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A colheita da safra 2021/22 da soja está próxima do fim, mas as estimativas de produtividade tiveram uma leve queda neste último mês, devido às condições climáticas adversas na região Sul, que resultaram na quebra de safra em algumas localidades.
O fenômeno La Niña chegou ao Brasil em meados de outubro de 2021 e, mesmo sendo menos intenso que nos anos anteriores, deixou sua marca no país. Os Estados de Mato Grosso e Goiás, assim como a região do Matopi (Maranhão, Tocantins e Piauí), receberam um bom volume de chuvas no período de desenvolvimento das plantas, permitindo que a oleaginosa fosse semeada e colhida dentro da janela considerada ideal.
No entanto, o tempo seco somado à intensa estiagem no Sul prejudicou os produtores, que viram lavouras sendo perdidas ou com produtividade aquém do esperado.
Veja como ficou a expectativa de produtividade da soja nos últimos levantamentos realizados em março de 2022.
Redução na expectativa de produtividade da soja
De acordo com o 6º levantamento da safra de grãos divulgado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a soja deve chegar a 122,7 milhões de toneladas de grãos colhidos, uma redução de pouco mais de 11% em relação à safra anterior.
Em termos de produtividade, estão previstos 3.016 kg/ha, o que corresponde a -14,4%, mesmo com o aumento de 3,8% na área de soja plantada no país.
Vale ressaltar que mesmo com a queda dessa estimativa – antes em 125,47 milhões de toneladas – os números são considerados bons, mantendo a sequência de boas safras ao longo dos últimos anos.
A Agroconsult, consultoria especializada em monitoramento de safras no agronegócio, também divulgou seu relatório da safra 2021/22 em março, com perspectiva de fechamento em 124,6 milhões de toneladas e uma queda de 10,6% na produtividade em relação ao último ano. A consultoria aponta ainda uma produtividade de 50,9 sacas por hectare, uma redução de 14,4%, reforçando os levantamentos da Conab.
Quais Estados superaram as expectativas?
A consultoria Agroconsult também mapeou as perspectivas de fechamento do ciclo da soja em todas regiões produtoras. Confira os Estados que ficaram acima da expectativa:
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Mato Grosso: o maior Estado produtor de soja do país deve comemorar a safra 2021/22, já que no ano passado os atrasos das chuvas reduziram a produtividade. Para este ano, a previsão é de uma colheita com 60,7 sacas por hectare, o que corresponde a um aumento de 4,8% em relação à safra anterior.
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Goiás: além dos bons volumes de chuvas durante o desenvolvimento das lavouras, o tempo seco favoreceu a colheita no Estado, que deve fechar o ciclo com um aumento de 8% na produtividade e cerca de 66,3 sacas por hectare.
A boa surpresa é a região do Matopi, que compreende os Estados do Maranhão, Tocantins e Piauí. Juntos, devem alcançar 5% a mais de produtividade em relação à safra anterior, com 58,1 sacas por hectare.
Os Estados que ficaram com a produtividade abaixo do esperado
Com a estiagem e a falta de chuva na região Sul, já era esperado que a produtividade fosse abaixo das expectativas. Veja qual o impacto em cada um dos Estados:
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Paraná: o Estado sofreu com as estiagens e, mesmo com a colheita já chegando ao fim, a perda de produtividade será inevitável: 38,7% a menos que na safra 2020/21.
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Santa Catarina: as regiões produtoras também foram impactadas com a estiagem provocada pelo La Niña e devem fechar a safra 2021/22 com 26,6% a menos em relação à produtividade da safra anterior.
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Rio Grande do Sul: como esperado, a produtividade no Estado ficou abaixo do esperado, e as chuvas de março favoreceram apenas as lavouras mais tardias. As perdas chegaram a 56,4% em relação à safra anterior, com apenas 25,4 sacas por hectare.
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Mato Grosso do Sul: o sul do Estado teve pontos com severa estiagem durante o desenvolvimento das lavouras, por isso, sofreu uma queda de 25% em produtividade comparado ao ciclo anterior, fechando a safra 2021/22 com aproximadamente 44 sacas por hectare.
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Bahia: a região de Luís Eduardo Magalhães e Posto Rosário tiveram problemas durante o estabelecimento das lavouras, fazendo com que a produtividade no Estado tivesse um recuo de 7,5%, ou seja, cerca de 62 sacas por hectare.
Vale ressaltar ainda que Minas Gerais teve um ligeiro aumento na produtividade, cerca de 1,8%, e São Paulo manteve a média de produtividade em relação ao ano passado.
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O que esperar da safra 2022/23 para a soja?
A maior preocupação com a safra 2022/23 está relacionada ao elevado custo de produção, uma vez que os problemas com a falta de insumos e escassez de produtos, potencializados pelo conflito na Ucrânia, podem afetar as lavouras de soja, que começam sua semeadura a partir de setembro.
Alguns itens subiram mais de 100%, e os impactos dessa situação de mercado devem refletir na safra que está por vir. Com isso, a comercialização antecipada de soja avança com lentidão, atingindo 16,28% da produção esperada, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Diante desse cenário, o produtor deve estar preparado para ter uma margem de lucro apertada nesta próxima safra, já que os bons valores praticados na venda de commodities serão equiparados com o alto custo de produção.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.
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