O setor canavieiro no Brasil vive um momento de revolução e modernização, muito influenciado pelo uso consciente e estratégico de tecnologias que visam colaborar com os canavicultores no manejo da cultura, como é o caso, por exemplo, dos herbicidas para cana-de-açúcar. O que tem tornado o uso dessas tecnologias ainda mais importante é o aumento expressivo na ocorrência de plantas daninhas nos canaviais, fator que diretamente impacta os resultados da produção.

A presença de plantas daninhas na cana-de-açúcar não é um fenômeno recente; diversas espécies têm marcado presença nas lavouras brasileiras há décadas, gerando uma série de prejuízos para os canavicultores. Para ter uma ideia, o manual de identificação e controle de plantas daninhas, da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), lista 16 famílias com uma série de espécies que são verdadeiras vilãs para a agricultura.

Portanto, é essencial que os produtores estejam munidos de informações precisas e atualizadas para combater essas ameaças, promovendo um cultivo mais saudável e produtivo. Nesse sentido, a escolha acertada do herbicida para cana-de-açúcar torna-se um pilar central.

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As principais plantas daninhas da cana

A cultura da cana-de-açúcar tem como característica fisiológica o uso eficiente dos recursos disponíveis no ambiente para potencializar seu crescimento. Tal capacidade está também presente em algumas plantas daninhas que incidem na área desde o início do ciclo do cultivo, afetando o potencial de desenvolvimento da cana.

Essas relações tornam o uso de herbicida para cana-de-açúcar indispensável, sendo o manejo de plantas daninhas um dos fatores que elevam significativamente o custo de produção. Entre perder produtividade por conta das daninhas e colocar a rentabilidade em risco por conta dos custos, há uma alternativa, com estratégias de manejo integrado para proteger tanto a cultura quanto a saúde financeira. 

O começo de tudo é conhecer as principais espécies invasoras nas lavouras de cana-de-açúcar brasileiras, que serão apresentadas a seguir com o objetivo de auxiliar o canavicultor na identificação, que é fator-chave para as tomadas de decisão.

Mucuna (Mucuna spp.)

A mucuna (Mucuna spp.) é uma planta daninha que representa um desafio substancial à produção de cana-de-açúcar, necessitando de estratégias robustas de manejo para garantir cultivos saudáveis e produtivos. Ela faz parte da família Fabaceae e é conhecida por ser uma das principais antagonistas no cultivo de cana-de-açúcar. A sua relevância enquanto planta daninha deve-se às seguintes características:

  • Taxa de crescimento: a mucuna possui uma taxa de crescimento acelerada, o que facilita a sua disseminação em plantações de cana-de-açúcar.
  • Morfologia: é uma planta volúvel, caracterizada por sua habilidade de enrolar-se em outras plantas, o que lhe confere uma capacidade significativa de sufocar mudas jovens de cana-de-açúcar.
Plantas daninhas da cana, foto, Mucuna spp.
Mucuna spp.

Se não for controlada a tempo, pode resultar em perdas significativas na produção de cana, reduzindo drasticamente os rendimentos. O primeiro passo para o controle consciente da mucuna é a identificação precoce da presença da planta daninha nas lavouras.

É vital que agricultores e trabalhadores agrícolas sejam bem informados e treinados para identificar e manejar a mucuna de forma eficaz. As áreas cultivadas devem ser monitoradas regularmente para evitar a proliferação descontrolada da planta daninha.

Mamona (Ricinus communis)

A mamona é conhecida por sua toxicidade e competição com a cana. Uma vez presente, pode afetar a qualidade da matéria-prima e a longevidade do canavial. Sua incidência e crescimento em áreas de cultivo dessa cultura necessitam ser gerenciados eficientemente para preservar a qualidade da produção. 

As particularidades que devem ser consideradas pelas estratégias de manejo desse fitófago são:

  • Morfologia: a mamona é uma planta arbustiva que pode alcançar vários metros de altura, possuindo folhas largas e palmadas e um sistema radicular profundo e robusto.
  • Toxicidade: é conhecida por sua toxicidade, principalmente nas sementes, que contêm uma proteína tóxica chamada ricina.
Ricinus communis.
Ricinus communis.

A presença de mamona pode levar à degradação da qualidade da matéria-prima da cana, afetando a produção de açúcar e etanol, e também promove uma redução da longevidade do canavial, necessitando de renovações mais frequentes do plantio.

Assim, é essencial a identificação precoce e um monitoramento contínuo das áreas cultivadas para evitar a propagação da planta e aplicar o manejo no momento correto, 

utilizando herbicidas específicos para eliminar a planta sem afetar a cultura principal.

Corda-de-viola (Ipomoea spp.)

A corda-de-viola é uma planta de folhas largas que compete diretamente com a cana-de-açúcar por nutrientes e luz solar, prejudicando seu crescimento. Essa planta daninha apresenta um desafio significativo para a canavicultura, devido às seguintes características:

  • Morfologia: o tamanho de suas folhas facilita a absorção de luz solar, conferindo-lhe vantagem de desenvolvimento. Seu sistema radicular permite uma absorção extremamente eficiente de nutrientes do solo.
  • Crescimento: tem um rápido crescimento, podendo cobrir rapidamente a área e sufocar outras plantas, incluindo a cana-de-açúcar.
Ipomea spp.
Ipomea spp.

A corda-de-viola é uma planta daninha que pode impactar significativamente a produtividade e a qualidade da cana-de-açúcar. Portanto, é imperativo que estratégias de manejo eficazes sejam implementadas para controlar a sua propagação e minimizar os danos causados à cultura de cana-de-açúcar. 

Trata-se de um processo que requer monitoramento constante e a aplicação de métodos de controle tanto mecânicos quanto químicos para garantir um cultivo saudável e produtivo.

Capim-colchão (Digitaria spp.)

O capim-colchão é uma erva de folhas estreitas que pode se proliferar rapidamente nas lavouras, causando danos econômicos significativos. Por isso, destaca-se como uma planta daninha impactante nas plantações de cana-de-açúcar, devido às seguintes características:

  • Morfologia: por ter uma estrutura de folhas estreitas, consegue ocupar espaços entre outras plantas e se proliferar de maneira eficiente.
  • Crescimento: apresenta uma taxa de crescimento rápida, o que favorece sua predominância em ambientes cultivados, podendo superar a cultura principal.
Digitaria spp.
Digitaria spp. Fonte: Mais Agro, 2021.

A presença descontrolada do capim-colchão pode resultar em significativos danos econômicos, devido à redução do rendimento da lavoura e, consequentemente, menores retornos financeiros.

Além do uso de herbicidas seletivos, a implementação de um programa de rotação de culturas pode auxiliar na redução da pressão desta e de outras ervas daninhas na área. Assim, o controle consciente do capim-colchão exige um manejo integrado que combine diferentes práticas agronômicas para reduzir seu impacto sobre a cultura da cana-de-açúcar. 

Prejuízos das daninhas na cana

O impacto das plantas daninhas na cana-de-açúcar vai além da redução da produtividade. Estudos de instituições renomadas como a Embrapa e a Esalq demonstram que a presença excessiva de plantas daninhas pode resultar na perda de toneladas de colmo, no aumento dos custos de produção e na redução na longevidade do canavial.

Por que é tão difícil controlar as daninhas da cana?

O controle das plantas daninhas na cana-de-açúcar é desafiador devido à sua capacidade de adaptação e ao aumento de casos de espécies resistentes a diversos herbicidas. Nesse contexto, é necessário considerar os seguintes fatores que envolvem a presença das invasoras e a eficiência do controle:

  1. Adaptação e resistência a herbicidas: muitas espécies de plantas daninhas desenvolveram mecanismos de resistência aos herbicidas mais utilizados, o que limita a eficácia de produtos químicos com o mesmo modo de ação a longo prazo, exigindo melhorias nas estratégias de manejo.
  1. Manejo pré-emergente: é um método que visa controlar as daninhas antes que elas germinem, para diminuir a pressão e facilitar o manejo pós-emergente. Entretanto, a escolha incorreta de herbicidas pode não apenas falhar em controlar as daninhas como também prejudicar a própria cana-de-açúcar.
  1. Manejo pós-emergente: após a emergência das daninhas, é crucial intervir rapidamente para evitar a competição com a cana-de-açúcar. Os fatores decisivos para o sucesso dessa medida são a aplicação na hora certa e a escolha do produto adequado para a espécie de daninha identificada.
  1. Biodiversidade das daninhas: como demonstrado anteriormente, existem várias espécies de plantas daninhas que podem ser um problema nas lavouras de cana, cada uma com características únicas, o que torna o manejo ainda mais complexo, exigindo uma abordagem de amplo espectro para um controle abrangente e eficiente.
  1. Condições ambientais: fatores como clima e solo podem afetar a eficácia dos métodos de controle. Períodos de seca, por exemplo, podem limitar sua eficácia, o que torna muito importante a escolha da solução a ser utilizada. Além disso, o tipo de solo também interfere diretamente na ação dos produtos, assim como a suscetibilidade das espécies de daninhas às soluções.

Diante dessas dificuldades, torna-se indispensável a realização de estudos constantes para identificar e desenvolver métodos mais eficazes de controle, integrando práticas agrícolas sustentáveis e tecnologias avançadas no manejo da cultura da cana-de-açúcar.

A relação entre manejo pré e pós-emergente na escolha do herbicida para cana-de-açúcar

A articulação entre os manejos pré e pós-emergente de plantas daninhas pode se configurar como uma solução bastante assertiva para os problemas enfrentados na lavoura de cana-de-açúcar. Entender esses manejos como estratégias complementares pode ser a chave para um controle consciente.

Manejo pré-emergente na cana-de-açúcar

A seleção cuidadosa de herbicidas pré-emergentes é fundamental para prevenir a germinação de sementes de daninhas, evitando que as invasoras ganhem espaço e concorram com a cana por nutrientes, água, espaço e luz no desenvolvimento inicial da lavoura.

Manejo pós-emergente na cana-de-açúcar

Monitoramento e intervenção rápidos são o segredo dessa estratégia. Uma vez que as daninhas emergiram, após encerrado o período residual do pré-emergente, o controle deve ser ágil, a fim de mitigar os prejuízos potenciais à plantação.

Integração das estratégias de manejo para daninhas de difícil controle

Realizar uma análise periódica da eficácia dos métodos empregados permite ajustes oportunos, garantindo um manejo mais assertivo. Na escolha do herbicida para cana-de-açúcar, é importante rotacionar os mecanismos de ação das soluções aplicadas nos diferentes momentos, como uma medida antirresistência. Nesse quesito, optar por aplicações em pré-emergência e em pós é altamente recomendável.

Assim, reforça-se a importância de considerar condições de clima e solo para a definição de estratégias integradas, para extrair a máxima performance das tecnologias. Aliás, já existem soluções eficientes no controle de daninhas em qualquer situação, que oferecem ótimos resultados mesmo em condições ambientais adversas.

Ao alinhar estrategicamente esses dois tipos de manejo, cria-se um sistema robusto e resiliente, capaz de se adaptar a mudanças e desafios apresentados pelas plantas daninhas, assegurando a produtividade e a longevidade da lavoura de cana-de-açúcar.

O manejo completo para todas as situações da cana

A Syngenta oferece um portfólio completo para o controle de daninhas na cana-de-açúcar. Em pré-emergência, o herbicida GROVER® vem entregando resultados excelentes, por sua eficiência na semisseca e na semi-úmida, mantendo a área livre de invasoras por mais tempo e protegendo o desenvolvimento inicial da cultura. 

Em um segundo momento, é indicado o uso de CALIPEN® SC, um herbicida para cana-de-açúcar para todas as situações. Com amplo espectro de ação, controla tanto folhas largas quanto folhas estreitas. Sua flexibilidade permite aplicação em diversos momentos da cultura, garantindo o controle contínuo das daninhas. Além disso, sua seletividade não prejudica a cultura da cana, conforme demonstrado no vídeo a seguir:

Em resumo, CALIPEN® SC entrega os seguintes benefícios:

  • Controle: amplo espectro contra folhas largas e estreitas.
  • Conveniência: praticidade de uma mistura pronta.
  • Eficácia: alta performance de controle.
  • Flexível: pode ser usado em vários momentos.
  • Seletividade: sem fitotoxicidade na cultura.
  • Praticidade: baixas doses e menor volume de embalagens.

Assim, CALIPEN® SC oferece a solução ideal, controlando uma variedade de plantas daninhas com eficácia, sem prejudicar a cultura da cana. Ao adotar uma estratégia de manejo integrado, os canavicultores podem maximizar seus rendimentos e preservar a qualidade de suas lavouras.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

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