Hoje é celebrado o Dia Nacional do Milho, uma das culturas mais importantes do agronegócio brasileiro e que, a cada ano, vem crescendo em produtividade e ocupando extensas áreas de cultivo. Seu cultivo foi iniciado antes mesmo da chegada dos europeus, haja vista que os índios já tinham o cereal como o principal ingrediente de sua dieta. Com a chegada dos portugueses, o consumo aumentou e novos produtos à base de milho foram incorporados aos hábitos alimentares dos brasileiros.
O milho é versátil, seu uso vai desde a alimentação animal até a indústria de alta tecnologia. No Brasil, o uso do grão como alimentação animal representa a maior parte do consumo, variando de 60% a 80% de toda a produção.
Seja como primeira ou segunda safra (conhecida como safrinha), o cereal desempenha papel fundamental no agronegócio brasileiro, inclusive quando o assunto é sustentabilidade do sistema de produção. Um exemplo disso é na rotação de culturas, pois produz uma grande quantidade de palha que auxilia na proteção do solo, na reciclagem de nutrientes e no incremento de matéria orgânica na terra.
Como dito, o milho pode ser cultivado em duas diferentes épocas, veja a seguir algumas de suas características.
Milho verão e milho safrinha: principais características
O milho verão, também chamado de primeira safra, tem seu plantio realizado, geralmente, com a chegada das chuvas, iniciando em agosto em algumas regiões, estendendo-se até os meses de outubro/dezembro em outras. Nessas épocas, as condições climáticas – considerando temperatura, luminosidade e umidade – são propícias para o desenvolvimento da cultura.
Já o milho safrinha é aquele cultivado em sequeiro, entre janeiro e abril, geralmente após a cultura da soja. Esse sistema de plantio se iniciou por volta de 1978/79, mas o sucesso do incremento ocasionado pelo milho safrinha foi identificado no início dos anos 80.
Desde então, o milho safrinha só cresceu, ultrapassando até os números da primeira safra, isso porque durante esse momento, os produtores costumam preferir cultivar a soja.
Ainda, o cultivo do milho é uma oportunidade para abrir novas frentes de negócios para o setor produtivo, pois, com os investimentos em tecnologia e planejamento agrícola de insumos cada vez mais alinhados, foi possível atingir um patamar elevado de produção e qualidade do grão também para exportação.
De acordo com artigo publicado pela Embrapa em 2021, nas três últimas décadas o Brasil quadruplicou a produção do grão. Esse grande avanço só foi possível graças à adoção e a difusão de tecnologias e práticas agrícolas que otimizaram a produção e plantio de milho.
Entre os avanços, podemos destacar a evolução no sistema genético, na biotecnologia, nos tratos culturais para o controle de pragas, plantas daninhas e doenças e também os cuidados com o solo.
Nesse sentido, a cultura do milho ainda pode proporcionar diversos benefícios quando incluída num sistema planejado de rotação de culturas.
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Benefícios de utilizar o milho na rotação de culturas
O Brasil sendo um país tropical, onde as condições de solos e clima permitem uma agricultura mais intensiva, necessita do estabelecimento de manejos conservacionistas para endossar a sustentabilidade da agricultura. Dessa forma, algumas práticas agrícolas envolvendo o manejo do solo, a rotação e a sucessão de culturas, entre outras atividades, passam a ter maior importância.
A participação da cultura do milho em sistemas de rotação de culturas, além de permitir a sustentabilidade do sistema de produção, pode gerar aumento nas produtividades por meio do melhoramento das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.
Por isso, a cultura do milho é incluída na rotação de culturas com a soja e outras espécies, gerando resultados expressivos e sustentáveis a longo prazo.
Os benefícios da adoção do sistema de rotação de culturas vão além de proporcionar mais rentabilidade ao produtor. Saiba mais sobre!
economia no manejo das principais pragas, doenças e plantas daninhas;
ganho na fertilidade do solo;
aumenta a estabilidade da produção das culturas perante as variações climáticas;
proporciona maior segurança e rentabilidade.
Mesmo diante de diversos diferenciais, é importante frisar que a inclusão do milho na rotação de culturas requer um profundo conhecimento sobre o sistema de produção e boas práticas de manejo.
Milho faz parte da história do nosso país
No ano passado, a cultura do milho foi responsável por mais de 10% do faturamento nacional do setor. Para a safra 2021/2022, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) prevê uma produção total de 114,58 milhões de toneladas do grão, um aumento esperado de 31,6%, comparada à safra anterior.
Em relação às exportações, o Brasil se estabelece como um dos principais exportadores de milho no mundo, tendo destino países como Irã, Japão, Vietnã, Egito e Coreia do Sul . Do total de milho brasileiro produzido nesta safra, a Companhia estima que 37,0 milhões de toneladas sairão do país via portos, assegurando estabilidade referente aos dados de exportação do último levantamento de safras.
A expectativa é de que o aumento da produção brasileira, alinhada à demanda internacional aquecida, deverá promover uma elevação de 78% das exportações do grão em 2022.
Diante de toda a versatilidade e benefícios da cultura, o Dia Nacional do Milho merece ser comemorado, valorizando cada dia mais o trabalho feito no campo.
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