A safra de soja 2023/24 ficará marcada na história. Além dos desafios climáticos, a alta pressão de pragas, como a mosca-branca, complicou a vida dos produtores, que viram suas lavouras sofrerem diante de condições desfavoráveis à soja, mas favoráveis à incidência da praga.
Especialistas declararam que a pressão da mosca-branca na soja na safra 2023/24 foi histórica. Sob a influência do fenômeno climático El Niño, temperaturas elevadas e chuvas irregulares impactaram a pressão da mosca-branca, que atingiu níveis alarmantes, resultando em perdas significativas de produtividade.
Com potencial de reduzir até 15 sacas por hectare, a mosca-branca (Bemisia tabaci) é uma praga conhecida por sua alta capacidade reprodutiva e difícil controle, além de causar danos diretos e indiretos.
Os danos diretos ocorrem quando a praga suga a seiva das plantas, enfraquecendo-as, o que resulta em redução no crescimento. Já os danos indiretos ocorrem tanto pela transmissão de viroses quanto pelo favorecimento do desenvolvimento da fumagina (Capnodium spp.), um fungo que recobre a superfície foliar.
Tudo isso compromete a fotossíntese e a produção de grãos, gerando plantas debilitadas e com menor capacidade produtiva.
Para a safra de soja 2024/25, com influência do fenômeno La Niña, novas estratégias de manejo e controle preventivo serão essenciais para evitar as dores de cabeça do último ciclo.
Neste artigo, exploramos as lições aprendidas com a pressão histórica da mosca-branca e discutimos como novas tecnologias têm sido determinantes para proteger as lavouras contra essa praga em um cenário desafiador e imprevisível.
Lição 1: as mudanças climáticas estão afetando diretamente o comportamento e a pressão de pragas como a mosca-branca
As mudanças climáticas estão impactando diretamente o comportamento das pragas agrícolas, e a mosca-branca é um dos exemplos mais evidentes.
Com o aumento das temperaturas médias globais e a maior incidência de períodos de seca, as condições se tornam ideais para a proliferação dessa praga.
Isso porque climas mais quentes aceleram o ciclo de vida da mosca-branca, reduzindo o tempo entre gerações e aumentando o número de ciclos reprodutivos durante uma única safra, resultando em uma população de pragas muito maior e, consequentemente, em uma pressão mais intensa sobre as culturas.
Esse cenário já pôde ser observado na safra 2023/24, em que as mudanças no clima intensificaram a infestação da mosca-branca em várias regiões produtoras de soja, levando a perdas expressivas na produtividade.
O resultado dessas alterações no ambiente é uma maior pressão sobre as lavouras, o que exige dos produtores o uso mais frequente de inseticidas e a adoção de novas estratégias de manejo para mitigar os efeitos devastadores dessa praga.
Lição 2: a resistência a inseticidas tem tornado o manejo da mosca-branca ainda mais difícil
Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos produtores no manejo dessa praga é a plasticidade genética da mosca-branca, que favorece a resistência a inseticidas, juntamente com a escassez de moléculas eficientes no controle.
O uso frequente dos mesmos produtos químicos ao longo dos anos tem favorecido a seleção de populações resistentes da praga, o que torna o controle químico cada vez mais complexo. Essa resistência coloca os agricultores em uma posição difícil, pois mesmo com a aplicação correta de inseticidas, os resultados podem ser insuficientes para manter a mosca-branca sob controle.
Esse fenômeno de resistência é particularmente importante, exigindo uma diversificação nas estratégias de manejo com a rotação de mecanismos de ação e o uso integrado de diferentes táticas de manejo, incluindo práticas culturais, controle biológico e o uso de variedades de plantas mais tolerantes à praga.
Além disso, é importante considerar que a mosca-branca apresenta diferentes biotipos que se adaptam às diversas condições climáticas e vegetais do Brasil. Esses biotipos podem variar em características, como resistência a inseticidas, capacidade de reprodução e comportamento.
No Brasil, o biotipo mais comum é o B – mas o biotipo Q, que chegou por aqui por volta de 2013 e tem encontrado espaço para se expandir, é uma das variantes mais preocupantes devido à sua alta capacidade de resistência a muitos inseticidas, o que dificulta seu controle.
Os agricultores enfrentam desafios consideráveis no manejo do biotipo Q, pois sua rápida adaptação e resistência exigem práticas de controle mais sofisticadas.
A adoção do manejo integrado de pragas (MIP) é uma solução cada vez mais necessária para lidar com a resistência da mosca-branca, juntamente com o monitoramento regular da lavoura para ações no tempo certo.
Além disso, se manter informado sobre novas moléculas de controle disponíveis e integrá-las ao planejamento de aplicações tem sido chave para alcançar eficiência no manejo diante dos novos desafios.
Lição 3: é preciso superar as dificuldades no controle das ninfas da mosca-branca
Controlar as ninfas da mosca-branca é um dos maiores desafios no manejo dessa praga. As ninfas se fixam na parte inferior das folhas, tornando-se menos expostas a aplicações de inseticidas, aumentando a necessidade de uma escolha criteriosa de produtos e técnicas de aplicação.
Essas ninfas são imóveis, o que demanda o uso de tecnologias capazes de translocar o inseticida por toda a planta para garantir uma cobertura completa.
Outro ponto crítico é o ciclo de vida rápido da mosca-branca, o que faz com que as ninfas se desenvolvam rapidamente e deem origem a novas gerações da praga. Isso pode levar à necessidade de múltiplas intervenções, caso o monitoramento não seja rigoroso.
O momento da aplicação também é um fator-chave: para ser eficiente, o controle deve ser feito nos estágios iniciais da infestação, antes que as ninfas atinjam níveis críticos.
Esse foi um dos grandes problemas enfrentados na safra passada. Muitos produtos disponíveis no mercado não possuem a capacidade de atingir todas as fases da praga de maneira eficaz, levando a um aumento nos custos de controle e à necessidade de múltiplas aplicações.
Lição 4: monitoramento efetivo é chave para prevenir a fumagina e a queda na produtividade
O monitoramento contínuo e eficaz da lavoura é uma das práticas mais importantes para o controle da mosca-branca e para evitar perdas significativas de produtividade. Se o produtor não identificar a infestação no início, a população da mosca-branca pode crescer rapidamente, resultando em danos indiretos, como a contaminação da planta por viroses e o desenvolvimento da fumagina.
A fumagina, uma substância preta e pegajosa que recobre as folhas, é resultado do desenvolvimento do fungo Capnodium spp. em decorrência da excreção açucarada da mosca-branca. Por recobrir a folha com essa substância escura, a fumagina reduz a capacidade fotossintética da planta.
Isso leva a uma queda drástica na produtividade, comprometendo o enchimento dos grãos e a qualidade da produção. Quando a mosca-branca infesta a lavoura e a fumagina se instala, o controle torna-se muito mais complexo.
Portanto, o monitoramento frequente, especialmente no baixeiro das plantas e na face inferior das folhas, é essencial para identificar a presença da praga. A detecção precoce é crucial para agir rapidamente e evitar que a infestação chegue a níveis que possam resultar em perdas substanciais na produtividade da soja.
Lição 5: produtores que investiram em novas moléculas alcançaram controle inédito da mosca-branca
Na safra 2023/24, produtores que investiram em moléculas com um novo modo de ação alcançaram um controle inédito da mosca-branca, especialmente nas fases mais desafiadoras, como o combate às ninfas.
Com o lançamento de ELESTAL® Neo, os produtores puderam contar com uma ferramenta de alta performance com o novo ingrediente ativo: a TINIVION™ technology, permitindo o controle eficiente de todas as fases da mosca-branca, incluindo as ninfas que se escondem nas partes inferiores da planta.
A inovação proporcionada pela TINIVION™ technology, presente em ELESTAL® Neo, destaca-se pela sua característica única de ambimobilidade.
A ambimobilidade é a capacidade revolucionária do inseticida de se translocar tanto para cima quanto para baixo dentro da planta. Isso significa que ELESTAL® Neo se distribui eficientemente através do xilema, como os produtos sistêmicos convencionais, e também via floema.
Dessa forma, o produto alcança áreas que outras soluções não conseguem, como ramos novos e o baixeiro, onde as ninfas da mosca-branca se escondem. A fórmula de ELESTALl® Neo proporciona um efeito de choque imediato, e também um residual prolongado, proporcionando uma proteção duradoura contra a mosca-branca e outras pragas.
Preparação para a safra de soja 2024/25: atenção ao La Niña e ao controle da mosca-branca
Com a expectativa de que o fenômeno La Niña possa impactar o clima na próxima safra, os produtores devem estar cientes de como essas condições podem influenciar a pressão da mosca-branca.
O La Niña frequentemente está associado a padrões climáticos que favorecem o desenvolvimento e a proliferação de pragas, incluindo a mosca-branca. A combinação de condições climáticas mais secas e temperaturas elevadas em algumas regiões pode criar um ambiente ideal para a multiplicação dessa praga.
Diante desse cenário, é crucial que os produtores se preparem com base nas lições aprendidas na safra 2023/24, principalmente em relação ao monitoramento e à escolha de tecnologias inéditas para o controle da mosca-branca.
ELESTAL® Neo está disponível oferecendo uma solução inovadora para um controle robusto e abrangente de todas as fases da mosca-branca, com sua característica única de ambimobilidade.
Não deixe que a pressão da mosca-branca comprometa a produtividade da sua próxima safra. Esteja preparado para enfrentar os desafios que o La Niña pode trazer com a combinação de tecnologia de ponta e planejamento estratégico.
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