Na agricultura, sabemos que as pragas são um dos principais desafios a serem superados durante todo o ciclo das culturas, podendo comprometer seriamente a produtividade das lavouras, incluindo a cultura do milho, que hoje tem grande importância dentro do cenário econômico do país.
Por isso, o MIP (Manejo Integrado de Pragas) apresenta algumas estratégias que são eficazes no controle de pragas no campo, aliando diversas práticas agrícolas que, juntas, trazem resultados esperados quando o assunto é proteger o desenvolvimento das plantas.
No primeiro artigo da série sobre MIP – “Milho: manejo de pragas é essencial para obter bons resultados” – vimos que as estimativas para a cultura na safra 2021/22 são otimistas e que, quando o produtor utiliza de ferramentas integradas para controle de pragas no milho, os índices de produtividade podem atingir seu máximo potencial. Além disso, conhecemos algumas práticas essenciais que compõem esse manejo.
Neste segundo artigo, vamos conhecer quais são os pilares que compõem o manejo e como cada um deles é essencial no controle de pragas do milho.
Quais técnicas são essenciais no MIP?
O MIP organiza estratégias fundamentais no controle de pragas durante o ciclo da cultura, prevenindo que o ataque do complexo de pragas provoque grandes danos econômicos.
A partir do conhecimento sobre as pragas e de sua interação com o ambiente e com a cultura, é possível determinar o melhor momento e as melhores ferramentas para o controle. Nesse sentido, o MIP estabelece algumas técnicas, a seguir, destacamos as mais importantes:
Controle cultural
Independentemente da presença de pragas na lavoura, o controle cultural deve ser realizado de forma preventiva e permanente, a fim de reduzir a disponibilidade de alimento para as pragas, o que, consequentemente, evita uma alta pressão populacional ao longo do ciclo.
Entre as principais práticas aplicadas para o controle cultural estão a rotação de culturas, a destruição de restos culturais do plantio anterior, a escolha da época de plantio, a adoção de sistemas de cultivo como o plantio direto e a implantação da cultura no limpo.
Controle biológico
Alguns inimigos naturais são essenciais no controle de pragas, assim, é extremamente importante a preservação dessas espécies no sistema de cultivo. Atualmente, existem diversas ferramentas de controle químico, por exemplo as que são seletivas aos inimigos naturais, permitindo que o controle biológico possa ser integrado de maneira ainda mais eficiente no programa de manejo.
Controle comportamental
São métodos que se baseiam nos estudos de fisiologia dos insetos. Nesse quesito, podem ser utilizados feromônios, armadilhas e semioquímicos. Os feromônios podem agir para impedir o encontro entre machos e fêmeas, inviabilizando a reprodução das pragas. Também podem ser empregados em conjunto com armadilhas, para que os insetos sejam capturados para controle populacional.
Controle varietal
Outra medida adotada é o uso de variedades transgênicas como a tecnologia Bt, que expressa proteínas inseticidas importantes para o manejo de pragas dentro da lavoura. O controle varietal é muito usado nas culturas de soja, milho, algodão e cana-de-açúcar.
Controle químico
O controle químico é a principal medida no combate a pragas, principalmente quando atingem o nível de controle. Essa estratégia deve contemplar a seletividade, de modo que haja preservação dos inimigos naturais da praga, por isso, é de extrema importância que haja critério na escolha das melhores ferramentas, levando em consideração a necessidade de rotacionar moléculas com diferentes mecanismos de ação para evitar a seleção de espécies resistentes.
De mesmo modo, é preciso integrar eficientes tecnologias de aplicação, definidas a partir do conhecimento do estádio fenológico das plantas, para que o controle de pragas seja ainda mais assertivo.
Identificando pragas no campo
Para que o controle seja realmente eficaz, o produtor deve monitorar e identificar quais as principais características das pragas para definir uma estratégia com resultados superiores de controle contemplando as ações propostas pelo MIP.
Além disso, a escolha do inseticida ideal, respeitando o posicionamento correto do produto na lavoura e seguindo as recomendações de aplicação, é fundamental nesse planejamento, que deve ser acompanhado por um engenheiro agrônomo que vai recomendar as melhores soluções para compor esse manejo.
Não perca o terceiro e último artigo da série sobre MIP: “Milho: como identificar as principais pragas no campo?” Você vai conhecer quais são as características das principais pragas que atacam o milho e como o programa Operação Praga Zero, da Syngenta, tem contribuído para a produtividade das lavouras de todas as regiões produtoras do país.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.
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