De acordo com o Boletim de Monitoramento das Lavouras, divulgado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), são boas as condições climáticas previstas para o desenvolvimento do milho segunda safra em todas as regiões produtoras do país.
Embora a produção brasileira de grãos venha enfrentando grandes desafios relacionados ao clima nas lavouras, principalmente em razão dos efeitos do fenômeno La Niña, segundo o boletim da Conab, as condições são boas.
Confira a seguir o monitoramento das principais regiões produtoras de milho safrinha:
Mato Grosso do Sul: o plantio caminha para a reta final, com 93% da área já semeada. A maioria das lavouras está com bom desenvolvimento vegetativo.
Minas Gerais: as chuvas abaixo da média na primeira quinzena de março geraram preocupação ao produtor em regiões pontuais do Estado. Plantio atinge 90% da área.
São Paulo: As lavouras estão em emergência e desenvolvimento vegetativo, com o clima favorável para o estabelecimento das lavouras. A semeadura avança 70% da área, acompanhando a colheita da soja.
Paraná: as chuvas beneficiaram as lavouras semeadas, que se encontram predominantemente em desenvolvimento vegetativo. Cerca de 87% da área prevista já foi semeada.
Matopiba: Em todos os Estados, as condições climáticas são favoráveis ao desenvolvimento inicial das lavouras. O plantio foi finalizado na Bahia e no Tocantins, já no Piauí e no Maranhão, cerca de 90% da área foi semeada.
Baixa Grande do Ribeiro – Maranhão (Fonte: Conab)
Goiás: a semeadura está na reta final, mas sob risco climático, pois a janela ideal de plantio encerrou. Ainda assim, as chuvas ocorridas na terceira semana de março foram benéficas para aquelas áreas que estavam sob estresse hídrico.
Mato Grosso: a semeadura está praticamente finalizada. As lavouras implantadas apresentam um bom desenvolvimento vegetativo devido às chuvas bem distribuídas aliadas às temperaturas ideais para a cultura, o que tem propiciado perspectivas animadoras no tocante à produtividade esperada para esta safra.
Segundo o 6º Boletim de Safras, divulgado pela Conab, a previsão é de um plantio de 16.002 mil hectares, 6,7% superior à safra anterior e ainda estima-se um incremento de 33% da produtividade ao longo da segunda safra de milho, com uma produção de 86,1 milhões de toneladas do cereal.
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Projeção climática para abril
De acordo com o meteorologista Alexandre Nascimento, da Rural Clima, no mês de março houve regularização da chuva no Sul do país e no sul de Mato Grosso do Sul, mesmo com a continuidade do fenômeno La Niña, que já está bem enfraquecido.
Por outro lado, a chuva diminuiu bastante no centro-norte de Minas Gerais, no norte de Goiás, no sudoeste da Bahia e na região do Distrito Federal.
Nas demais áreas produtoras de milho segunda safra, a chuva diminuiu em relação aos meses de verão, como é esperado, mas a umidade do solo e as pancadas de chuva mantiveram boas condições de umidade no solo para o desenvolvimento inicial da segunda safra.
Para o mês de abril, Nascimento diz estar otimista em relação à boa distribuição de chuvas nas regiões produtoras.
“Esperamos por chuvas regulares no Centro-Sul do país, o que vai beneficiar as lavouras de segunda safra. No Cerrado, de forma quase que geral, também são esperadas pancadas de chuva até a última semana do mês de abril, pelo menos. O mesmo acontece no Maranhão e no Piauí. Na área entre o norte de Minas e de Goiás, no DF e no sudoeste da Bahia a chuva fica mais irregular – talvez essa seja a região que preocupa um pouco mais, pois pode faltar um pouco de água”, destaca Nascimento.
Segundo o meteorologista, as chuvas já não são tão fortes nem tão regulares, porém nada além do que já é esperado para esta época do ano.
Ele ainda ressalta que “no restante das regiões produtoras, há previsões de chuvas suficientes para o bom desenvolvimento das lavouras. E, em relação ao frio, vamos ter algumas ondas mas, pelo menos, até meados de maio não há risco de geadas nas áreas produtoras”, concluiu.
Diante dos desafios climáticos, a Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.
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