A antracnose, doença fúngica causada por espécies do gênero Colletotrichum, é um dos maiores desafios da agricultura tropical. Com capacidade de destruir lavouras inteiras em condições favoráveis, ela ameaça cultivos estratégicos, como a soja, o café e o milho. Seu ciclo agressivo, aliado à resistência crescente a fungicidas químicos, exige soluções inovadoras e sustentáveis para garantir a segurança alimentar e a rentabilidade do agronegócio.
Nesse contexto, os biofungicidas emergem como uma solução promissora para prevenção da doença. Combinando microrganismos benéficos e múltiplos mecanismos de ação, eles atuam não apenas no controle direto do patógeno, mas também na promoção da saúde do solo e no estímulo a outros benefícios para as plantas.
Nesse conteúdo, conheça mais sobre a antracnose, como essa doença afeta as lavouras e como os biofungicidas vem contribuindo para o controle eficaz da antracnose com biofungicidas. Continue a leitura para descobrir como proteger sua lavoura com eficiência e sustentabilidade!
O que é antracnose e por que ela ameaça sua lavoura?
A antracnose é uma doença fúngica causada por espécies do gênero Colletotrichum, como C. truncatum (em soja) e C. gloeosporioides (em café). Caracteriza-se por lesões deprimidas e escuras em folhas, hastes, vagens e frutos, muitas vezes recobertas por massas rosadas de esporos. Sob condições de alta umidade (acima de 85%) e temperaturas entre 25 °C e 30 °C, a doença avança rapidamente e pode impactar severamente a produtividade das lavouras.
A sobrevivência desse patógeno em restos culturais e sementes contaminadas é um dos maiores desafios. O fungo pode persistir como micélio dormente por até dois anos em restos culturais, servindo como fonte de inóculo para safras subsequentes.
A infecção latente é outro aspecto crítico: o fungo coloniza tecidos sem manifestar sintomas visíveis, como ocorre em vagens de soja infectadas durante o enchimento de grãos. Lesões só se tornam visíveis na pós-colheita, dificultando o diagnóstico precoce e aumentando o risco de perdas econômicas.
Danos econômicos – como a antracnose afeta a soja, o milho, o café e outras culturas
Na soja, a antracnose pode causar a perda total da produção, dependendo da severidade da infecção. No café, os prejuízos incluem:
- necrose de ramos e frutos;
- queda prematura de frutos;
- redução da qualidade dos grãos;
- custos adicionais com fungicidas químicos.
No milho, a antracnose (Colletotrichum graminicola) manifesta-se como podridão de colmo e manchas foliares, comprometendo o desenvolvimento das espigas, causando a morte prematura e o acamamento das plantas.
Além dessas culturas, a antracnose afeta culturas, como o tomate, o pimentão e o feijão. Em todas elas, a doença exige investimentos para o seu monitoramento e controle.

Sintomas da antracnose (Colletotrichum spp.) em pimentão, uma doença que exige atenção e o uso de métodos preventivos, com biofungicidas.
Para minimizar perdas, recomenda-se integrar estratégias como a rotação de culturas com espécies não hospedeiras, visando reduzir o inóculo em restos vegetais; o monitoramento climático, para antecipar aplicações preventivas em períodos críticos; e o uso de biofungicidas eficazes para o controle da antracnose.
Ciclo da doença: entenda como a antracnose se espalha
O ciclo da antracnose inicia-se com a germinação de esporos (conídios) produzidos em estruturas chamadas acérvulos, presentes em restos culturais ou plantas infectadas. Esses conídios são dispersos principalmente pelo vento e por respingos de chuva ou irrigação, penetrando nos tecidos vegetais por meio dos estômatos ou ferimentos.
A formação de apressórios (estruturas de fixação do fungo) é crucial para o sucesso da infecção. Esses apressórios se aderem à cutícula de folhas e vagens, permitindo a penetração mecânica mesmo sem ferimentos. Além disso, o fungo produz enzimas como a α-galactosidase, que degrada a parede celular da planta, facilitando a invasão.
Esse mecanismo explica a rápida progressão da doença sob condições favoráveis. Após a infecção, o fungo forma hifas que colonizam células internas, causando necrose e liberando novos esporos entre 5 e 7 dias.
Além disso, também pode haver a disseminação secundária da antracnose, que é intensificada por práticas agrícolas inadequadas. Por exemplo, a má regulagem de equipamentos de irrigação pode favorecer a disseminação da doença na lavoura, já que a antracnose é favorecida por períodos prolongados de molhamento foliar.
Por que optar por biofungicidas no controle da antracnose?
Para auxiliar os produtos químicos com ação unissítio, o uso de biofungicidas se apresenta como uma importante opção dentro do MID (Manejo Integrado de Doenças), que ajuda a evitar a seleção de fitopatógenos resistentes.
De forma geral, biofungicidas atuam por múltiplos modos de ação, uma vantagem chave contra patógenos complexos como os do gênero Colletotrichum. Essas ações simultâneas dificultam a adaptação do patógeno, oferecendo controle mais duradouro. Além disso, alguns biofungicidas induzem a resistência sistêmica das plantas, ativando genes de defesa que fortalecem a imunidade natural e promovem benefícios adicionais às plantas, como:
- fortalecimento do sistema radicular;
- melhoria da absorção de nutrientes;
- aumento da tolerância ao estresse hídrico.
Nesse cenário, a Syngenta destaca-se no mercado com formulações de alta estabilidade, combinando cepas selecionadas por alta eficiência contra antracnose em um só produto, o REVERB®, que é, inclusive, compatível com outros defensivos, simplificando o manejo da doença.
REVERB®: o parceiro biológico para proteção máxima contra doenças
REVERB® é o biofungicida da Syngenta de ação preventiva que combina 100% de endósporos viáveis de Bacillus subtilis, Bacillus pumilus e Bacillus velezensis em uma formulação sinérgica e inédita, resistente às altas temperaturas, aos raios UV e à interação com químicos em tanque.
Assim que é aplicado, REVERB® libera metabólitos que atacam diretamente os fungos fitopatogênicos, oferecendo uma proteção que acontece de forma imediata. Além disso, REVERB® também consegue colonizar rapidamente as folhas das plantas, competindo diretamente com patógenos por espaço e nutrientes.
Enquanto oferece essa proteção contra a antracnose e outras doenças, como septoriose, mancha-alvo, mofo-branco, oídio e cercosporiose, REVERB® também é capaz de ativar as defesas naturais da planta e induzir a resistência. As bactérias presentes no produto produzem compostos que ajudam no crescimento das plantas e aumentam a tolerância ao ataque de patógenos

Além disso, REVERB® é compatível com os principais defensivos, permitindo aplicações em tanque sem risco de fitotoxicidade, e oferece um tempo de prateleira inédito de 2 anos, proporcionando total conveniência ao agricultor.
Parceiro forte, resultado certo: tecnologia Syngenta em ação
Para controlar antracnose com REVERB®, a Syngenta indica que a solução pode ser aplicada nos estádios vegetativo (V0) e de pré-fechamento (R1), a uma dose de 0,3L/ha, e reprodutivo (R3 a R7) da soja. Quando aplicado durante o estádio vegetativo, para prevenção da antracnose, REVERB® pode ser pulverizado de maneira isolada ou em combinação com fungicida de sítio específico.
Agora, quando ele é aplicado na fase de pré-fechamento, a Syngenta recomenda que REVERB® seja sempre aplicado em combinação com um fungicida de sítio específico, com ou sem multissítio químico. Caso seja durante o estágio reprodutivo, tanto o fungicida de sítio específico quando o multissítio químico, devem ser aplicados em combinação com REVERB®.
Além disso, a integração de REVERB® ao manejo químico é simplificada por sua compatibilidade com os principais defensivos. Em situações de alta pressão da doença, como em períodos prolongados de chuva, a mistura em tanque com fungicidas químicos mantém a eficácia e retarda a resistência.

Dessa forma, com REVERB®, a Syngenta reafirma seu compromisso com a agricultura do futuro, oferecendo ferramentas que unem ciência de ponta e praticidade no campo.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
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