As doenças de solo e os nematoides no café são inimigos invisíveis do cafeicultor, que podem passar despercebidos, limitando a rentabilidade das plantações. Ao atacar as raízes das plantas e infectar os seus tecidos, esses patógenos e parasitas podem comprometer a saúde do cafezal, causando perdas de produtividade expressivas.
Com sintomas pouco aparentes, esses inimigos invisíveis se revelam como um problema, muitas vezes, negligenciado por conta da baixa percepção de risco. Porém, os danos que os nematoides e as doenças do café causam ao longo do ciclo produtivo da cultura revelam a urgência da adoção de um manejo eficiente e sustentável.
A sustentabilidade vem se tornando cada vez mais um pilar da cafeicultura moderna. No Brasil, mais da metade dos produtores já contam com algum tipo de certificação, reflexo de um mercado global que valoriza práticas responsáveis. Nesse contexto, o controle biológico surge como uma solução promissora ao aliar eficiência à sustentabilidade dos programas de manejo de nematoides no café.
Neste texto, entenda a importância de se fazer o controle de nematoides no café e doenças no solo, por que adotar práticas sustentáveis e quais soluções podem ser utilizadas para proteger o cafezal do ataque desses inimigos invisíveis. Leia mais a seguir!
Vale a pena controlar inimigos invisíveis no solo, como as doenças do café e os nematoides?
Os nematoides e as doenças do café, apesar de serem inicialmente invisíveis ao olho nu, são considerados um dos principais desafios para os cafeicultores, visto o potencial que eles têm para impactar negativamente a produtividade e a viabilidade econômica das plantações.
Esses seres microscópicos são capazes de parasitar e infectar as raízes da planta, provocando lesões que afetam a relação entre o sistema radicular e a copa das plantas, além de debilitar a saúde geral dos vegetais.
Muitas vezes, os sintomas da presença de doenças de solo e nematoides no cafezal passam despercebidos, com as plantas exibindo apenas alguns sinais, como:
- secagem de ramos;
- deformação e descoloração dos caules;
- amarelecimento e queda prematura das folhas;
- desenvolvimento irregular e atrofiado das plantas;
- paralisação do crescimento e morte do topo das plantas
Porém, conforme os sintomas no cafezal progridem e se agravam, o potencial de redução da produtividade de uma plantação pode chegar até 45%.
Algumas espécies de nematoides do gênero Meloidogyne, como o M. exigua, M. incognita, e M. paranaensis formam galhas nas raízes, estruturas formadas em resposta à infestação por esses parasitas microscópicos que prejudicam a capacidade das raízes de absorver água e nutrientes.

Já as doenças do café, como a fusariose (Fusarium spp.) e a podridão-radicular (Rhizoctonia solani), podem avançar silenciosamente na plantação, comprometendo a estrutura da planta, principalmente nas fases “orelha-de-onça” e “palito-de-fósforo” e, em plantas mais velhas, logo após o período de poda.

Por isso, o manejo e o controle adequado dos nematoides no café são práticas indispensáveis para proteger a plantação dos danos causados por esses parasitas.
Por que controlar nematoides no café e doenças de solo de forma sustentável?
Quando pensamos no controle de nematoides no café, assim como de pragas e doenças, um dos fatores que tem ganhado cada vez mais importância entre os cafeicultores é a sustentabilidade do manejo.
A produção sustentável de cafés é capaz de trazer uma série de benefícios para o produtor, tanto do ponto de vista econômico quanto para a própria saúde do solo, qualidade e produção da plantação.
Uma pesquisa feita pelo Sebrae, em parceria com a empresa de inteligência de mercado, revelou que cerca de 60% dos cafeicultores brasileiros contam com algum tipo de certificação, como, por exemplo, os selos de produção sustentável Rainforest Alliance, UTZ e Fair Trade.
Esse resultado, somado a outros fatores, fez com que a cafeicultura brasileira seja cada vez mais reconhecida pela sua produção e qualidade. O Brasil, além de ser um dos líderes globais na produção de café, tem ganhado destaque entre os melhores cafés do mundo. Em 2023 e 2024, os cafés brasileiros ganharam o Prêmio Internacional de Café Ernesto Illy, que é concedido à melhor colheita de café sustentável do mundo.
Além dessa premiação, os cafés do nosso país tem se destacado em diversos outros concursos nacionais e internacionais. Esse resultado é a soma dos esforços de produtores, da evolução das técnicas de manejo e de variedades produtivas, e das novas tecnologias disponíveis no mercado que, juntos, têm contribuído cada vez mais para produção sustentável de cafés de qualidade.
Outro ponto da produção sustentável de café que merece destaque é a saúde do solo. Manter o equilíbrio biológico do solo com um manejo sustentável, incluindo o controle de nematoides e doenças do café, favorece o desenvolvimento de microrganismos benéficos no solo, que não apenas potencializam o crescimento e o desenvolvimento das plantas, mas também combatem naturalmente os nematoides presentes no ambiente.
Esse é o caso das bactérias do gênero Bacillus spp., que apresentam múltiplos mecanismos de ação associados ao controle de nematoides, como:
- a produção de compostos antibióticos e orgânicos voláteis tóxicos;
- a competição por espaço e nutrientes na rizosfera;
- a indução de resistência na planta;
- a formação de biofilme nas raízes.
Esses microrganismos também podem ser encontrados em alguns produtos biológicos, como CERTANO®, que podem ser integrados ao manejo para o controle de nematoides no café e doenças de solo.
CERTANO®: o biológico para controle de nematoides no café e doenças de solo

Desenvolvido pela Syngenta, CERTANO® representa um avanço na agricultura sustentável, integrando eficiência técnica e responsabilidade ambiental em um só produto. CERTANO® é uma solução biológica inovadora que combate as principais ameaças fitossanitárias dos cafezais: nematoides e fungos de solo.
Composto por Bacillus velezensis na concentração de 3,5×1011 endósporos viáveis/L, CERTANO® atua de forma estratégica contra espécies-chave de nematoides, como Pratylenchus brachyurus, Meloidogyne incognita, Meloidogyne exigua e Meloidogyne paranaensis, além de suprimir patógenos como Fusarium solani, responsável pela fusariose, uma das principais doenças do café. Ou seja, CERTANO® apresenta tanto uma ação bionematicida quanto biofungicida.
A ação bionematicida de CERTANO® ocorre por meio de metabólitos produzidos pelo B. velezensis, que inibem a eclosão de ovos e bloqueiam a penetração de juvenis de nematoides nas raízes. Paralelamente, sua ação biofungicida suprime o fungo F. solani, inibindo a sua esporulação, bloqueando a formação de esporos e interrompendo o crescimento micelial. Essa dupla proteção é complementada pela produção de fito-hormônios que estimulam o desenvolvimento vegetativo e fortalecem as plantas contra estresses ambientais.
A formulação em Suspensão Concentrada (SC) de CERTANO® é outro exemplo de inovação sustentável. Além de ter um shelf life de 24 meses sem refrigeração — reduzindo desperdícios e custos logísticos —, a SC evita a dispersão de poeira durante a aplicação, minimizando riscos ao aplicador e ao ambiente. Essa tecnologia permite que os endósporos de B. velezensis permaneçam viáveis mesmo sob condições adversas, maximizando o impacto biológico com menor pegada ambiental.
Outro diferencial é a compatibilidade com defensivos químicos. Essa flexibilidade permite integrar CERTANO® a programas de manejo já estabelecidos, sem risco de fitotoxicidade ou resíduos na lavoura.

Para produtores que buscam resultados consistentes e duradouros, CERTANO® é a escolha certa, se posicionando como a solução definitiva para quem valoriza a saúde das raízes e a sustentabilidade do cafezal.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
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