Você já encontrou desuniformidade do estande, grãos e espigas pequenas ou plantas atrofiadas em uma lavoura de milho? Embora sejam decorrentes de vários fatores, esses sintomas podem ser um forte indicativo da presença de nematoides na lavoura. 

Diferente de pragas que costumam ser fáceis de visualizar no campo, os nematoides têm sua presença notada, na maioria das vezes, quando os sintomas já estão comprometendo a safra. 

Por isso, saber identificar os sintomas, conhecer a área e se preparar para controlar esse inimigo oculto é indispensável para seguir alcançando altas produtividades no milho.

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Quais os sintomas da presença de nematoides no milho?

Os sintomas são diversos e podem ser variáveis conforme a espécie de nematoide predominante na área. Dessa forma, é fundamental listarmos alguns dos principais sintomas observados a campo, podendo classificá-los conforme o local de visualização.

Sintomas visíveis acima do solo:

  • estande desuniforme;
  • folhas atrofiadas e amareladas;
  • baixo vigor das plantas;
  • menor produção de grãos;
  • grãos de menor qualidade;
  • espigas menores e com falhas; 
  • grãos pequenos;
  • redução do tamanho do colmo;
  • altura e desenvolvimento irregulares das plantas.

Sintomas observados abaixo do solo:

  • formação de galhas nas raízes;
  • regiões necróticas no sistema radicular;
  • redução da absorção de água e nutrientes;
  • pouca profundidade de raízes;
  • baixo desenvolvimento das raízes adventícias e, com isso, menor ramificação.
Raízes de milho severamente afetadas por nematoides. Fonte: University of Nebraska.

Todos esses sintomas podem ocorrer e serem observados simultaneamente na lavoura, resultando em baixas produtividades e menor retorno financeiro. Como esses organismos vivem no solo e sua movimentação é relativamente lenta, normalmente esses sintomas se apresentam em reboleiras, deixando visíveis manchas em diversas áreas da lavoura.

Lavoura de milho com danos de nematoides em reboleiras. Fonte: University of Nebraska.

E o que torna essa situação ainda mais preocupante é a capacidade de permanência dos nematoides na área, gerando prejuízos cumulativos nas safras seguintes, já que as populações das espécies tendem a aumentar ao longo do tempo. Assim, o potencial de danos dos nematoides não se restringe apenas ao milho, mas também pode comprometer a soja, o algodão, ou outras culturas a serem implantadas na área nos anos subsequentes.

Os danos assustam e, diante desse desafio, é imprescindível conhecer as características e o hábito de crescimento que fazem desse inimigo um grande obstáculo para a agricultura brasileira e mundial.

Nematoides: espécies, características e ciclo de vida

É importante considerarmos que existem diferentes espécies desses microrganismos microscópicos (até 4 mm de comprimento e 0,05 mm de diâmetro, aproximadamente) com potenciais de danos ao milho e às demais culturas. Entre as mais conhecidas, podemos citar:

  • nematoide-das-lesões (Pratylenchus zeae, P. brachyurus, e P. jaehni);
  • nematoide-das-galhas (Meloidogyne incognita e M. javanica).

Cada uma dessas espécies possui algumas características distintas de danos e ciclo de vida, o que muitas vezes pode ser decisivo no momento de identificação no campo. Porém, todos eles precisam de um hospedeiro para sobreviver e, por isso, são considerados biotróficos, além de serem organismos multicelulares e habitantes naturais do solo.

O ciclo de vida dos nematoides é formado pelas fases de ovo, juvenil e adulto e a duração do ciclo depende de vários fatores, incluindo a espécie. O nematoide-das-lesões, por exemplo, pode completar seu ciclo de 25 a 50 dias, enquanto o nematoide-das-galhas consegue produzir ovos e finalizar seu desenvolvimento em até 28 dias.

Além disso, o local onde se alimentam e se desenvolvem classifica-os em endoparasitas e ectoparasitas. As espécies endoparasitas são capazes de entrar nas raízes das plantas, se desenvolverem, colocarem seus ovos e se alimentarem dos tecidos do vegetal. Já os nematoides chamados de ectoparasitas, costumam ser maiores que o outro grupo, e se alimentam de células das raízes próximas da superfície, sem estarem completamente inseridos na planta.

Ambas as espécies que mais frequentemente causam danos no milho, o nematoide-das-lesões e o nematoide-das-galhas, são consideradas endoparasitas. 

Outra importante característica dos nematoides está relacionada ao seu hábito de movimentação. Alguns organismos podem ser sedentários, o que significa que passam a vida praticamente imóveis, ou migratórios, indicando que podem se movimentar no interior das raízes e retornar ao solo.

Também existem diferenças entre machos e fêmeas em algumas espécies. No caso do nematoide-das-galhas, a fêmea adulta tem um formato mais arredondado, circular, enquanto o macho é caracterizado por sua forma longa e estreita, lembrando o formato de um fio, ou uma corda.

Diferenças visuais de machos e fêmeas de Meloidogyne incognita. Fonte: Kavitha et al. 2011.

A população dos nematoides no solo pode ser bastante variável e influenciada por diversos fatores, entre eles, as condições ambientais, o tipo de solo e as espécies de plantas potencialmente hospedeiras. Embora sejam biotróficos, os nematoides conseguem permanecer no solo por longos períodos até encontrarem condições favoráveis para seguirem se desenvolvendo.

Diferentes características de solo, por exemplo, podem facilitar ou beneficiar algumas espécies de nematoides em detrimento de outras. O nível de atividade microbiológica de um solo pode representar maior ou menor interferência dos nematoides no cultivo do milho, assim como seu teor de matéria orgânica e porcentagem de argila.

Além dos atributos do solo, as condições climáticas também podem interferir diretamente na biologia dos nematoides. Cenários de alterações nas temperaturas e na quantidade de precipitações podem influenciar na presença e na reprodução desses organismos.

Em condições favoráveis, a fêmea pode depositar centenas de ovos e vários ciclos de vida podem ocorrer numa mesma safra, aumentando consideravelmente sua população.

Todas essas informações devem ser consideradas ao pensar em estratégias de controle de nematoides.

Como controlar os nematoides?

Uma lavoura bonita e produtiva exige atenção e dedicação do produtor. E, junto disso, algumas importantes práticas devem ser implementadas, buscando sempre priorizar o manejo integrado.

O controle dos nematoides passa por uma detalhada observação da lavoura, além do conhecimento do histórico da área, as práticas comumente adotadas, as espécies vegetais cultivadas e as características ambientais que podem diferenciar um cultivo do outro. 

Importante ressaltar que, devido às características desses organismos, o controle deve ser pensado a longo prazo, pois os inimigos ocultos dificilmente serão completamente erradicados da área e o mais viável é trabalhar com manejo populacional.

Nesse sentido, diferentes estratégias devem ser adotadas em conjunto, visando atuar em diferentes frentes para minimizar os danos causados pelos nematoides. Entre as mais importantes, está o monitoramento.

É necessário realizar inspeções visuais periódicas no campo, prestando atenção no desenvolvimento das plantas e em possíveis suspeitas a partir dos primeiros sinais encontrados. Com o intuito de facilitar a identificação dos sintomas, já existem diversas tecnologias de mapeamento, como softwares e equipamentos que permitem um monitoramento mais preciso e ágil. 

Em situações que exigem uma alta confiabilidade quanto à espécie dominante na área, é recomendado que se realizem coletas de solo nas regiões de maior dano na lavoura para serem analisadas em laboratórios registrados.

Medidas preventivas de limpeza de equipamentos e ferramentas, ao trocar de área ou talhões, são outras ações importantes. Embora não visíveis a olho nu, os nematoides podem acabar ficando aderidos às peças dos maquinários e, sem a intenção do produtor, serem propagados para outras áreas que ainda não possuem infestações. 

A prática de rotação de culturas também é indispensável para um bom manejo contra os nematoides. Apesar desses organismos conseguirem se hospedar em uma vasta diversidade de espécies vegetais, a rotação de culturas pode ser mais uma aliada para diminuir ou manter em baixos níveis a população de algumas espécies.

O tratamento de sementes também é outra opção disponível ao produtor. Ao fazer uso de nematicidas, as sementes adquirem maiores chances de desenvolvimento e, ao longo do tempo, a população dos nematoides pode reduzir significativamente. Entre as opções disponíveis, é importante contar com um biológico de múltiplas funcionalidades.

ARVATICO® para uma lavoura fortemente protegida

O controle de nematoides no milho exige um produto com grandes diferenciais. Para o produtor que busca fácil manuseio e compatibilidade com produtos químicos, a formulação biológica de ARVATICO® promove proteção superior e praticidade, pois seu uso é tranquilamente aplicável no tratamento de sementes e em sulco

É uma solução bionematicida e biofungicida com potencial de ser facilmente adotada nos processos de manejo já rotineiramente realizados na lavoura é sinônimo de produtividade com sustentabilidade. 

Por que usar um biológico?

Utilizar um produto biológico pode ser mais vantajoso do que se imagina. Ao introduzir ARVATICO® na lavoura, as plantas permanecem protegidas por mais tempo e com raízes biologicamente fortalecidas.

Além disso, os produtos biológicos podem potencializar o efeito dos defensivos e estender a durabilidade das tecnologias químicas, pois diminuem as chances de seleção de organismos resistentes aos princípios ativos.

Composto por Bacillus velezensis, essa solução age no campo por meio dos metabólitos  fengicina e plantazolicina, produzidos pela bactéria.

A ação bionematicida de ARVATICO® age de diferentes maneiras no patógeno, com barreiras físicas e químicas que interrompem o ciclo de vida de diferentes espécies de nematoides, de forma natural e sustentável:

  • inibe a eclosão dos ovos;
  • controla os organismos na fase juvenil;
  • cria um biofilme nas raízes, dificultando a penetração pelos nematoides;
  • causa desorientação do patógeno.

A eficiência de ARVATICO® é comprovada e recomendada para diferentes espécies de nematoides:

  • Meloidogyne incognita e M. javanica;
  • Heterodera glycines
  • Pratylenchus brachyurus;
  • Rotylenchulus reniformis.

Mas sua ação de controle não se limita a esse grupo de patógenos.

Ação além dos nematoides

A Syngenta desenvolveu ARVATICO® para ser um produto de múltiplas funções. Ao tratar as sementes com esse biológico, o produtor também terá proteção contra importantes fungos fitopatogênicos:

  • Fusarium solani, agente causal da fusariose
  • Rhizoctonia solani, patógeno responsável pelo tombamento;
  • Macrophomina phaseolina, fungo que causa a podridão-cinzenta-do-caule.

Os mecanismos biofungicidas de ARVATICO® inibem a germinação de esporos e interrompem o crescimento micelial, além de competir por espaço e recursos. Tudo isso como resultado da biossíntese de enzimas e compostos antimicrobianos. 

E o produto fica ainda mais completo por possuir fito-hormônios promotores do crescimento, resultando em plantas com maior volume radicular o que, por sua vez, permite maior absorção de água e nutrientes. O efeito final é um bom estande de plantas com parte área bem desenvolvida.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

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