos de produção direcionados ao manejo de pragas e doenças.
Tudo isso somado pode levar a reduções extremas de produção ou a dificuldades operacionais, pois o desenvolvimento de plantas daninhas ao longo do ciclo de produção interfere no deslocamento dos maquinários no campo, prejudicando diversas operações e podendo resultar em quebra de equipamentos.
Aliás, as plantas daninhas que conseguem um bom desenvolvimento radicular criam um cenário de competição com a cultura por luz e nutrientes, de maneira que há uma limitação do potencial produtivo ao longo do ciclo, mesmo se a soja vencer a competição e transpor as invasoras.
Há quatro fatores principais que influenciam essa competição e definem a intensidade dos prejuízos: densidade da população de invasoras, diversidade de espécies de daninhas presentes, época da emergência e tempo de duração da matocompetição.
Quais são as principais plantas daninhas na soja?
Entre as plantas daninhas encontradas em lavouras de soja pelo Brasil, algumas merecem destaque, por conta da dificuldade de controle que geram e dos casos de resistência a herbicidas já registrados. Espécies do gênero Amaranthus spp., conhecidas como caruru, são as que mais preocupam, ao lado de gramíneas, como capim-amargoso (Digitaria insularis) e capim-pé-de-galinha (Eleusine indica).
Essas espécies são típicas de regiões tropicais e subtropicais, de maneira que temperatura elevada e solo úmido são condições favoráveis para a germinação do banco de sementes. Por isso, durante o verão essas plantas daninhas são mais abundantes, época que também é benéfica para a soja, cuja semeadura no Brasil ocorre predominantemente nos últimos ou primeiros meses de cada ano.
Por consequência, a emergência da soja coincide com o período mais propício para o surgimento de daninhas de verão, criando um cenário de atenção redobrada, se comparado aos cuidados demandados em culturas de inverno.
A seguir, há um resumo de algumas das principais daninhas na soja e a relação entre as condições ambientais que favorecem seu desenvolvimento e os prejuízos que elas causam à cultura em fase de emergência.
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Benefícios do manejo pré-emergente de plantas daninhas na soja
É importante ter em vista que, quanto maior a intensidade de infestação da lavoura, maior é a redução na produtividade, de maneira que realizar a semeadura com a área livre de daninhas é essencial. Medidas de controle na fase inicial da cultura são indispensáveis, visando diminuir ao máximo a quantidade de invasoras e proteger o potencial produtivo da soja.
Um estudo realizado pela Embrapa demonstrou a relação inversamente proporcional entre a densidade de daninhas e o rendimento da soja, cujos resultados podem ser verificados no gráfico abaixo:
Produtividade de soja e intensidade de infestação de capim-amargoso. Fonte: GAZZIERO, et. al., Embrapa Soja, 2012.
Além disso, as principais daninhas da soja estão amplamente distribuídas nas regiões produtoras brasileiras, adaptando-se aos diferentes tipos de solo dos diversos biomas. Com alta capacidade de produção de sementes, a germinação e o desenvolvimento são favorecidos por incidência direta de luz solar e temperaturas entre 20º C e 35º C, condições comuns à época do plantio de soja.
Com as vantagens da aplicação em pré-emergência, os herbicidas pré-emergentes têm ganhado preferência, visto que:
- controlam plantas daninhas resistentes aos produtos mais utilizados em pós-emergência;
- mantêm a lavoura limpa por mais tempo, e a soja se desenvolve sem matocompetição;
- diminuem a necessidade de aplicações em pós-emergência, por seu longo período residual;
- reduzem o banco de sementes no solo, com benefícios a longo prazo.
O uso de pré-emergentes com longo efeito residual possibilita controlar o banco de sementes no solo por vários dias, o que evita a matocompetição no período mais importante para definir o vigor da cultura, e ainda pode poupar que sejam aplicados herbicidas pós-emergentes nessa fase do ciclo. Dessa forma, configura-se sua importância no manejo antirresistência e na redução de custos operacionais.
Com essa estratégia, as plantas daninhas demoram muito mais tempo para emergir, de maneira que a infestação, além de ser muito mais baixa – se ocorrer –, não coincide com o desenvolvimento inicial da soja. Assim, o manejo pós-emergente, se necessário, é realizado com a cultura já em pleno desenvolvimento e as plantas daninhas ainda em estádios iniciais.
Nesse contexto, a soja tem vantagem na concorrência com a daninha e o controle pós-emergente é facilitado, uma vez que é possível realizar as aplicações quando as invasoras estão em fase ideal para o controle (no início do seu desenvolvimento).
Como conclusão, é possível afirmar que o controle pré-emergente de daninhas na soja é fundamental em um MIPD (Manejo Integrado de Plantas Daninhas) realmente eficiente. A estratégia gera uma sequência de benefícios para o sojicultor, auxiliando na otimização desde os custos até a proteção da vida útil dos herbicidas pós-emergentes, contando, é claro, com a melhoria no rendimento da soja.
Para isso, aplicar na hora certa, desempenhar a melhor tecnologia de aplicação e ter em mãos um herbicida altamente seletivo à soja, com longo residual e eficiente no controle de um amplo espectro de plantas daninhas, são as escolhas que o produtor precisa fazer para aumentar a eficiência desse manejo.
Controlando o mal pela raiz com o herbicida pré-emergente Eddus®
Eddus® chegou no mercado de defensivos agrícolas para fundamentar, com máxima qualidade, essa estratégia de manejo e cortar as daninhas pela raiz, antes mesmo de emergirem.
Esse pré-emergente é composto por dois ativos (s-metolacloro + fomesafen), conferindo um amplo espectro de controle jamais visto nessa categoria de herbicidas. Comprovadamente, o ativo s-metolacloro tem alta seletividade à cultura da soja, ou seja, controla as daninhas, mas não prejudica a cultura de interesse.
Pesquisas científicas apontam ainda que essa molécula herbicida tem eficiência elevada contra gramíneas e folhas largas, com resultados de controle superiores a 93%. Seu efeito residual se destaca de todos os outros herbicidas em comparação, prolongando os resultados.
Contando ainda com o fomesafen, Eddus® entrega dois modos de ação distintos, algo estratégico para o manejo antirresistência, carregando, assim, todas as características que um herbicida precisa ter para um bom controle pré-emergente.
Eddus® controla as principais daninhas na soja já apresentadas ao longo deste artigo – caruru, capim-amargoso e capim-pé-de-galinha. Além desses fatores, Eddus® oferece os seguintes benefícios:
- Amplo espectro: gramíneas e folhas largas.
- Altamente seletivo para a cultura da soja.
- Alta performance no combate às principais ervas daninhas resistentes.
- Acelera dessecação: efeito pós-emergente das plantas daninhas.
- Formulação de alta tecnologia, conferindo estabilidade em condições adversas.
- Atua no manejo de resistência, devido aos seus dois ingredientes ativos com diferentes mecanismos de ação complementares.
Todos esses benefícios, somados às vantagens que o controle pré-emergente proporciona, fazem com que Eddus® seja reconhecido pelos principais especialistas como o herbicida eficiente contra as daninhas de difícil controle.
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