Especialistas destacam importância do manejo adequado ao longo do ciclo

A jornada do café é extensa, incluindo manejos e métodos que fazem toda a diferença ao final do processo. Desde a florada que dá início a um novo ciclo, a planta demanda uma série de cuidados essenciais que impactam na qualidade do grão e no sabor da bebida. 

As principais espécies de café no Brasil são: Arábica e Robusta. E, apesar de demandarem temperatura e clima completamente opostos, o cultivo de ambas as variedades necessita de um manejo cuidadoso para o desenvolvimento dos grãos.

Tratos culturais específicos: por quê?

O café passa por fases diferentes até atingir seu ponto de maturação, e em cada uma delas necessita de uma atenção específica. Os meses de setembro e novembro marcam o início de um novo ciclo, com a chegada da florada. O cafeeiro se enche de flores brancas, que trazem além de um perfume, a necessidade de um manejo adequado contra doenças que atacam a planta nesse período. A Mancha de Phoma, Cercosporiose e a Tracnose formam um complexo que pode causar grandes prejuízos no potencial produtivo da lavoura.

Florada do café – Carmo da Cachoeira – MG (2022)

Abertura das flores e o início do ciclo produtivo do café

Uma das grandes dificuldades para o controle desse complexo é a janela curta para proteção da planta. 

“Por isso, sempre indicamos as aplicações nas fases de pré-florada e também na pós-florada. Evitando esse complexo, reduzimos a possibilidade de danos futuros”, explica o Desenvolvimento Técnico de Mercado da Syngenta, Felipe Borges. Ainda na temporada de flores pelo cafeeiro, as aplicações Via Drench reforçam a proteção contra a ferrugem, bicho-mineiro e cigarra. Entre os meses de outubro e novembro, as aplicações se fazem extremamente necessárias.

Cuidados com o pegamento

O período de pós-florada é muito importante, afinal, se trata da fase de pegamento dos grãos, os chamados “chumbinhos”. Precisamente 60 dias após o surgimento das flores, a broca do café começa a perfurar os frutos.

Momento em que os grãos começam a surgir em brotos menores 

“Esse é um momento importante para monitorar e identificar se vai ser necessário ou não intervir com o controle químico. O mês de dezembro também é o período para lembrar da pulverização de controle da ferrugem do cafeeiro, que causa a desfolha e é uma das principais doenças do café”, ressalta Felipe.

Manejo para as fases da colheita do café

Pré-colheita, colheita e pós-colheita, todas as etapas necessitam de atenção e cuidado em campo.  O período que antecede a colheita, costuma ser marcado pelos maiores problemas fitossanitários possíveis. Em regiões mais quentes e secas, há dificuldades com o bicho-mineiro nesse período. 

“Estamos falando da fase final onde essas pragas e doenças evoluem rapidamente. Por isso, os tratos culturais precisam estar todos em dia, para não ser necessário nenhuma reentrada na lavoura”, destaca Felipe.

O bicho-mineiro é considerado uma das piores pragas do cafeeiro

Já durante a colheita, a atenção com o bicho-mineiro e a ferrugem tardia continuam. “Nesse momento o produtor não quer ter que entrar na lavoura, por isso todos os outros manejos preventivos, no tempo adequado, são essenciais”, diz Felipe.  

E após a colheita, o trabalho em campo continua. A  Nucofee, assim como em todas as etapas, acompanha os processos que levam até a comercialização do café. 

Do campo para o laboratório

As etapas de processamento que consistem na lavagem, seleção dos frutos, despolpamento e secagem, refletem a extensão do trabalho realizado ao longo do ciclo nas lavouras.

No procedimento de torra e classificação desses cafés, a Nucoffee também é atuante. As análises físicas e sensoriais realizadas no laboratório, reforçam as técnicas propostas em campo para o produtor. O processo de classificação e análise segue o método SCA, com o intuito de detectar todos os atributos de cada lote.

As análises e acompanhamentos do time de Nucoffee ocorrem junto do cafeicultor

“Assim que as amostras chegam, identificamos e codificamos os lotes para que sigam para análises de forma que não tenhamos nenhum tipo de influência em nossas avaliações; e essas são feitas de acordo com o método SCA e, se tivermos qualquer ponto de dúvida, voltamos com o lote para uma nova análise para que tenhamos total segurança em nossas avaliações”, explica o Gerente de Marketing para cultura do café da Syngenta, Tiago Freitas.

Os cafés premiados na casa são os cafés que atingem pontuações especiais de 81 para cima. E após esse trabalho rigoroso na classificação desses cafés, a etapa de comercialização Nucoffee também busca os melhores mercados para cada perfil, ajudando o produtor a concluir o trabalho de todo um ciclo.  

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável. Confira a central de conteúdos Mais Agro para ficar por dentro de tudo o que está acontecendo no campo.