A mancha-de-phoma (Phoma spp.) é uma doença que causa grande impacto econômico para a cultura do café, sobretudo em regiões mais elevadas, com altitudes acima de 900 metros.
Isso porque a ocorrência do patógeno está relacionada a alguns fatores climáticos, como baixas temperaturas e ventos frios. Além disso, a umidade relativa do ar mais alta contribui para que a doença evolua de forma mais veloz, dificultando o manejo e prejudicando a produtividade da lavoura.
Outubro foi um mês bastante chuvoso em várias regiões do país. Por isso, é importante que os cafeicultores atentem-se à presença de doenças nos cafeeiros no período pós-florada assim como muitos agricultores do sul de Minas Gerais já identificaram a ocorrência da mancha-de-phoma em nas suas lavouras e passaram a adotar medidas a fim de evitar a queda de produtividade.
Aqui você confere as principais informações sobre essa doença e as medidas de controle para impedir prejuízos na lavoura.
Sintomas da mancha-de-phoma
Esta é uma doença de fácil identificação, pois se inicia pelos ponteiros e pode ser vista nos três primeiros pares de folhas. Posteriormente, ela evolui para toda a estrutura dos ramos, fazendo com que percam o potencial produtivo para a safra atual e para as seguintes.
Esses sinais se caracterizam pela formação de lesões rugosas e de coloração escura e seus sintomas podem ser observados nas folhas e nos ramos das plantas, bem como em suas estruturas reprodutivas.
É importante destacar que, quanto mais novas forem as folhas, mais suscetíveis estarão ao rompimento, criando uma porta de entrada para que o patógeno se instale e comece a evoluir, causando danos preocupantes para os produtores.
Danos provocados pela doença
A mancha-de-phoma pode causar diversos danos aos cafezais, como a desfolha – que dificulta o processo de fotossíntese da planta – e a queda dos chumbinhos, que prejudica diretamente a formação dos frutos. Nos casos em que ela ocorre na fase pré-florada, a doença pode chegar a comprometer totalmente a floração do plantio.
Além disso, pode provocar a mumificação e queda dos chumbinhos, gerando impactos negativos no potencial produtivo das lavouras.
Como realizar o controle da doença?
Esta é uma doença muito preocupante, pois a partir do momento em que ela ataca e promove a destruição dos tecidos das plantas, as medidas para o seu controle tornam-se ineficazes. Dessa forma, a doença evolui e se desenvolve nos ramos que estão em decomposição.
Por esse motivo, é necessário impedir a sua evolução e proteger tanto os ramos quanto as folhas que ainda não foram atacados a partir do controle preventivo, por meio de pulverizações nas fases pré e pós-florada nas lavouras.
Sobre essa medida, Luis Fernandes, DTM da Syngenta, explica que os produtores enfrentaram algumas dificuldades no período de pré-florada. No entanto, afirma que, mesmo com esses desafios, ainda é possível adotar a aplicação de fungicidas na etapa pós-florada.
“Sabemos que os desafios com as pulverizações, na fase do pré-florada, foram muito grandes, pois o excesso de chuva atrapalhou as atividades operacionais dentro da fazenda. Porém, se o produtor perdeu o pré-florada, ele pode fazer agora o controle pós-florada”.
O engenheiro agrônomo destaca que, com essa medida, o cafeicultor “consegue proteger os chumbinhos e os ramos que estão saudáveis e que ainda não receberam o ataque da doença”.
Ainda, Fernandes acrescenta que, apesar da continuidade das chuvas, da queda de temperatura e da intensidade dos ventos, o produtor pode adotar medidas para controlar a mancha-de-phoma.
“Se, porventura, continuarmos com essas chuvas, as temperaturas caírem e tivermos a entrada dos ventos, certamente as condições climáticas continuarão favorecendo a evolução dessa doença. Mesmo assim, há a oportunidade de o produtor fazer alguma coisa”.
Em relação às soluções para o manejo da mancha-de-phoma, o engenheiro agrônomo explica:
“Existe uma gama de fungicidas especializados para o controle dessa doença. De maneira geral, o produtor pode trabalhar com fungicidas que tenham uma associação de ingredientes ativos diferentes, por exemplo, um triazol e uma estrobilurina. Ao utilizar essa ação, ele consegue não só proteger a planta, como também proporcionar uma ação curativa inicial no local onde a phoma está atacando”.
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