Os produtores de milho sofreram com os prejuízos causados pelas adversidades climáticas na safra 2020/2021.
No entanto, depois da quebra do segundo ciclo do ano passado, as expectativas para a segunda temporada de milho 2021/2022 – milho safrinha – sinalizam um aumento significativo da produção do cereal no Brasil.
Em relação ao crescimento da área cultivada, espera-se que a produção atinja 15,84 milhões de hectares, um crescimento de 5,7% na área plantada no comparativo anual.
Sobre a exportação do produto, a perspectiva é que o país embarque 36,7 milhões de toneladas durante toda a safra vigente.
Fatores que favorecem o aumento da produção da safra de milho
Um dos fatores que favorece a estimativa de aumento da produção do milho safrinha é a possibilidade de grande parte da segunda safra ser semeada dentro da janela ideal, algo que beneficia a produtividade.
Isso é possível em virtude do plantio da safra de soja ter ocorrido de maneira antecipada, sob um cenário em que as chuvas regulares contribuíram para o desenvolvimento das lavouras.
Preços dos produtos
Os bons preços praticados no mercado também contribuem para a possibilidade de altas produtividades do grão, uma vez que a elevação do valor das sacas tornam a atividade mais rentável aos produtores do país.
Em comparação ao mês de dezembro de 2020, o preço da saca de 60 kg teve um aumento de aproximadamente R$ 8,00 no Estado do Mato Grosso. Já em Goiás, o valor da saca do grão subiu cerca de R$ 10,00 no mesmo período.
Aumentos significativos no preço do produto também foram observados no Paraná, onde a saca de 60 kg do milho registrou um acréscimo de quase R$ 15,00 de dezembro de 2020 para o mesmo mês de 2021.
Preocupações em relação à safra 2021/2022
Um dos problemas no que diz respeito à próxima produção está relacionado ao aumento dos custos dos insumos, o que pode impactar diretamente a rentabilidade dos produtores. Alguns produtos, como fertilizantes e defensivos, atrelados à alta do dólar, tiveram elevação significativa no preço ao longo do ano em diversas regiões produtoras do país.
Somado a isso, há o risco de escassez de alguns insumos e alta nos valores dos combustíveis, o que faz com que os custos se elevem, exigindo que os produtores colham mais sacas para cobrir os gastos totais de produção.
O relatório Céleres/Abramilho, publicado em novembro, já havia apontado o encarecimento dos insumos agrícolas, destacando que a interrupção nas cadeias globais de abastecimento – por conta da pandemia de Covid-19 – e a desvalorização do real foram fatores que contribuíram para o aumento dos custos de produção da safra verão, levando a menor uso de fertilizantes e de defensivos nas lavouras.
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