Dificuldades no manejo trazem expectativa de maior incidência da doença na cultura
O volume de chuvas nas áreas cafeeiras de arábica no Brasil tem mudado o cenário e colaborado para o bom desenvolvimento da planta de café, mas trazendo bastante umidade para as lavouras. E, apesar de tão esperadas, essas chuvas ligaram um alerta, afinal, muitos produtores atrasaram as pulverizações.
Há produtores que ainda não realizaram aplicações importantes ou que fizeram com atraso. Deixar o manejo fitossanitário para depois pode representar riscos para o produtor, pois abre precedente para o surgimento de doenças, como a ferrugem.

Ferrugem começa a surgir nas lavouras de café do Brasil
Nas áreas de café arábica, a ferrugem tem sido a principal preocupação neste momento. O clima favorável ao seu desenvolvimento e um ciclo estimado em 15 dias podem impactar de maneira específica na evolução da doença na lavoura.
“Temos visto, em algumas áreas, o desenvolvimento dessa ferrugem, a esporulação dela no campo. Com os atrasos nas pulverizações, isso pode se tornar um cenário bem crítico, apesar de a safra estar um pouco abaixo da expectativa”, afirma Felipe Borges, Desenvolvimento Técnico de Mercado da Syngenta.
Nas áreas de conilon, a situação não é diferente da de arábica. Os produtores precisam estar atentos, pois as condições climáticas favorecem a doença.
“É possível identificar focos da doença em lavouras mais suscetíveis, por isso é importante que o produtor faça uma aplicação preventiva de PRIORI XTRA® e, caso necessário, utilize triazóis como ALTO® 100 ou TILT® para o manejo da doença”, explicou Ronaldo Sakai, Desenvolvimento Técnico de Mercado da Syngenta.

A ferrugem tem seu pico de esporulação entre os meses de março e abril. No entanto, o setor já está bastante preocupado. A carga pendente é um fator determinante para o desenvolvimento da doença, pois, quanto mais café na planta, maior é o potencial de evolução da ferrugem.
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Previsões apontam para ano de alta incidência de ferrugem
O cenário aponta para um ano propício ao desenvolvimento da ferrugem, o que traz um alerta importante para os cafeicultores.
O período chuvoso registrado nos últimos meses é o principal fator que contribui para a ocorrência da doença, assim como as temperaturas elevadas.
Em condições adequadas ao seu desenvolvimento, plantas com alto potencial produtivo ficam mais predispostas ao ataque da doença, pois o cafeeiro acumula grandes quantidades de açúcares e nutrientes, que servem de alimento para o fungo.
Manejo é essencial para o controle da ferrugem
A pulverização é o principal método de manejo utilizado para o controle da ferrugem. O produtor pode adotar algumas estratégias complementares, como monitoramento constante e identificação precoce, que ajudam a minimizar os impactos. Além disso, buscar variedades mais resistentes também é uma forma de prevenção contra a doença. No entanto, o controle eficaz ocorre por meio das pulverizações, conforme explica Felipe Borges.

“Dentro do nosso posicionamento, colocamos, no mês de fevereiro, uma concentração de PRIORI XTRA, 750 ml por hectare. No caso de áreas já com a presença de esporos, de ferrugem esporulada no ambiente, é necessário adicionar o alto 100 para aumentar a carga de triazol e potencializar o efeito curativo do produto. É importante o cafeicultor entrar em contato com seu agrônomo para ter a recomendação ideal.”
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Para os produtores que estão com os tratos culturais em dia, a recomendação é continuar monitorando, especialmente os cafeeiros com alta carga pendente. Já para aqueles que estão com o manejo em atraso, é essencial fazer as aplicações com urgência.
“Na próxima semana, teremos janelas para entrar com esse manejo. Esse produtor deve pulverizar o mais rápido possível e intensificar o monitoramento”, ressalta Felipe Borges, Desenvolvimento Técnico de Mercado da Syngenta.
Vale lembrar que, à medida que o produtor identifica áreas com esporulação, é necessário intervir rapidamente.

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