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Embora a cultura da soja seja de origem asiática, o Brasil é o maior produtor e exportador do grão. Dentro de um volume mundial de 362,947 milhões de toneladas de soja, 135,409 milhões são produzidas nacionalmente, de acordo com dados disponibilizados pela Embrapa.
O banco de dados econômicos da empresa indica o Mato Grosso ocupando o primeiro lugar na lista de estados brasileiros que mais produzem o grão, com 35,947 milhões de toneladas.
Justamente por termos números tão expressivos, o agricultor precisa permanecer atento ao manejo da lavoura. Em cultivares mais suscetíveis, a incidência de doenças pode reduzir drasticamente o volume de grãos, provocando sérios prejuízos.
Atenção aos fungos que prejudicam a cultura da soja
Embora o melhoramento genético da soja tenha contribuído para o estabelecimento de cultivares com maior potencial produtivo, a suscetibilidade às doenças também é maior, principalmente as causadas por fungos necrotróficos.
Esses fungos são capazes de sobreviver nos restos culturais da lavoura anterior, dificultando o manejo dos produtores. Desse grupo, destacamos os causadores de doenças como: septoriose, antracnose, mancha-alvo e cercosporiose.
No entanto, a dificuldade não está apenas nos agentes necrotróficos. Os fungos biotróficos, que sobrevivem e se multiplicam em partes vivas da planta, também são uma forte ameaça à produtividade da cultura. Ainda dentro desse grupo estão os patógenos que causam a ferrugem asiática e o oídio.
Para evitar o surgimento de doenças, o uso de técnicas integradas de manejo torna-se indispensável. Esses cuidados mantêm as infestações sob controle e permitem que a lavoura expresse seu máximo potencial produtivo.
Mancha-alvo (Corynespora cassiicola)
Os sintomas apresentados pela mancha-alvo são a formação de pontos pardos envoltos por um halo de cor amarelada nas folhas. Ao evoluírem, tornam-se manchas circulares com cor que varia de castanho-clara a castanho-escura.
Essas manchas têm um ponto escuro no centro e anéis concêntricos de cor ainda mais escura, semelhante a um alvo, como sugere o nome da doença.
Cultivares suscetíveis sofrem desfolha severa e o aparecimento de manchas pardo-avermelhadas na haste e nas vagens. Após a morte da planta, a raiz fica coberta por uma camada de conidióforos e conídios.
Mancha-parda ou Septoriose (Septoria glycines)
Identificada inicialmente nas folhas primárias, a mancha-parda apresenta como sintoma a formação de pontos com menos de 1 mm de diâmetro, que evoluem para manchas com centros de contorno angular, cor castanha e halos amarelados.
Quando a infecção é mais severa, a lavoura sofre desfolha precoce, sem conseguir expressar sua capacidade produtiva, pois o fungo S. glycines é capaz de sobreviver nos restos da cultura, com condições ideais de desenvolvimento da doença em ambientes úmidos e quentes.
Ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi)
Doença que pode surgir em qualquer estádio de desenvolvimento da cultura, é favorecida por longos períodos de molhamento e temperaturas entre 18 °C e 28 °C. Considerada a doença mais severa da cultura da soja, pode levar a perdas de produtividade de até 80%.
Os primeiros sintomas são a formação de pontos com, no máximo, 1 mm de diâmetro, de coloração esverdeada e cinza-esverdeada, mais escuros que o tecido sadio da folha. Esses pontos apresentam uma protuberância, as urédias, que abrem-se em poros e expelem esporos, que são carregados pelo vento e contaminam outras áreas da lavoura.
A ferrugem asiática também provoca a desfolha da cultura. Quanto antes a desfolha acontece, mais facilmente ocorre o aumento da tendência de redução dos grãos gerados e, consequentemente, a diminuição da produtividade.
Cercosporiose ou mancha-púrpura (Cercospora kikuchii)
O fungo C. kikuchii pode atacar todas as partes da planta, provocando doenças bastante prejudiciais à produtividade da soja.
Nas folhas, causa o surgimento de pontos escuros, de cor castanho-avermelhada e bordas difusas que, ao coalescer, formam grandes manchas escuras. Essas manchas provocam o crestamento nas folhas, reduzindo a área fotossintética e provocando a desfolha precoce.
Quando ataca as vagens, o patógeno provoca manchas de cor púrpura nos grãos. Na hastes, causa manchas vermelhas limitadas ao córtex. Nos nós, pode penetrar na haste e causar necrose, caracterizada pela cor avermelhada.
Entre os danos à produtividade causados pela cercosporiose, podemos citar a interferência na germinação, a diminuição do vigor das plantas, a redução do estande de plantas e a queda na qualidade das sementes.
Oídio (Microsphaera diffusa)
Essa doença apresenta como sintomas a formação de pequenos pontos brancos, com micélio e esporos, na parte aérea das plantas. Esses esporos são facilmente dispersados pelo vento, o que aumenta o potencial de contaminação do fungo.
Com a evolução da doença, o que eram pontos brancos tomam a cobertura total das partes infectadas, reduzindo a capacidade da planta realizar a fotossíntese e provoca a queda precoce das folhas. Nesse estágio, as estruturas do fungo assumem cor castanho-acinzentada e podem surgir rachaduras e cicatrizes superficiais nas hastes da planta.
O oídio é uma doença favorecida por temperaturas entre 18 °C e 24 °C e baixa umidade e pode ocorrer em todos os estádios da lavoura, com maior evolução entre R1 e R6, sendo mais comum no início da floração.
Antracnose (Colletotrichum truncatum)
Principal doença que afeta a fase inicial da formação de vagens na cultura de soja, a antracnose pode provocar a perda total da produção em dias chuvosos. A região do Cerrado, por apresentar elevada precipitação e altas temperaturas, é extremamente afetada pelo fungo C. truncatum.
A antracnose provoca o aparecimento de manchas negras nas nervuras das folhas, hastes e vagens, além da morte das plântulas. Quando há atraso na colheita, essa doença pode provocar a queda total das vagens ou deterioração das sementes, causando um grande prejuízo ao produtor.
Nos estádios R3 e R4 é possível notar mudanças nas vagens infectadas, como o aspecto retorcido e a coloração entre castanho-escura e negra. Se estão em granação, as lesões das vagens iniciam-se por estrias de anasarcas, evoluindo para manchas negras.
Manejo integrado: a solução para a proteção da lavoura
Para proporcionar maior proteção do potencial produtivo da cultura, as lavouras precisam de cuidados especiais, como a adoção de medidas integradas de manejo. Ao serem combinadas, essas medidas buscam reduzir ao máximo a incidência de doenças, além de ser uma ótima estratégia antirresistência.
Essas medidas incluem a rotação de culturas, o manejo do solo, o uso de espaçamento e de sementes adequadas, cultivares resistentes, manejo nutricional, controle químico, etc.
Rotação de culturas
A rotação de culturas ajuda a reduzir a incidência de patógenos que sobrevivem nos restos culturais da lavoura anterior, criando condições favoráveis para o desenvolvimento de microrganismos antagônicos que auxiliam no controle das doenças.
Para que essa prática seja eficiente, o produtor deve fazer um planejamento cuidadoso, considerando toda a gama de hospedeiros do patógeno, a fim de implementar uma lavoura que dificulte a sobrevivência e o desenvolvimentos dos agentes nocivos.
Manejo do solo
O manejo do solo deve envolver aspectos químicos e físicos necessários para a criação de um espaço fértil para a cultura e um bom desenvolvimento de raízes. O sistema de semeadura direta colabora para a redução da incidência de mancha-parda, enquanto a adubação adequada, principalmente com potássio, pode colaborar para a redução da incidência da antracnose.
Espaçamento e sementes adequadas
A utilização de cultivares resistentes tem-se mostrado bastante eficiente no controle de doenças. A adequação do espaçamento e do estande, assim como a realização do plantio em épocas indicadas, alteram o microclima favorável para o desenvolvimento de doenças como a antracnose.
Além disso, o tratamento de sementes contribui para o controle de patógenos, diminuindo a transmissão dos fungos e garantindo populações adequadas de plantas, pois quando as condições edafoclimáticas durante a semeadura não são favoráveis à germinação e à rápida emergência da cultura, as sementes podem ficar expostas por mais tempo a fungos de solo.
Controle químico
O controle químico é uma das medidas de manejo que auxiliam na obtenção de uma lavoura sadia, controlando a população de fungos e evitando que eles contaminem as plantas.
Esse controle pode ser realizado em diversas fases do ciclo de desenvolvimento. Para que seja feita adequadamente, é importante observar em qual estádio a cultura se encontra e fazer as aplicações de fungicidas de acordo com as recomendações da bula e orientações de um engenheiro agrônomo.
Soluções para o controle de doenças na soja
Sabendo de todas as dificuldades enfrentadas pelo produtor, em 2021 a Syngenta lançou dois fungicidas eficientes no controle de doenças da soja: Alade® e Mitrion™. Esses dois produtos surgiram como resposta à necessidade de controle das doenças na cultura, que têm causado severas perdas ao agricultor.
Essas soluções são fruto de estudos e da utilização de alta tecnologia em suas formulações, com o intuito de oferecer ao produtor fungicidas realmente eficientes e capazes de proporcionar alta proteção à lavoura para que a soja possa expressar sua máxima capacidade produtiva.
Para alcançar esse resultado, ambos contam com a tecnologia Empowered Control, que proporciona maior retenção, espalhamento e translocação do produto nas folhas, aumentando ainda mais a sua eficiência. Esse efeito só é possível graças à combinação de adjuvantes e surfactantes exclusivos patenteados pela Syngenta.
Alade®
Alade® é um fungicida com alta consistência de controle, que traz em sua formulação três ativos muito eficientes. Citamos primeiro o solatenol, uma carboxamida moderna que oferece alta capacidade de aderência e de penetração nas folhas, proporcionando o melhor efeito preventivo à lavoura de soja.
Os outros dois ativos são o ciproconazol, que oferece alta mobilidade e eficiência no controle da ferrugem asiática, e o difenoconazol que, além do alto controle de manchas, conta com amplo espectro contra o complexo de doenças da soja.
Diante dessa combinação, fica fácil perceber que Alade® é bastante eficiente como instrumento no manejo de doenças na cultura da soja. Como se não bastasse sua composição com ativos de qualidade, a sinergia entre esses compostos faz com que Alade® ofereça o maior espectro de ação do mercado, especialmente para antracnose, cercosporiose e oídio, em uma formulação moderna que proporciona ação imediata na planta.
Confira todos os benefícios do produto:
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Consistência: o maior espectro de controle.
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Máxima proteção: melhor efeito preventivo com solatenol.
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Dupla ação sistêmica: sinergia entre dois triazóis seletivos e de alta performance.
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Conveniência: maior espalhamento, translocação e retenção do produto na folha, dispensando o uso de adjuvantes
Mitrion™
Fungicida inovador e de alta performance, Mitrion™ é composto pelos dois ativos mais potentes do mercado, que se complementam em diferentes modos de ação, – solatenol e o protioconazol – proporcionando efeito curativo e preventivo às plantas. Esse produto conta com uma formulação moderna, que viabiliza alta fixação e absorção na planta, entregando um controle superior de manchas, principalmente a mancha-alvo e ferrugem.
Veja os benefícios que Mitrion™ proporciona:
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Combinação inovadora: reúne os dois ativos mais potentes do mercado.
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Máxima potência: proporciona controle superior em manchas e ferrugem.
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Controle superior: oferece melhor efeito curativo e preventivo.
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Conveniência: maior espalhamento, translocação e retenção do produto na folha, dispensando o uso de adjuvantes.
Saiba mais sobre a eficiência desses produtos clicando na imagem abaixo:
Plataforma 360°: informação de qualidade para o agricultor
Além de oferecer soluções de qualidade, a Syngenta também se preocupa em resolver dúvidas e orientar o produtor durante todo o processo de plantio, cuidados e colheita da soja, para proporcionar respaldo necessário resultando em boa rentabilidade.
Por isso, criamos a Plataforma 360° Mundo Alade Mitrion. Um espaço virtual no qual você pode tirar dúvidas, acessar eventos e podcasts, ver os resultados das aplicações dos fungicidas Alade® e Mitrion™, entre outras informações que fazem a diferença nos resultados da lavoura.
Proporcionando uma experiência 100% imersiva e digital, a Plataforma 360° foi a maneira que a Syngenta encontrou para se aproximar ainda mais do produtor sem que você precise sair de casa. Ao acessar o portal, o usuário terá a sensação de caminhar em um espaço físico, podendo acessar diversas salas e acompanhar os conteúdos disponíveis de acordo com o seu interesse e preferência.
Entre esses materiais estão disponibilizados vídeos, e-books, entrevistas, entre outras fontes de informação que certamente vão enriquecer o agricultor com conhecimentos sobre o cuidado com a lavoura.
Syngenta também está no YouTube
Quem gosta de passar algumas horas conferindo vídeos no YouTube também pode aprender mais sobre agricultura. Lá, é possível encontrar as webséries de Alade e Mitrion, que apresentam perspectivas bastante interessantes.
Na coletânea de vídeos “De Norte a Sul, um mundo de experiências”, confira o depoimento de diversos produtores, de todo o país, que alcançaram resultados significativos no controle de doenças com as novas soluções da Syngenta. Se você ainda tiver dúvidas sobre a eficiência dos fungicidas, nesse espaço também poderá conferir os nossos cases de sucesso.
Por outro lado, se o seu interesse é aprender mais sobre as doenças da soja, acompanhe a websérie “De Norte a Sul, um mundo de conhecimento”. Em cada episódio, um especialista fala sobre as doenças, os riscos à produtividade e como os fungicidas são capazes de auxiliar no controle dos patógenos.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.
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