A cana-de-açúcar tem grande importância no cenário nacional, devido a destinação, principalmente, para a atividade sucroalcooleira

Para a safra 2022/23, embora a produção total da cultura esperada seja 1% inferior em comparação à safra passada, correspondendo a 572.874,9 mil toneladas, a produtividade estimada da cultura é animadora. 

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento)  prevê aumento de 1,6% em relação à safra anterior, correspondendo a 70.484 kg/ha.

No entanto, para que esta produção e produtividade sejam plenamente alcançáveis, diversos fatores devem estar alinhados durante todo o ciclo da cultura.

Fatores limitantes para a produção de cana-de-açúcar no Brasil

Dentre os fatores que limitam a produção da cultura e, consequentemente a sua produtividade estão os fatores abióticos, como déficit hídrico ou excesso de precipitações pluviométricas, combinados com baixas ou altas temperaturas (abaixo de 20 e acima de 35ºC), queda de granizo, dentre outros; e fatores bióticos como incidência de pragas, doenças e plantas daninhas, que podem reduzir significativamente o potencial produtivo da cultura.

Dentre os fatores bióticos, as plantas daninhas podem reduzir e interferir em importantes componentes de produtividade da cultura, como a população de plantas por área, bem como interferir no alongamento, e consequente aumento da altura e circunferência dos colmos, o que impacta diretamente no seu peso.

Por isso, o controle de plantas daninhas nas áreas de cultivo é fundamental para um desenvolvimento saudável da cultura.

Impacto de plantas daninhas no cultivo da cana-de-açúcar 

O impacto das plantas daninhas na área de cultivo não se dá somente pela competição por recursos (água, nutrientes, luz, espaço e gás carbônico), embora esta represente cerca de 95% do processo de interferência. 

herbicida cana

Há ainda efeitos como:

  • sombreamento: reduzindo o processo fotossintético e, por consequência, a produção de carboidratos utilizados no metabolismo e acúmulo de reservas;
  • dinâmica do banco de sementes: além da germinação das plantas daninhas ocorrer em diferentes épocas do ano e de forma não sincronizada, estas podem permanecer viáveis no solo por vários anos, sendo necessário que anualmente sejam controladas.

Épocas de maior interferência das plantas daninhas na cana-de-açúcar

Devido às características da cana, a cultura requer o controle de plantas daninhas em diferentes épocas do ano, que coincidem com condições climáticas e estádios de desenvolvimento diferentes, são estes:

  • O período de transição semisseca, que ocorre entre os meses de abril e maio, quando o crescimento vegetativo da cultura é mais lento e por tanto, o fechamento das entrelinhas é dificultado, favorecendo a emergência das plantas daninhas presentes no banco de sementes do solo.
  • Do mesmo modo,  a época de transição semiúmida, que corresponde aos meses de setembro e outubro, quando a combinação de períodos úmidos com temperaturas elevadas favorece o desenvolvimento de diversas espécies de plantas daninhas, também é um momento que exige o controle, para evitar a matocompetição.

Desta forma, faz-se necessário o uso de herbicidas que possibilitem o controle em ambas as épocas e que possuam amplo espectro, realizando o controle de gramíneas e de folhas largas.

A interferência das plantas daninhas pode reduzir consideravelmente a produção de colmos e de fibra, ultrapassando 90% de perdas, principalmente quando a interferência ocorre nas fases iniciais de desenvolvimento da cultura, por isto, o controle de plantas daninhas é indispensável.

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No entanto, para o controle adequado e a escolha da melhor opção em relação às condições da cultura e da área de cultivo, diversos fatores devem ser observados. Conheça a seguir os quatro principais!

4 Pilares considerados no manejo de herbicidas pré-emergentes

1. Identificação da flora daninha dominante e histórico de infestação da área

Inicialmente é necessário que um levantamento das daninhas presentes na área seja realizado. 

A identificação correta das espécies de ocorrência e o seu apontamento para a construção de um histórico de infestação da área é essencial, para que seja feita a escolha do herbicida mais adequado.

Vale ressaltar que diversas daninhas podem estar presentes na área de cultivo, no entanto, geralmente quatro a cinco espécies compõem 90% da flora, sendo, então, consideradas as dominantes.

2. Listagem dos herbicidas para controle das espécies identificadas e suas características físico-químicas

Após o levantamento das espécies daninhas que estão presentes na área, a seleção dos herbicidas que exercem o controle destas deve ser realizada.

Para facilitar o processo, o produtor ou técnico pode ainda listar os herbicidas em função:

  • Nome comercial e técnico;
  • Características físico-químicas: 
    • Solubilidade (Sw): quanto menor for o valor, menor é a solubilidade do herbicida em água e maior a aderência ao alvo;
    • Coeficiente de partição octanol/água (Kow):  relacionado com a aderência do produto às folhas ou palha. Herbicidas com baixo Kow são solúveis em água e possuem menor aderência;
  • Coeficiente de sorção padronizado para carbono orgânico (Koc): indica a tendência do herbicida ser adsorvido (adesão física de íons e moléculas na superfície de outra molécula) ao carbono orgânico disponível no solo;
  • Constante de ionização em meio ácido (pKa): relacionado com a acidez do herbicida e a sua dissociação com a água. 

No entanto, a escolha final dependerá ainda dos passos seguintes.

3. Monitoramento do regime pluviométrico previsto para o momento e após a aplicação

O histórico das condições climáticas deverá ser observado. 

Além disso, as previsões para os três meses subsequentes à aplicação interferem diretamente na escolha do herbicida, pois existem características físico-químicas adequadas a determinadas condições, principalmente ausência de umidade ou excesso de água no solo, que podem influenciar no controle alcançado.

4. Dose de herbicidas de acordo com a textura do solo: argilosa, média ou arenosa

A textura do solo interfere na dose necessária para o controle. Em solos arenosos, por exemplo, recomenda-se usar doses menores. Em contrapartida, solos argilosos requerem doses maiores. 

Isto ocorre devido ao fato da matéria orgânica ser o principal fator de retenção dos herbicidas em camadas superficiais e os solos argilosos, além de maior teor de argila, possuem maiores quantidades de matéria orgânica do que os solos arenosos.

Lembre-se sempre de consultar um profissional, bem como as informações da bula do produto para definição da dose, sem ultrapassar a dose recomendada pelo fabricante.

O resultado final: escolha das moléculas mais adequadas quanto à seletividade, espectro de ação e residual

Além de exercer controle satisfatório das plantas daninhas presentes na área, o herbicida precisa permitir o desenvolvimento adequado da cultura de interesse, sendo necessário, portanto, que este seja seletivo.

Outra característica desejável e que deve ser observada é o espectro de ação, uma vez que os custos de produção da cultura são elevados, e entradas desnecessárias na área podem ser evitadas utilizando um herbicida que tenha capacidade de controlar diferentes espécies de plantas daninhas.

Por isso, um bom herbicida deve ser de amplo espectro e longo residual de ação, otimizando os recursos, evitando problemas de misturas no tanque e contaminação, conferindo controle por mais tempo.

No entanto, vale lembrar, que a falha em algum dos pontos anteriores, incluindo na escolha do herbicida, pode comprometer o controle. 

O correto manuseio dos herbicidas é indispensável, a fim de evitar controle ineficiente ou até mesmo o surgimento de biótipos resistentes.

herbicida cana

Grover®: o pré-emergente aliado no controle de plantas daninhas da Syngenta

Grover® é um gramínicida de amplo espectro de ação que controla diferentes espécies de plantas daninhas. 

O pré-emergente une duas moléculas de diferentes grupos químicos:

  • s-metolacloro (cloroacetanilida – K3) e;
  • hexazinona (triazinona – C1). 

Devido a união dessas duas moléculas, Grover® proporciona período residual longo, controlando e mantendo o canavial livre das plantas daninhas por mais tempo.

Possui ação de controle sobre:

  • plantas daninhas de folhas estreitas:
    • Capim-braquiária (Brachiaria decumbens) – perene;
    • Braquiarão (Brachiaria brizantha) – anual;
    • Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) – anual;
    • Capim-colchão (Digitaria horizontalis) – anual;
    • Capim-colonião (Panicum maximum) – perene;
    • Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) – anual;
  • plantas daninhas de folhas largas:
    • Guanxuma (Sida rhombifolia) – anual/perene
    • Corda-de-viola (Ipomea grandifolia, Ipomea quamoclit, Ipomea nil) – anual.

Grover® é um herbicida altamente seletivo para a cana-de-açúcar. Pode ser aplicado em área de cana planta e de cana soca, e em ambos os períodos críticos correspondentes a transição semisseca e semiúmida, apresentando portanto, alta flexibilidade quanto ao período de aplicação. 

Devido à união de duas moléculas potentes, sua ação se dá em espécies de gramíneas, por meio do coleóptilo e em folhas largas por meio do hipocótilo (para s-metolacloro). Este herbicida atua ainda na gema terminal (para hexazinona), inibindo o crescimento das espécies de daninhas.

 

A formulação suspoemulsão também é um diferencial do herbicida Grover®, garantindo alta compatibilidade entre as moléculas.

Outra característica desejável pelos produtores que está presente no herbicida Grover® é a sua capacidade em atingir diferentes profundidades do solo, eliminando as sementes de plantas daninhas presentes no banco de sementes, protegendo a cultura da cana por mais tempo.

Veja os depoimentos de quem já utilizou e aprovou o Grover®:

 

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