Com a chegada do fim da safra de soja 2024/25, produtores de todo o Brasil se preparam para dar início ao vazio sanitário e refletir sobre os aprendizados e desafios superados da última safra, para dar início a uma nova no final do ano.
Entre 2024 e 2025, diversos eventos fizeram com que a última safra se consolidasse com um recorde estimado em quase 170 milhões de toneladas, segundo o oitavo levantamento realizado pela CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento).
Entretanto, para alcançar esses números, os sojicultores brasileiros tiveram que superar desafios únicos, em especial as instabilidades climáticas e problemas fitossanitários que afetaram de diferentes formas as regiões sojicultoras do nosso país.
Acompanhe, neste conteúdo, como foi a evolução da safra de soja 2024/25 e os principais aprendizados que consolidaram ela como a maior já colhida na história do Brasil.
O início da safra de soja 2024/25
A safra de soja 2024/25 teve início em um cenário otimista, com projeções da CONAB já indicando uma safra com recorde histórico no país. No último trimestre de 2024, já eram esperados aumentos da área plantada, produtividade e produção de soja.
As estimativas foram mantidas até o último levantamento da CONAB (publicado em maio/2025), que projeta um aumento de 3,2% na área plantada em relação à temporada anterior, representando uma área total de 47.612,7 mil hectares de soja.
Essa tendência se replicou para produtividade e produção de soja no país, apresentando, respectivamente, um incremento de 10,5% e 14%. Isso representa um aumento de mais de 5 sacas e meia de soja por hectare.

Apesar disso, muitos produtores de soja enfrentaram desafios no início da safra, especialmente na região do Cerrado. Em estados como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, o início da safra de soja 2024/25 foi marcado por chuvas muito irregulares e temperaturas elevadas, o que atrasou o plantio e prejudicou o desenvolvimento inicial da soja.
De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a semente de soja precisa absorver pelo menos metade do seu peso em água para assegurar uma boa germinação. Sendo necessário um mínimo de 150 milímetros no acumulado de 10 a 12 dias para assegurar uma boa germinação da soja, já que nesse intervalo a água no solo estará acumulada nos primeiros 30 cm de profundidade.
Somente ao final do mês de outubro e início do mês de novembro, algumas regiões do país começaram a ter um regime de chuvas mais regular, que permitisse dar início a semeadura de soja.

Outro desafio enfrentado foi a ocorrência de queimadas em alguns estados brasileiros, como Goiás, que levaram a perdas de fertilidade e saúde do solo, em razão da queima da palhada remanescente.
A safra de soja 2024/25 avança, chegando ao final
Com o avanço da safra de soja 2024/25, novos desafios climáticos surgiram e, junto a eles, problemas envolvendo o manejo de pragas, doenças e plantas daninhas.
Se o início da safra foi marcado por chuvas irregulares, o início da fase de produção da soja foi marcada pela ausência de chuvas em algumas regiões do país, especialmente no Rio Grande do Sul e em parte do Paraná, que comprometeram a produtividade das lavouras.
Tal cenário, somado à ocorrência de plantas daninhas tolerantes à seca e a herbicidas, impôs diversas limitações para os agricultores que não anteciparam o manejo e não fizeram o controle adequado de daninhas na pré e pós-emergência da soja.
Durante a safra, fizemos uma matéria completa sobre o programa Manejo Limpo, um dos conjuntos mais fortes e eficientes de práticas e ferramentas disponíveis para o manejo de plantas daninhas. Quer se aprofundar mais no que aconteceu e saber como os produtores lidaram com essa situação? Então leia aqui: Manejo Limpo: sua lavoura limpa das daninhas mais resistentes
Com a estabilização das chuvas mais ao final da safra, a maior umidade presente nas lavouras, somada à radiação solar limitada, fez com que pragas e doenças voltassem a ser o foco dos produtores.
As lagartas do gênero Spodoptera, o cascudinho-da-soja e o percevejo-marrom foram as pragas de destaque na safra de soja 2024/25, trazendo prejuízos consideráveis para as lavouras que não adotaram os princípios do Manejo Integrado de Pragas (MIP), que incluem o Tratamento de Sementes e o monitoramento constante.
As ninfas do percevejo-marrom foram tema de destaque na nossa matéria. Confira o conteúdo completo para entender como os produtores lidaram com o manejo dessa praga nas lavouras: Ninfa do percevejo-marrom: não conte com a sorte no controle
Já com relação às doenças da soja, a ferrugem-asiática, as Doenças de Final de Ciclo (DFCs) e, em especial, a podridão de vagens e grãos foram o destaque da safra 2024/25.
A podridão de vagens e grãos, também conhecida como anomalia da soja, é uma doença que se alastra em regiões de clima úmido e quente, como ocorreu ao final da safra de soja 2024/25.
Porém, apesar da sua presença nas lavouras, seu avanço vem sendo contido no país com o Manejo Integrado de Doenças (MID) e o uso dos produtos com solatenol no manejo antecipado, além de outros ingredientes ativos e ferramentas biológicas complementares, que vem desempenhando um papel crucial na construção da sanidade da lavoura e na proteção da produtividade.
Você sabia que a Syngenta é pioneira no combate à podridão de vagens e grãos? Leia mais a seguir: Syngenta na vanguarda dos estudos sobre podridão de vagens e grãos (anomalias da soja)
A safra de soja 2024/25 foi marcada pela superação de desafios climáticos e fitossanitários
Olhando para trás, percebemos que o sucesso da safra de soja 2024/25 só se deu pela resiliência do sojicultor brasileiro, que superou desafios climáticos e fitossanitários com o auxílio de soluções integradas.
Essas soluções fizeram a diferença no manejo de pragas, doenças e plantas daninhas da soja, que marcaram presença, mas foram mantidas sob controle e exerceram uma pressão reduzida na safra de soja 2024/25.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
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