Com o início do período chuvoso nos principais estados produtores, o controle do Sphenophorus levis na cultura de cana-de-açúcar merece atenção. A praga – que se desenvolve na soqueira, dificilmente é atingida pelos inseticidas e sobrevive nas palhadas após a colheita – pode levar a perdas entre 80 e 90% da produção, o que pode significar um prejuízo de cerca de R$ 2 bilhões por ano.

Por conta de seu alto grau de devastação e pela importância da cana-de-açúcar no agronegócio brasileiro, é preciso redobrar a atenção e investir em ferramentas que proporcionem resultados eficazes e de forma rápida.

O Brasil é o maior produtor de cana do mundo, título conquistado por dois anos seguidos. A estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para a safra 20/21 é de uma produção de 642,1 milhões de toneladas, devendo ser produzidos cerca de 39,3 milhões de toneladas de açúcar, um aumento de 32% em relação ao exercício anterior.

De maneira geral, a produtividade média nacional estimada é de 76.348 kg/ha, representando um aumento de 0,3% em relação ao valor final obtido na safra 19/20.

Além disso, as condições climáticas têm sido favoráveis na maioria das regiões produtoras, o que auxilia na expectativa do crescimento no rendimento médio em comparação ao período anterior. Os investimentos em tecnificação e as melhorias de manejo também colaboram para o alcance de maiores produtividades.

Sphenophorus levis: uma praga conhecida nos canaviais

A cana é considerada uma cultura semiperene. Com um ciclo reprodutivo que pode durar cerca de cinco anos, o uso de tecnologias na lavoura é de extrema importância para que pragas como o Sphenophorus levis e também a cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata) não a enfraqueçam.

Conhecido também como bicudo-da-cana ou gorgulho-da-cana, o Sphenophorus levis é capaz de destruir até 30 toneladas de cana-de-açúcar por hectare. Além disso, pode levar à morte de 50 a 60% dos perfilhos entre 6 e 7 meses. Com uma vida duradoura, sobrevivendo por mais de 240 dias, ele se multiplica por várias gerações no ano e está presente em todo o ciclo da cultura.

Na fase da postura de ovos – que ocorre na base dos colmos, parte nobre da cana, onde há mais açúcar –, ele se prolifera com grande rapidez. As larvas são brancas e enrugadas, e abrem galerias nas plantas com grande facilidade nos rizomas abaixo do solo, onde se alimentam e se abrigam, atacando os colmos da cana e destruindo os tecidos da planta.

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Seu ataque pode ser visto através da presença de serragem fina e do amarelamento e da seca de folhas e perfilhos jovens, causando a diminuição do número, tamanho e diâmetro dos colmos para a colheita.

Além disso, pode ocorrer morte da planta e, ainda, falhas na brotação das soqueiras, levando à redução da produtividade, qualidade da matéria-prima e longevidade do canavial.

Já adulto, o Sphenophorus levis torna-se um besouro que mede aproximadamente 15 mm de comprimento, com coloração marrom, causando prejuízos diretos, como a destruição das raízes e dos toletes, e afetando diretamente a germinação e, consequentemente, o desenvolvimento da cana-de-açúcar.

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Cigarrinha-das-raízes: outra vilã da produtividade

Assim como o Sphenophorus levis, a cigarrinha-das-raízes é uma ameaça para o canavial e, se não controlada com antecedência, pode causar danos irreparáveis à produção.

Suas infestação tem início, geralmente, em setembro e outubro, de acordo com o início das chuvas, podendo estar presente no canavial até março do ano seguinte

Essa praga, que se desenvolve por até três gerações durante um ano, pode, em casos mais severos, ocasionar perdas de até 50% em THC.

A cigarrinha é encontrada em praticamente todas as regiões canavieiras do Brasil, sendo que, no Estado de São Paulo, tornou-se uma praga relevante.

O macho é de coloração vermelha com algumas faixas pretas longitudinais no dorso. Já a fêmea apresenta as mesmas características, mas é marrom-escura.

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A praga põe ovos nas bainhas secas ou sobre o solo, próximo ao colmo da planta (98% dos ovos na linha). As formas jovens fixam-se nas raízes, de onde sugam a seiva.

A infestação da cigarrinha-da-raiz é identificada pela presença de uma espuma esbranquiçada semelhante à espuma de sabão, na base da touceira. Os adultos vivem na parte aérea da planta, sugando os colmos.

Entre os prejuízos que causa, estão:

  • extração de grande quantidade de água e nutrientes das raízes pelas ninfas;
  • redução do teor de açúcar nos colmos;
  • aumento do teor de fibras;
  • aumento dos colmos mortos, o que diminui a capacidade de moagem;
  • aumento do teor de contaminantes, o que dificulta a recuperação do açúcar e inibe a fermentação.

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Controle rápido e proteção para a lavoura: nunca foi sorte!

Com o começo do período de chuva, o agricultor deve redobrar sua atenção em relação a pragas como o Sphenophorus levis e a cigarrinha-das-raízes. Isso porque essa condição climática favorece o aumento do canavial e, com isso, alguns insetos iniciam o ataque.

Devido ao fato de ser uma cultura semiperene, o uso de inseticidas cortando as soqueiras é apontado como uma boa opção de controle dessas pragas, que têm seus picos de larvas e pupas entre os meses de julho a outubro.

Nesse sentido, a Syngenta conta em seu portfólio com Engeo Pleno® S, inseticida de ação superior no controle do Sphenophorus levis e outras pragas da cultura da cana, como a cigarrinha-das-raízes.

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Com sua exclusiva tecnologia Zeon, as microcápsulas com a formulação são liberadas gradualmente e, assim, ficam mais tempo em contato. Além disso, o produto conta com alta solubilidade, o que contribui para a aplicação mais conveniente.

Engeo Pleno® S é um inseticida com performance superior aos produtos já conhecidos no mercado e protege o canavial nos diferentes estádios de desenvolvimento.

 

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