De acordo com o mais recente levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a estimativa para 2022 é de uma safra de grãos recorde no país. O indicativo atual é de um volume total de 291,1 milhões de toneladas, marcando um incremento de 15,1% em relação ao ano passado.
Porém, os custos de produção devem ser um dos mais elevados da história, muito por conta do cenário que ainda permanecerá no primeiro semestre de 2022 com a alta dos preços de insumos agrícolas.
O mundo ainda vive um problema em relação à cadeia de suprimento desses produtos, visto que a crise energética na China continua – principal país fornecedor de matéria-prima para diversos insumos. Além disso, outros fatores mantém os produtores em alerta, como problemas logísticos com fretes marítimos, questões geopolíticas e a possibilidade de escassez de diversos produtos utilizados na agricultura.
Tudo isso eleva os gastos nas atividades agropecuárias. Uma das alternativas existentes para auxiliar os produtores a continuarem produzindo é tomar recursos financeiros destinados ao financiamento de despesas por meio do crédito rural.
No entanto, muitos se questionam se essa é, ainda, uma alternativa viável, já que o panorama econômico também passa por momentos de muitas incertezas. Para se ter uma ideia, a taxa de juros fixa dobrou para o produtor rural, sendo um dos motivos a taxa Selic. Em 2020, ela fechou em 2% e, agora, em 2021, fecha a 9,25% – um dos maiores patamares desde 2017. A tendência é que em 2022 esse número seja ainda maior.
Em dados divulgados durante coletiva de imprensa da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), em dezembro de 2021, foi abordada a questão do encarecimento dos financiamentos por conta desses fatores, fazendo com que o agricultor seja mais prudente no momento de recorrer ao crédito rural.
Crédito rural: por que o momento é de cautela?
O crédito rural é uma linha de crédito que as instituições financeiras autorizadas oferecem aos produtores rurais, às cooperativas e a outras empresas, para investimentos relacionados ao setor, seja para adquirir novos equipamentos ou para custear insumos e outros serviços para o cultivo.
Além disso, algumas linhas de crédito fazem parte de programas do governo que, em consonância com o Plano Safra, disponibiliza crédito para investimentos na lavoura, fomentando o desenvolvimento agropecuário ao incentivar a modernização tecnológica e a aplicação de novas práticas agrícolas para uma safra mais produtiva e rentável.
Contudo, o crédito rural está mais caro diante de toda a situação econômica, principalmente com a elevada taxa de juros somada aos encarecimentos de outros custos de produção, exigindo do agricultor uma cautela maior na hora de solicitar um financiamento, pois a sua margem de lucro poderá ser reduzida.
Momento de cautela para 2022
O agronegócio é um segmento de muitas incertezas, visto que um único problema, como a infestação de pragas e doenças ou uma adversidade climática inesperada, pode comprometer toda a produtividade de uma lavoura.
Com isso, é importante que o produtor seja mais conservador com investimentos na área produtiva, sendo o mais indicado para o momento utilizar ao máximo os recursos próprios. Assim, é importante que os produtores estejam capitalizados para enfrentar essas possíveis dificuldades que fazem parte do dia a dia do campo.
Vale ressaltar que a última opção é recorrer a contratos com taxas variáveis, pois o momento é de muita sensibilidade financeira e qualquer problema que possa ocorrer durante o ciclo da cultura pode colocar tudo a perder, causando sérios prejuízos financeiros se não houver recursos próprios para arcar com uma quebra de safra.
Por isso, a dica é segurar o fluxo de caixa pelos próximos anos, trabalhar em um planejamento bem moderado de custos e evitar especulações.
Diante de todo esse contexto, também é de extrema importância que as atividades do campo sejam conduzidas sob a observância de aspectos técnicos, direcionando os recursos de maneira mais eficiente e garantindo as melhores tomadas de decisão dentro do ambiente de produção.
Novas soluções financeiras são alternativas seguras
Sempre atenta às necessidades do produtor, inclusive no que diz respeito ao levantamento de recursos para financiar clientes na compra de insumos agrícolas, a Syngenta conta com um portfólio robusto de soluções financeiras com linhas de crédito atrativas para agricultores de cooperativas e revendas.
Em 2012, a Syngenta foi a primeira empresa a emitir um CRA (Certificado de Recebíveis Agrícolas) no Brasil e, nos últimos cinco anos, estruturou quatro CRA e duas FIDC (Fundos de Direitos Creditórios), totalizando um valor de R$ 4,1 bilhões.
De olho nas movimentações do mercado financeiro, a Syngenta inova novamente e fecha o ano de 2021 com mais uma novidade: a emissão do primeiro FIDC 100% digital da indústria no Brasil. O serviço chega com grande potencial de transformação no segmento e garante um processo simples, ágil e seguro.
Além disso, um dos diferenciais desse novo FIDC é captar e financiar diferentes agentes da cadeia de produção, beneficiando produtores de todos os portes, inclusive pequenos e médios, além de cooperativas e revendas.
Essa linha de crédito adicional oferece taxas competitivas, por meio de um processo menos burocrático e mais ágil.
Com isso, o objetivo é promover uma maior conexão de todos a uma estrutura de securitização que auxilie a expansão do setor agrícola – desde a própria indústria e suas revendas de insumos até produtores rurais de diferentes portes –, a fim de multiplicar as vendas e, consequentemente, a rentabilidade das lavouras.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.
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