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As perdas ocorridas no momento da colheita impactam diretamente a produtividade e a rentabilidade em culturas de grãos.

A falta de capacitação técnica para manusear corretamente as colheitadeiras no campo destaca-se como um dos principais fatores que contribuem para essas perdas.

Visando debater esse tema e oferecer soluções aos agricultores que enfrentam desafios no momento da colheita, a Syngenta promoveu uma palestra intitulada “Perdas na colheita de grãos? Saiba como evitar”, na Show Rural, feira agrícola realizada em fevereiro, em Cascavel, no Paraná.

O bate-papo contou com a participação de especialistas em treinamento na empresa MA Máquinas. Confira os principais assuntos abordados no evento.

Principais fontes de perdas de grãos

No momento da palestra, os especialistas destacaram que as perdas na colheita de grãos podem ocorrer de três formas diferentes.

  • Pré-colheita: ocorrem no campo sem nenhuma intervenção de máquinas e, geralmente, são decorrentes das condições climáticas. Nesse caso, uma das causas possíveis é o produto ter secado mais do que deveria. Além disso, fatores como o sol e o vento podem contribuir para o estalo da vagem, ocasionando a queda dos grãos.

  • Plataforma: trata-se de uma perda mecânica que ocorre em razão de atritos da plataforma com o produto. Nessa situação, o produto se debulha antes mesmo de cair dentro da plataforma.

  • Total: os danos são decorrentes da junção de perdas da pré-colheita, máquina e plataforma e resultam em um prejuízo total

Portanto, é essencial que o produtor se preocupe com os processos e maquinários utilizados na colheita a fim de evitar que grandes quantidades de grãos sejam perdidos.

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Vale destacar que, diante desses prejuízos, é importante que seja verificada qual foi a condição que provocou as maiores perdas. Essa ação é necessária, pois, como explica um dos especialistas, “muitas vezes os clientes observam que a máquina está jogando o produto fora. Nisso, mexem diretamente na parte de ajuste da colheitadeira. No entanto, talvez não seja ela que esteja dispensando o produto, e sim o próprio produto que esteja se debulhando sozinho, sendo assim, uma perda de pré-colheita”.

Por isso, “o primeiro passo é analisar o produto. Não há perdas de pré-colheita? Podemos fazer, então, a análise da plataforma e, consequentemente, a análise total”, conclui o especialista.

Ajustes da máquina interferem no processo de colheita

Os palestrantes também explicaram que a maneira como a colheitadeira é ajustada pode interferir no processo de colheita dos grãos.

De acordo com um dos palestrantes, “nunca se deve usar o máximo da capacidade da colheitadeira”. Ele explica ainda que a máquina precisa ficar sempre com a potência um pouco reduzida em relação à sua capacidade máxima, uma vez que a lavoura é desuniforme e as condições podem se modificar conforme a distância. Ou seja, a máquina pode estar seca em um determinado ponto e úmida em outra área.

Como a regulagem se altera de um padrão seco para um padrão úmido, a velocidade pode influenciar no resultado da colheita e ocasionar enormes perdas do produto.

Como superar esses desafios?

Atualmente, o mercado oferece colheitadeiras que contam com um monitor isócrono, capaz de medir a carga percentual do motor no momento em que este executa suas funções.

Dessa forma, por meio das informações apresentadas no receptor, o produtor vai saber quando diminuir ou aumentar a velocidade da máquina.

É importante frisar que, como foi destacado em uma das falas durante a palestra, quem determina a velocidade de deslocamento, perda ou qualidade de grão não é nem o operador nem a máquina, e sim o produto que está sendo colhido”.

Para mensurar as perdas, o ideal é medir 50 cm por toda a largura da plataforma. Com isso, será possível obter uma média bem planejada.

Esse procedimento é recomendado porque muitas vezes, acontece de o agricultor pegar 2 m², uma linha pequena e fazer o cálculo. No entanto, justamente naquele espaço, ele pode pegar uma mancha verde, onde acabou caindo mais grãos do que deveria. Por esse motivo, é muito importante pegar toda a largura da plataforma”, explicou um especialista.

Após a colheita dos grãos, é necessário pesá-los e fazer a divisão de acordo com o número de hectares. Dessa forma, é possível saber o quanto a colheitadeira dispensa de grãos por metros e conferir em que local o produto está sendo perdido.

Segundo os especialistas, é importante que essa aferição seja realizada, no mínimo, três vezes por dia, por conta das alterações climáticas de um período para outro, a fim de obter maior assertividade no processo.

Você pode assistir ao vídeo completo da palestra clicando neste link: John Deere: Perdas na colheita de grãos? Saiba como evitar.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.

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Redação Mais Agro