A mancha-foliar no milho representa um dos maiores desafios fitossanitários da agricultura moderna, comprometendo não apenas a produtividade, mas também a qualidade dos grãos e a rentabilidade do produtor. Também conhecida como helmintosporiose, ela ganhou relevância nas últimas décadas em razão de condições climáticas favoráveis ao patógeno e práticas agrícolas intensivas.

Além dos danos diretos, os custos indiretos para o controle dessa doença foliar do milho oneram o manejo e pressionam a sustentabilidade econômica, especialmente para pequenos e médios produtores. Nesse cenário, estratégias integradas, que combinam inovação e manejo preventivo, emergem como soluções essenciais. Entre elas, os biofungicidas ganham destaque por sua capacidade de atuar em sinergia com métodos tradicionais.

Ao longo deste artigo, abordaremos desde o impacto econômico da mancha-foliar no milho até as características principais dessa doença. Discutiremos ainda as causas por trás da doença e exploraremos estratégias de controle  inovadoras capazes de se integrar ao manejo, como o uso de biofungicidas. Continue a leitura para descobrir como proteger sua lavoura! 

A mancha-foliar no milho e seus impactos econômicos

As manchas foliares são desafios históricos na cultura do milho, com registros de surtos devastadores desde a década de 1970, como a crise causada por Bipolaris maydis (mancha-de-bipolaris-do-milho) nos EUA, que destruiu lavouras inteiras. No Brasil, doenças como a mancha-de-helmintosporiose ganharam relevância nas últimas décadas com a expansão do  cultivo de milho no país, prática que influenciou a sobrevivência e a incidência desses patógenos no campo.

Os danos econômicos das manchas foliares, em geral, são multifacetados: além de reduzir a produtividade – com perdas superiores a 30% em híbridos suscetíveis –, as manchas foliares podem comprometer a qualidade dos grãos. Grãos ardidos ou contaminados por micotoxinas têm valor comercial reduzido, especialmente para mercados exigentes, como o da avicultura e o da exportação.

Essa realidade pressiona a rentabilidade dos produtores, tornando a busca por novas soluções não apenas desejável, mas urgente.

O que é a mancha-de-helmintosporiose no milho?

A mancha-de-helmintosporiose no milho, mais conhecida somente como mancha-foliar do milho, causada pelo fungo Exserohilum turcicum, destaca-se por sua capacidade de reduzir a área fotossintética mesmo em estádios iniciais da cultura, causando impactos diretos no rendimento, com redução significativa do tamanho das espigas em ataques precoces.

A doença é predominante na safrinha, em que a umidade relativa elevada favorece surtos dessa doença.  Os sintomas da mancha-de-helmintosporiose no milho iniciam-se com lesões elípticas marrom-claras (2,5 a 15 cm de comprimento) nas folhas inferiores, que evoluem para necrose total do tecido, conferindo às plantas um aspecto de “queima”.

Folha de milho com lesões alongadas e necróticas de coloração marrom a esbranquiçada, típicas da mancha de helmintosporiose.

Sintomas da mancha-de-helmintosporiose no milho, causada pelo fungo Exserohilum turcicum. Fonte: Embrapa

Quais são as causas da mancha-foliar no milho?

A mancha-foliar no milho não surge por acaso: é resultado da combinação crítica entre agentes patogênicos, condições ambientais favoráveis e práticas agrícolas que, inadvertidamente, amplificam os riscos dessas doenças.

Entender essas causas é o primeiro passo para quebrar o ciclo de infecções e proteger a lavoura de perdas que podem comprometer severamente a produtividade do milho.

  1. Temperaturas e umidades 

A umidade e a temperatura são os maestros invisíveis por trás dos surtos da mancha-foliar no milho. A helmintosporiose avança rapidamente em temperaturas mais amenas, entre 18 °C e 27 °C, especialmente durante noites úmidas com formação de orvalho.

O agente causal dessa doença foliar explora janelas climáticas específicas e se espalha com a ajuda do vento e da água. O vento carrega esporos de uma planta para outra, enquanto a água da chuva ou de irrigação facilita a penetração nas folhas. Sem o controle adequado, uma única lesão pode se transformar em um surto em poucas semanas.

  1. Permanência de fontes de inóculo

Restos culturais são considerados verdadeiros bancos de inóculo para a mancha-foliar. No geral, enquanto existirem nutrientes e fonte de carbono disponível no substrato, o Exserohilum turcicum continuará se aproveitando desses recursos para se alimentar e gerar inóculo, especialmente em sistemas de plantio direto mal manejados

A falta de rotação de culturas agrava o problema. Quando o milho é plantado repetidamente na mesma área, os patógenos acumulam-se no solo, encontrando hospedeiros vulneráveis a cada ciclo. Além disso, hospedeiros alternativos – como o sorgo e o capim-sudão – servem de ponte entre safras, mantendo os patógenos ativos mesmo na ausência do milho.

  1. Uso de cultivares suscetíveis e resistência a fungicidas

A escolha de milhos suscetíveis é outro problema para o produtor que precisa lidar com a mancha-foliar no milho. Cultivares suscetíveis permitem que os patógenos se estabeleçam rapidamente, mesmo em condições subótimas.  Situação essa que é agravada com o uso sucessivo de defensivos com moléculas específicas, sem rotatividade, que pode levar a seleção de patógenos tolerantes – um ciclo que demanda rotação de mecanismos de ação e alternativas inovadoras para ser quebrado.

Estratégias eficazes de manejo para proteger a sua lavoura das mancha foliares

O controle de manchas foliares no milho exige uma abordagem integrada, que combine práticas culturais preventivas e ações corretivas para minimizar a pressão do patógeno da mancha-de-helmintosporiose.

A escolha de cultivares resistentes é o primeiro pilar, reduzindo a vulnerabilidade inicial da lavoura. Complementarmente, a rotação de culturas com espécies não hospedeiras, como soja ou algodão, combinada ao manejo nutricional equilibrado – com atenção à relação Nitrogênio-Potássio – são outras estratégias eficazes, capazes de interromper o ciclo de vida desses patógenos e fortalecer a lavoura.

Mas, dentre as estratégias mais utilizadas para o controle da mancha foliar no milho, o controle químico com fungicidas é o que mais se destaca, sendo guiado sempre pelo monitoramento climático e fenológico, assim como associado à aplicação de outras soluções complementares, com o uso biofungicidas no manejo preventivo

A importância do uso de biofungicidas no Manejo Integrado de Doenças (MID)

Em um cenário desafiador para o controle da mancha-foliar e em que existe uma crescente demanda por sustentabilidade, os biofungicidas para milho emergem como aliados estratégicos no Manejo Integrado de Doenças (MID). 

Com diferentes mecanismos de ação, os agentes biológicos contidos nos biofungicidas, como algumas bactérias do gênero Bacillus, são capazes de competir diretamente com patógenos por nutrientes e espaço,  além de produzir metabólitos antifúngicos que suprimem a germinação de esporos dos fungos patogênicos, limitando o estabelecimento da doença na lavoura.

Além da ação direta, alguns biofungicidas são capazes de induzir a resistência sistêmica das plantas, ativando mecanismos de defesa naturais. Essa dupla ação – supressão e indução de resistência –, somada à preservação de inimigos naturais e insetos polinizadores, torna os biofungicidas uma ferramenta versátil para o MID.

Visando oferecer esses e outros benefícios para os produtores, a Syngenta oferece REVERB®, um biofungicida de amplo espectro formulado para alta eficiência contra mancha foliar e outras doenças do milho. Com múltiplos modos de ação e maior tempo de prateleira, REVERB® integra-se aos programas de manejo, oferecendo uma proteção duradoura e compatibilidade com outros insumos.

REVERB®: o parceiro biológico para proteção máxima do milho

Produto reverb

REVERB® surge como uma solução inovadora para o manejo preventivo da mancha-foliar no milho. Desenvolvido pela Syngenta, esse biofungicida combina três cepas de bactérias do gênero Bacillus B. subtilis, B. pumilus e B. velezensis –, que agem de forma imediata contra patógenos causadores da mancha de helmintosporiose e de outras doenças do milho.

A ação de REVERB® começa no momento da aplicação. Essa solução não demanda tempo para ativação: os metabólitos antifúngicos produzidos por seus agentes biológicos atacam diretamente os patógenos, reduzindo a pressão das doenças do milho desde a primeira aplicação.

Além do controle imediato, os agentes biológicos de REVERB®  colonizam as folhas do milho, criando uma competição por espaço e nutrientes com os fungos e formando uma barreira física que limita a expansão de lesões de helmintosporiose. É como se a lavoura ganhasse um “escudo vivo”, que dificulta a fixação de novos esporos e protege a área fotossinteticamente ativa das plantas.

Além disso, o biofilme produzido pelas bactérias de REVERB®  oferece proteção duradoura. Essa camada não apenas defende as colônias benéficas contra fatores ambientais, como também bloqueia a entrada de patógenos secundários. Para o produtor, isso significa menor risco de reinfecções e proteção consistente durante períodos críticos, como o pré-pendoamento, quando a cultura está mais vulnerável.

A indução de resistência sistêmica é outro diferencial. REVERB® é capaz de ativar mecanismos de defesa naturais, o que faz com que o milho responda com maior vigor, mesmo sob condições ideais para a mancha-foliar, minimizando perdas em produtividade e qualidade dos grãos.

Por que escolher REVERB®?

Na busca por um controle biológico eficiente, a praticidade operacional é tão importante quanto a eficácia técnica. REVERB® se destaca por seu tempo de prateleira estendido, eliminando a necessidade de refrigeração – uma vantagem logística essencial para todos os tipos de propriedades rurais.

Enquanto biofungicidas convencionais perdem viabilidade rapidamente, REVERB® mantém sua estabilidade por períodos prolongados de armazenamento, de até 2 anos.

Outro ponto de REVERB® que merece destaque é a sua compatibilidade com outros defensivos, permitindo aplicações conjuntas com fungicidas químicos sem risco de fitotoxicidade. Essa flexibilidade é valiosa em programas de manejo integrado, cuja janela de aplicação é curta e cada operação é muito precisa.

Diante dos desafios da mancha-foliar, REVERB® posiciona-se como o parceiro biológico para proteção máxima contra doenças do milho, combinando alta eficiência, amplo espectro e múltiplos modos de ação. Com maior tempo de prateleira e compatibilidade, essa solução é o parceiro forte do produtor, que traz o resultado certo.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

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