Manter uma alimentação saudável e com produtos de qualidade é uma preocupação para uma grande parcela da população. O agronegócio, em especial o setor de hortifrúti, está diretamente ligado a isso, pois é no campo que começa a produção para levar mais saúde à sua mesa.
De acordo com a Embrapa, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas com 45 milhões de toneladas anuais, sendo que 65% são consumidas no mercado interno e 35% são destinadas ao comércio externo. Já o de hortaliças é diversificado e segmentado, seu volume de produção é distribuído entre diversas espécies.
As projeções para 2022 continuam positivas. No cenário da fruticultura, há previsão de um leve aumento na produtividade. Já na horticultura, se espera um aumento no próximo ano, recompensando em parte a redução nos anos de 2020 e 2021. Esse aumento de produtividade é concentrado no setor da indústria de tomate e batata, além de uma recuperação parcial em alface.
Entretanto, apesar das vantagens para a produção que são encontradas em solo brasileiro, alguns fatores, como as condições climáticas, são favoráveis ao desenvolvimento de diversas pragas no hortifrúti. O produtor tem que estar atento às ameaças e conhecê-las de perto.
As pragas que atacam as lavouras de batata e tomate
São inúmeras as culturas que são hospedeiras de diversos tipos de pragas, limitando de maneira significativa a produtividade caso não sejam manejadas adequadamente.
É o caso das culturas da batata e do tomate, que possuem uma participação significativa dentro do setor de hortifrúti, abastecendo tanto o mercado interno quanto o externo.
A ocorrência das pragas é motivo de grande preocupação entre os produtores rurais, já que elas acometem desde as raízes até as folhas e os frutos, afetando a qualidade e o rendimento final.
Entre as pragas que atacam a cultura da batata, as que ganham destaque são:
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Traça-da-batata (Phthorimaea operculella)
O inseto é um dos principais problemas da cultura da batata na maioria dos países produtores, em regiões em que o clima pode variar entre seco e quente durante todo o ciclo da cultura.
Phthorimaea operculella é uma praga de infestação cruzada, pois pode ser encontrada tanto no campo como nos armazéns, deteriorando as folhagens e os tubérculos. As perdas de produtividade podem ser superiores a 70%.
Na fase adulta, as fêmeas se abrigam nas folhas da batata e na vegetação ao redor para se proteger da luz durante o dia. Já à noite, as mariposas voam e ovipositam em restos vegetais presentes no solo, nas folhas e junto às gemas do tubérculo.
Cada fêmea pode ovipositar cerca de 300 ovos, com um tempo de incubação de 5 a 10 dias. Quando ocorre a eclosão, inicia-se a fase mais crítica em relação aos danos, pois, as larvas se alojam e se alimentam de diversas estruturas da planta pelo período de 10 a 20 dias.
Durante esse período, as lagartas mais jovens se alimentam das folhas, perfurando o parênquima, minando internamente os talos, causando perda de tecido foliar e a morte dos pontos de crescimento da planta.
Feito isso, as lagartas abandonam as folhas e começam a se alimentar de caules e tubérculos. Nos caules, podem perfurar as axilas foliares e os meristemas apicais. Já nos tubérculos, fazem galerias de tamanho e profundidade irregulares.
Como identificar? Basta verificar a presença de resíduos sobre o tubérculo, como um pó de serragem grudado em finos fios. O período larval dura cerca de 14 dias, transformando-se em crisálidas e, em torno de 20 dias, emergem os adultos.
Assim, o tempo necessário para o inseto completar um ciclo de vida é de 20 a 40 dias, uma vez que as condições climáticas influenciam muito na velocidade das fases. Quanto mais quente, mais rápido é o seu desenvolvimento, podendo ter mais de um ciclo do inseto durante o ciclo da cultura.
Danos: a traça-da-batata causa danos diretos, pois as larvas se alimentam das folhas, provocando a diminuição da eficiência fotossintética da planta, além de se alimentarem de raízes e estolões, reduzindo a capacidade produtiva. Ao se alimentarem dos tubérculos, afetam a quantidade e a qualidade da produção.
Controle: visto que os danos são expressivos para o desenvolvimento da cultura, é extremamente importante que o produtor adote diferentes estratégias de manejo. Entre elas, estão as práticas culturais, a rotação de culturas, o uso de inimigos naturais e o controle químico – vale lembrar que é imprescindível que esta última medida esteja integrada com as demais, visto que o monitoramento é essencial para nortear a tomada de decisão.
No caso da traça-da-batata, o controle químico ainda é o método mais utilizado com produtos de contato e/ou ingestão. Eles devem ser posicionados de acordo com a recomendação indicada na bula, lembrando sempre de realizar a rotação entre os grupos químicos para evitar a seleção de insetos resistentes.
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Mosca-minadora (Liriomyza huidobrensis)
Considerada uma praga de difícil controle, as larvas do gênero Liriomyza se alimentam do parênquima foliar, formando minas que prejudicam a fotossíntese das plantas e, consequentemente, impactam de maneira negativa a produção.
As fêmeas ovipositam no interior do tecido vegetal, em uma quantidade que pode variar de 200 a 500 ovos durante seu ciclo reprodutivo, em um período de quase 30 dias. As larvas migram para o caule e, principalmente, para o solo, permanecendo no estágio de pupa por até 15 dias. Os adultos vivem, em média, entre 10 e 20 dias.
Danos: ao se alimentar da folha, a mosca-minadora reduz a área fotossintética da planta, tornando-a suscetível à entrada de patógenos e causando secamento das folhas. Quando a infestação é intensa, pode provocar até mesmo a morte da planta, inviabilizando a produção.
Controle: adotar diferentes métodos para o controle da mosca-minadora, dentro dos princípios do MIP (Manejo Integrado de Pragas), é o meio mais eficiente e indicado. Além disso, é importante no manejo dessa praga optar por cultivares mais resistentes aos seus ataques e fazer o monitoramento (que pode ser realizado por meio de armadilhas).
Outro ponto fundamental, é que o produtor faça um levantamento do histórico de ocorrência da praga na área onde se deseja estabelecer a cultura.
A seguir, as principais pragas que comprometem a produção do tomate.
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Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta)
A traça do tomate é uma praga que está presente não só no Brasil, como também em diversos países pelo mundo, sendo conhecida realmente como uma praga global.
Considerada de difícil controle, ataca o tomateiro em qualquer período de desenvolvimento e durante o ano todo, formando galerias e comprometendo diversas estruturas das plantas. A traça-do-tomateiro se dissemina também em plantas hospedeiras presentes na lavoura.
Cada fêmea pode ovipositar de 55 a 130 ovos, durante 3 a 7 dias, principalmente nas folhas do terço superior da planta. Ao eclodirem, as larvas penetram no parênquima foliar, nos frutos ou nos ápices das hastes, onde ficam por até 10 dias, quando se transformam em pupas.
Os adultos são mariposas de cor cinza, marrom ou prateada e podem viver até uma semana. As traças adultas se espalham rapidamente, em um ciclo de cerca de 20 a 30 dias. Durante o dia, elas se escondem nas folhas do tomateiro ou de plantas hospedeiras. Nos períodos de manhã e fim de tarde, acasalam e ovipositam.
Danos: é na fase larval que a praga provoca danos. As lagartas formam minas nas folhas e se alimentam no interior delas, reduzindo a produtividade das plantas.
Em infestações severas, podem danificar totalmente as folhas do tomateiro, provocando o secamento dos folíolos e, consequentemente, a morte da planta. Além disso, facilitam a contaminação por patógenos, afetando o produtor no momento da comercialização do tomate, pois o fruto danificado perde valor.
Controle: é importante que o produtor integre as estratégias do MIP com armadilhas luminosas com feromônios, além de realizar o controle químico. Por ser uma praga de difícil controle, o produtor deve rotacionar os grupos químicos dos inseticidas para o manejo de resistência.
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Broca-pequena-do-fruto (Neoleucinodes elegantalis)
Esse inseto é visto como uma praga-chave na cultura do tomate. Isso por danificar as partes reprodutivas das plantas e, ainda, inviabilizar a comercialização dos frutos contaminados, pois apresentam a polpa destruída.
As fêmeas ovipositam nas flores, no pecíolo, nas sépalas e também nos frutos verdes. Após a eclosão, as lagartas penetram nos frutos, ficando por lá durante o seu desenvolvimento – aproximadamente 25 dias. Já no solo, transformam-se em pupas e abrigam-se em restos culturais, por exemplo.
Danos: essa praga ocorre geralmente em elevadas infestações, podendo reduzir a produção em até 90%, pela destruição e pelo apodrecimento dos frutos.
Controle: para o manejo eficaz da broca-pequena-do-fruto, é fundamental que seja realizado o monitoramento. Para isso, deve-se colher amostras para saber quando iniciar o controle químico, que é uma das medidas mais eficientes no controle dessa praga.
No controle químico, deve-se realizar mais uma vez a rotação de grupos químicos, para o manejo de resistência da praga aos inseticidas aplicados.
Mosca-branca: inimiga comum das principais culturas de hortifrúti
Até agora, falamos sobre as principais pragas que afetam as culturas de tomate e batata, mas sabia que elas possuem uma em comum? A mosca-branca. Essa praga afeta várias outras culturas, comprometendo a produtividade das lavouras.
A mosca-branca (Bemisia tabaci) é uma das principais pragas de importância agrícola, já que, por ser polífaga, se alimenta de diversas espécies vegetais, indo além das culturas de hortifrúti. É um inseto sugador, as fêmeas ovipositam de 100 a 300 ovos, colocados na face inferior das folhas jovens.
Quando na fase adulta, a mosca-branca suga toda a seiva da planta, retirando seus nutrientes e a água, e, ao mesmo tempo, injeta toxinas que reduzem o seu vigor.
Ao ter uma alimentação intensa, o inseto excreta uma substância que viabiliza a formação da fumagina, causada pelo fungo Capnodium sp. Essa substância forma uma camada escura, cobrindo toda a planta, dificultando a fotossíntese, provocando a desfolha e a redução de porte das plantas.
A praga ainda pode transmitir determinados tipos de viroses, especialmente nas culturas de tomate e feijão. Nos últimos anos, essa praga vem ganhando destaque e gerando cada vez mais preocupação aos produtores pela dificuldade de controle.
Com fácil disseminação, o produtor precisa tomar decisões rápidas e certeiras para manter o seu controle. O monitoramento é etapa essencial dentro de um programa de manejo integrado, servindo como base para que as melhores estratégias sejam implementadas.
Nessa linha, o controle químico se mostra como a principal ferramenta para o controle efetivo da mosca-branca. Vale lembrar que a eficiência desse método exige que as melhores ferramentas sejam utilizadas, levando em consideração o momento fenológico da cultura, a pressão das pragas e a tecnologia de aplicação.
A variedade de culturas no hortifrúti, aliada às diversas pragas que ocorrem em cada uma delas, torna o manejo ainda mais complexo. Felizmente, é possível contar com ferramentas que são multicultura e de amplo espectro, agregando mais facilidade e conveniência aos produtores.
Minecto® Pro: solução para diversas pragas em um único produto
Nas culturas do hortifrúti, a variedade de pragas que atacam a lavoura é um grande desafio para o produtor, já que os prejuízos causados dentro do campo podem atingir todos os estádios da cultura e impactar significativamente na produtividade e na rentabilidade da safra.
Atenta a isso, a Syngenta conta com um inseticida foliar de amplo espectro e multicultura: Minecto® Pro. Oferece aos produtores um novo patamar de performance, com uma solução altamente eficaz no controle de diversas pragas em várias culturas, como da batata e do tomate. Também soja, citrus, melão e uva.
Além disso, o inseticida Minecto® Pro, da Syngenta, conta com outras vantagens:
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Ação rápida e potente
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Amplo controle de múltiplas pragas, sem a necessidade de misturar produtos
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Ação translaminar, que permite melhor cobertura da planta e fornece controle estendido dos alvos
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Rápida absorção foliar
Confira os resultados de Minecto® Pro na cultura da batata:
Agora, na cultura do tomate:
A combinação de dois ingredientes ativos com diferentes mecanismos de ação – o ciantraniliprole e a abamectina, proporciona um controle diferenciado das pragas por contato e ingestão.
Os desafios fitossanitários que os agricultores enfrentam diariamente exigem a adoção de técnicas de manejo eficientes para minimizar as perdas de produção, garantir a rentabilidade e, ainda, reduzir o impacto ambiental e na saúde humana.
Com essa responsabilidade, a Syngenta segue inovando com tecnologias e conta com um portfólio de produtos completo para o manejo adequado da sua lavoura.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.
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