A safra 2022 de café brasileiro apresenta uma variação de + 3,7% de produtividade em relação ao ciclo anterior. De acordo com o terceiro levantamento do ano, publicado pela Conab, a média total nacional está em torno de 27,4 sacas de café por hectare, correspondendo a uma produção de 50.380,5 mil sacas beneficiadas, considerando café conilon e arábica.
Tal estimativa indica a manutenção de bons índices para a cafeicultura brasileira, embora signifique uma queda de 20,12% em comparação com 2020, último ciclo de bienalidade positiva. Diante das instabilidades climáticas, o cafeicultor teve dificuldade em extrair o máximo potencial produtivo das lavouras.
Todavia, todo o conhecimento acumulado como um dos maiores produtores de café do mundo e o acesso a tecnologias eficientes para o manejo completo de pragas são os fatores que mantêm o Brasil com uma produção capaz de atender a demanda do mercado.
A cadeia cafeeira movimentou 2,948 bilhões de dólares no Brasil entre julho e outubro de 2022 (um aumento expressivo em relação ao ciclo anterior e um recorde histórico para o período), com exportações para mais de 130 países, sem contar o consumo interno da população que mais bebe café no mundo. Assim, a produção brasileira de café mantém sua responsabilidade com o abastecimento mundial.
Para sustentar essa missão, mesmo diante das frentes frias e das secas que afetaram a produção, o cafeicultor ganha vantagem ao saber como manejar as pragas do café, sem perder produtividade para essas ameaças que podem comprometer os cafezais de maneira decisiva para os resultados da safra.
Como estruturar um manejo completo contra as pragas do café?
Afirmar que, para realizar um controle eficiente contra as pragas do café, é preciso conhecer quais são as principais ameaças que incidem sobre as lavouras brasileiras não é nenhuma novidade. Ainda assim, esse conhecimento é o pontapé inicial para a proteção do potencial produtivo das lavouras.
A ocorrência de pragas nas lavouras é dinâmica, sendo que as flutuações populacionais de cada espécie variam de acordo com a época do ano e com o momento do ciclo da cultura. Além disso, o uso indiscriminado de produtos químicos e sem respaldo técnico, muitas vezes, resulta na seleção de pragas resistentes a determinados ativos inseticidas, o que dificulta ainda mais o manejo.
Assim, é preciso estar sempre atualizado em relação ao que se sabe sobre as pragas do café e sobre as inovações tecnológicas para manejo.
As principais pragas do café nas lavouras brasileiras
De maneira resumida, a seguir serão apresentadas informações atualizadas sobre as pragas que representam os maiores riscos à produtividade dos cafezais.
Ácaro-da-leprose (Brevipalpus phoenicis)
Brevipalpus phoenicis é a principal espécie de ácaro encontrada nos cafezais, beneficiando-se do café como planta hospedeira. A maior incidência dessa praga é percebida em períodos de estiagem, quando se verifica o crescimento populacional do ácaro-da-leprose.
A presença da praga leva à queda prematura de folhas e frutos, por conta da seca dos ramos. Isso deprecia os grãos e diminui a vida útil das plantas. O B. phoenicis é uma grande preocupação nas lavouras de café por ser responsável por transmitir a doença conhecida como leprose-do-cafeeiro, cujos principais sintomas são notados nos frutos verdes e nas folhas.
A ação do ácaro-da-leprose lesiona a planta, criando uma porta de entrada para o ataque dos fungos. Baixa umidade e altas temperaturas são as condições ideais para a depreciação das lavouras por essa praga.
Ácaro-vermelho (Oligonychus ilicis)
Semelhante ao ácaro-da-leprose, o Oligonychus ilicis tem sua incidência favorecida em condições climáticas de seca. Conhecida como ácaro-vermelho, a praga se alimenta do conteúdo celular ao perfurar as células da folha, causando bronzeamento na superfície foliar e redução da área fotossintética.
As lavouras que passam por períodos de estiagem prolongada ficam suscetíveis à proliferação do O. ilicis, com significativa queda de produção por conta dos notáveis prejuízos ao desenvolvimento das plantas.
Bicho-mineiro (Leucoptera coffeella)
A ação negativa à cultura do café acontece durante a fase larval do bicho-mineiro, quando as lagartas abrem galerias no interior das folhas onde permanecem. Nessa fase, apresentam cor amarelada e sua atividade provoca a queda das folhas, prejudicando a fotossíntese. Assim, há interferência na produção de grãos. O inseto adulto é uma pequena mariposa cinza, cuja reprodução é favorecida pelo clima seco.
Broca-do-café (Hypothenemus hampei)
A broca-do-café, na fase adulta, tem atividade mais intensa no cafezal, quando assume a forma de um pequeno besouro preto. A praga ataca as lavouras na fase reprodutiva, pois sua ocorrência acontece no interior dos frutos. Esses insetos perfuram os grãos de café, danificando-os e inviabilizando a comercialização.
Sua ocorrência é favorecida em períodos de baixa pluviosidade e pode passar de uma cultura para outra por meio dos grãos remanescentes na lavoura, de maneira que uma colheita bem-feita se faz necessária para impedir o deslocamento da praga.
Cigarra-do-cafeeiro (Quesada gigas)
Essa praga de solo está presente nos cafezais brasileiros nas mais diversas regiões produtoras. Em sua fase de ninfa, a cigarra-do-cafeeiro tem intensa atividade em sugar as seivas das raízes, comprometendo o desenvolvimento das plantas a partir do sistema radicular.
Assim, quando o produtor percebe a falta de vigor das plantas, a infestação já está avançada. Por isso, o manejo preventivo e o monitoramento constante são fundamentais para proteger o desenvolvimento do cafezal contra a cigarra-do-cafeeiro.
Cochonilha (Dysmicoccus texensis)
Já difundida nas principais regiões produtoras de café no Brasil, essa praga ataca os botões florais e frutos prematuros, sugando a seiva, e tem rápida reprodução por partenogênese, de maneira a multiplicar as colônias e tomar as lavouras em poucos dias.
A ação das cochonilhas causa queda dos frutos e, dependendo do grau de infestação, pode comprometer até 100% das plantas estabelecidas na lavoura. A ocorrência da praga é favorecida em períodos de estiagem.
Proteção completa: portfólio para diversas situações
Ácaros e insetos-praga são responsáveis por danos que prejudicam de maneira significativa o potencial produtivo das lavouras de café, causando quedas de produtividade definitivas nos resultados das safras.
Por isso, a obtenção de altos tetos produtivos na cafeicultura brasileira depende da adoção de estratégias de manejo completas e eficientes contra diversas pragas, usando de maneira racional os recursos e as práticas disponíveis, no sentido de manter as pragas em níveis que não causem danos econômicos, além de diminuir a seleção de indivíduos resistentes.
As formulações inovadoras da Syngenta oferecem toda a proteção necessária para elevar o potencial produtivo dos cafezais, com tecnologias para diferentes situações de praga e modalidades, que atendem às principais necessidades dos cafeicultores.
Café ancorado e controle vigoroso
O manejo preventivo faz parte da estratégia do MIP (Manejo Integrado de Pragas) e é uma ótima opção para proteger as plantas contra o bicho-mineiro, por exemplo, que apresenta alta capacidade de reprodução.
No portfólio da Syngenta, Durivo® é o inseticida ideal para esse tipo de manejo. Sua formulação em Suspensão Concentrada é composta pelos princípios ativos tiametoxam e clorantraniliprole, que aumentam a eficácia do produto contra bicho-mineiro e cigarra, proporcionando ação de contato, sistêmica e de ingestão, além de constituir-se como uma importante ferramenta para o manejo antirresistência.
Durivo® foi desenvolvido para aplicação via solo (drench), podendo ser utilizado desde a implantação da lavoura até em plantações já em produção, protegendo o cultivo contra as pragas e contribuindo para o desenvolvimento de plantas mais sadias e vigorosas, o que se traduz em maiores produtividades.
Os efeitos da aplicação preventiva de Durivo® nas lavouras de café é o controle eficiente das principais pragas, a melhoria no vigor das plantas, o aumento do número de folhas, as raízes mais profundas, um melhor desenvolvimento vegetativo na fase inicial do cultivo e os melhores retornos aos produtores.
Controle preciso de bicho-mineiro e broca-do-café
Pensando no controle das principais pragas da cultura por meio de aplicações foliares, a Syngenta desenvolveu Voliam Targo®. Com a combinação de dois eficientes ingredientes ativos, clorantraniliprole (antranilamida) e abamectina (avermectina), a solução controla com precisão o bicho-mineiro e a broca-do-café, além de outras pragas como o ácaro-vermelho.
Voliam Targo® proporciona um longo efeito residual, controlando as pragas por mais tempo. Sua ação de contato e ingestão atinge a praga de todas as formas, quando se alimenta das folhas ou dos frutos e até mesmo quando entra em contato com o produto.
O inseticida ainda tem a característica de ser absorvido pelas folhas. Por meio da pulverização no cafezal, Voliam Targo® penetra e se movimenta pela ação translaminar, para uma proteção completa.
Assim, os resultados são excelentes quando essa ferramenta é inserida em um programa estruturado de manejo, complementando os efeitos das soluções aplicadas via drench, pois fecha as portas de entrada para o bicho-mineiro na lavoura e controla a broca-do-café com precisão.
Tradição que vale cada grão
Também para aplicação via solo, Verdadero® é a combinação de inseticida e fungicida que oferece mais vigor às plantas no início da brotação. Um produto que já está há algum tempo no mercado e se tornou referência no manejo de bicho-mineiro e ferrugem.
Verdadero® tem tradição ao lado dos cafeicultores, que veem suas plantas crescerem com maior vigor a partir da aplicação do produto. Uma solução que conquistou a confiança dos produtores, com grãos em maior quantidade e mais volumosos de verdade.
Inovação e controle por todo o cafezal
Pensando nas necessidades dos produtores e inovando cada vez mais, a Syngenta ainda apresenta Rebron®, para utilização via drench. Unindo um fungicida e um inseticida, a solução controla de maneira superior a ferrugem e ainda inova com um novo ingrediente ativo para controle do bicho-mineiro.
A nova solução proporciona maior enfolhamento para as plantas, de maneira a proporcionar controle por todo o cafezal. Com longo poder residual, Rebron® é sinônimo de controle por muito mais tempo: uma ferramenta inovadora e de alta tecnologia para uso no solo.
Essa nova ferramenta é resultado de anos de pesquisa e proporciona um novo conceito para os cafeicultores quando o assunto é controle de ferrugem e bicho-mineiro.
Controle de cochonilha e estímulo para o cafezal
A Syngenta ainda tem em seu portfólio Actara®, um inseticida para aplicação via drench, com recomendação para ser aplicado no manejo pré-colheita. Ferramenta importante para o manejo de cochonilhas e que também proporciona plantas mais vigorosas, a partir do estímulo ao desenvolvimento da cultura.
Confira abaixo o posicionamento dos produtos para o manejo completo contras as pragas do café:
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.
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