Quem planta soja sabe o quanto a presença do percevejo-marrom (Euschistus heros) pode ser um incômodo quando o assunto é produtividade. No Brasil, essa espécie é uma das pragas mais prejudiciais às lavouras, podendo atacar o grão e comprometendo o seu desenvolvimento.
Os primeiros registros da espécie no Brasil são da década de 1970, em cultivos de soja no Estado de São Paulo. Relativamente raro nas lavouras daquela época, ele se desenvolveu ao longo das safras, espalhando-se pelo Sul e pelo Centro-Oeste.
O percevejo-marrom é conhecido por sugar a seiva de ramos, hastes e vagens. Ele também causa danos indiretos, como a transmissão de doenças que estimulam um distúrbio que afeta a maturação, fazendo com que a planta fique com folhas verdes ao término do ciclo. Assim, o excesso de umidade provoca problemas consideráveis na colheita.
Percevejo-marrom: comportamento da praga
As fêmeas do percevejo-marrom depositam os ovos nas folhas – geralmente, são massas de 5 a 7 ovos amarelados. Ao eclodirem, as ninfas permanecem sobre os ovos até iniciar o processo alimentar. No terceiro ínstar, elas ficam mais ativas, iniciam a dispersão e tornam-se mais vorazes.
O percevejo-marrom adulto vive, em média, 116 dias, mas pode chegar a uma longevidade de mais de 300 dias.
Essa é uma praga que prefere o clima quente para se reproduzir, por isso, o seu período de atividade ocorre, geralmente, entre os meses de novembro e abril. Nessa janela de tempo, o percevejo-marrom pode se reproduzir até três vezes. Após a colheita da soja, ele pode se alimentar de outras plantas, como carrapicho-de-carneiro, girassol e guandu.
Nos meses menos quentes, entre maio e novembro, o percevejo-marrom entra em dormência sob a vegetação. Esse processo, chamado de diapausa, funciona como defesa, o que favorece a sobrevivência e o alastramento da praga.
Perdas na lavoura com o ataque do percevejo-marrom
O dano causado pelo percevejo-marrom reflete-se na queda de qualidade do grão, o que pode diminuir em 60% o potencial produtivo da cultura.
Durante a floração da soja (R1 e R2), ocorre o período de colonização da praga, com o aumento populacional vindo nas etapas seguintes, com o desenvolvimento de vagens (R4) e o início do enchimento dos grãos (R5). A população cresce até o final do enchimento de grãos (R6), quando atinge o pico populacional máximo.
Como identificar?
Como o próprio nome indica, o inseto adulto do percevejo-marrom apresenta coloração marrom-escura, com dois prolongamentos laterais do pronoto, em forma de espinhos. No verão, costuma apresentar espinhos mais longos e escuros; no inverno, a coloração fica mais para o tom de marrom-avermelhado, com espinhos arredondados.
As ninfas recém-eclodidas medem cerca de 1,3mm e têm um corpo alaranjado, com a cabeça preta. Quando crescem, as ninfas de percevejos podem apresentar coloração entre o cinza e o marrom.
Percevejo-marrom: como combater essa praga
O percevejo-marrom é capaz de sobreviver na palhada da lavoura sem se alimentar por meses, e uma das formas de controlá-lo é considerar o manejo do sistema soja–milho, e não das culturas isoladas.
Outras medidas indicadas são: tratamento de sementes de soja, controle químico eficiente e controlar as ervas daninhas que hospedam os percevejos.
Antes do uso de produtos que combatem a praga, é fundamental monitorar as culturas anteriores e os restos culturais pois, ao contrário das lagartas, que provocam desfolha, os danos causados pelos percevejos podem ser percebidos apenas na hora da colheita, quando o dano econômico é irreversível.
O monitoramento efetivo, com entrada na lavoura pelo menos uma vez por semana, também é indicado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). É importante avaliar a população e os danos causados e fazer o controle apenas quando estes atingirem os Níveis de Ação (NA), que são medidas eficazes para o controle.
Usando o pano-de-batida no manejo de percevejos
Para o monitoramento de percevejos na soja, recomenda-se o método do pano-de-batida, no qual o nível de controle considera a presença de dois percevejos adultos por metro linear, para a produção de grãos, e de um percevejo, para a produção de sementes.
Essa estratégia de manejo consiste no uso de um pano ou plástico branco de 1 metro de comprimento por 1 metro de largura, tendo nas bordas uma bainha onde são inseridos dois cabos de madeira. O pano, devidamente enrolado e sem perturbar as plantas, é introduzido entre duas fileiras adjacentes de soja e estendido sobre o solo.
Após essa manobra, deve-se inclinar as plantas das duas fileiras de soja e batê-las vigorosamente, com o objetivo de deslocar os insetos para o pano. Os percevejos sobre o pano são contados e registrados em fichas de monitoramento.
Esse método é melhor operado por duas pessoas. Caso não seja possível, é indicado o uso de pano de meio metro por uma só pessoa.
Considerado um dos meios mais eficazes para o registro de ocorrência de pragas na soja, recomenda-se realizar dez panos de batida a cada 100ha. Caso a metodologia não seja aplicada corretamente, pode induzir o produtor ao erro para fazer o manejo da praga.
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