Diante de mais uma expressiva safra de soja no Brasil, que, de acordo com a projeção da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), pode atingir uma produção de impressionantes 162,4 milhões de toneladas, um desafio crescente confronta os produtores: a ocorrência de percevejos, que se apresentam como uma ameaça significativa à produtividade e à qualidade da colheita.
Essas pragas, notórias por seus danos significativos, têm se mostrado um obstáculo cada vez mais precoce e persistente nas lavouras de soja. Nesta safra de 2023/24, já se registra a presença desses insetos durante o estádio vegetativo, sinalizando um alerta para os sojicultores.
Dessa maneira, é imprescindível a adoção de um manejo confiável e eficiente para o controle dessas pragas. A capacidade de lidar com os percevejos de forma eficaz não é apenas uma medida preventiva, mas um elemento crucial para assegurar que as expectativas de produção sejam atingidas.
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Expansão dos percevejos nas lavouras de soja
O aumento da pressão de percevejos nas lavouras de soja no Brasil é um fenômeno preocupante, que afeta significativamente a produtividade e a qualidade da cultura. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), registrou-se um aumento de 6,3% na ocorrência de percevejos nas plantações de soja e 10,8% no milho na safra 2022/2023, em comparação com a safra anterior.
O clima, especialmente em regiões mais quentes e em anos com chuvas intensas entre dezembro e janeiro, além do aumento da área plantada, são considerados os fatores-chave para o aumento das infestações de percevejos, que podem causar perdas produtivas significativas, chegando a 30%, e comprometer a qualidade dos grãos, refletindo em reduções nos níveis de proteína e óleo.
Entre as principais espécies de percevejos-praga na soja, destacam-se:
- Percevejo-verde (Nezara viridula): também conhecido como percevejo-da-soja, esse percevejo de distribuição mundial é mais comum nas regiões frias do Brasil. É polífago, alimentando-se de diversas plantas, e pode reproduzir-se até seis vezes ao ano em hospedeiros alternativos. As fêmeas depositam ovos que dão origem a ninfas que começam a se alimentar dos grãos da soja a partir do segundo ínstar. O adulto é inteiramente verde e pode sobreviver até 50 dias.
- Percevejo-verde-pequeno (Piezodorus guildinii): presente em todas as regiões produtoras de soja do Brasil, esse percevejo é considerado extremamente prejudicial à qualidade das sementes. O adulto mede cerca de 10 mm e tende a ser mais amarelado. As fêmeas depositam ovos pretos em fileiras pares em várias partes da planta, e as ninfas começam a causar danos a partir do segundo ínstar.
- Percevejo-marrom (Euschistus heros): considerado uma das principais pragas da soja no Brasil, é mais abundante do norte do Paraná ao Centro-Oeste e Norte e Nordeste do Brasil. Esse percevejo pode viver por mais de 300 dias e o controle é desafiador devido à sua alta mobilidade e à capacidade de sobreviver em diversas plantas hospedeiras. Além disso, o ciclo de vida do percevejo-marrom é influenciado pela temperatura, o que significa que regiões com climas mais quentes podem experimentar um maior número de gerações dessa praga ao longo do ano.
- Percevejo-barriga-verde (Diceraeus sp.): com danos menores, mas ainda assim relevantes na soja, são duas espécies principais: Diceraeus melacanthus, presente em regiões mais quentes desde o norte do Paraná até o Centro-Oeste e Diceraeus, presente em regiões com clima mais frio, do sul do Paraná até o Rio Grande do Sul.
Os períodos críticos de ataque ocorrem principalmente durante o desenvolvimento das vagens (R4) e o enchimento dos grãos (R5). É nesse momento que a cultura se torna mais suscetível aos danos causados por esses insetos. O pico populacional de percevejos é atingido próximo à maturação fisiológica da soja (R7).
Durante esse período crítico, as populações de percevejos são compostas principalmente por ninfas de terceiro a quinto ínstares, no entanto, os danos causados por essas ninfas são semelhantes aos causados pelos percevejos adultos.
Os danos causados pelos percevejos na soja incluem:
- sucção dos compostos fotoassimilados necessários para o desenvolvimento dos grãos, o que resulta em redução do rendimento e da qualidade dos grãos;
- abortamento de estruturas reprodutivas, redução do vigor e do potencial germinativo de sementes;
- transmissão de doenças fúngicas e indução a distúrbios fisiológicos, como a chamada “soja louca”, que afeta o rendimento da cultura.
Esses percevejos representam uma ameaça significativa ao rendimento e à qualidade da soja, requerendo estratégias de manejo e controle para minimizar seu impacto.
Controle de percevejos na soja
O controle de percevejos na soja demanda estratégias proativas e bem planejadas. A abordagem mais eficaz para o manejo dessas pragas é a antecipação. Prevenir a formação de colônias de percevejos é essencial, pois uma vez estabelecidos no ambiente, os métodos de controle tornam-se paliativos. Nesse contexto, a ação precoce não é apenas uma escolha, mas uma necessidade para evitar danos significativos à cultura.
É importante, também, notar a relevância das culturas hospedeiras, que podem proporcionar refúgio e fonte de alimento para os percevejos – a ponte verde – resultando em um aumento do número de gerações da praga por ano. Portanto, informações como o histórico da área e as previsões de precipitação, além de práticas como o tratamento de sementes e a dessecação antecipada, são cruciais para minimizar problemas futuros.
Além disso, o monitoramento regular das áreas cultivadas é uma ferramenta vital. Utilizando o método do ‘pano de batida’, os produtores podem estimar a quantidade de percevejos na lavoura e identificar a presença de ninfas, que são mais prejudiciais que os adultos. O monitoramento regular e sistemático, especialmente durante os períodos críticos de ocorrência da praga, fornece dados essenciais para a tomada de decisão, determinando a necessidade de intervenção.
O controle químico deve ser feito de maneira estratégica, sendo, inicialmente, recomendado o uso de produtos de choque, seguido pelo emprego de neonicotinoides e piretroides com o surgimento de ninfas.
Assim, para um manejo eficiente de percevejos na soja, é necessária uma estratégia proativa e integrada, combinando práticas agronômicas, monitoramento rigoroso e uso criterioso de soluções eficazes e de confiança.
ENGEO PLENO® S: manejo de confiança contra os percevejos da soja
ENGEO PLENO® S, desenvolvido pela Syngenta, é um inseticida inovador destinado ao combate eficaz de percevejos na cultura da soja. Sua composição única inclui a sinergia dos ativos tiametoxam e lambda-cialotrina, reconhecidos por sua consistência e resultados robustos ao longo dos anos. Esse inseticida sistêmico destaca-se pelo seu efeito de choque e ação residual, sendo particularmente eficaz logo nas primeiras aplicações.
A ação de ENGEO PLENO® S ocorre tanto por contato quanto por ingestão, garantindo a paralisia instantânea dos percevejos e a interrupção de sua alimentação, tornando o produto uma escolha excelente para o controle tanto de ninfas quanto de adultos, já que assegura um alto índice de mortalidade das pragas. Além disso, ao prevenir eficientemente os danos causados pelos percevejos, ENGEO PLENO® S contribui significativamente para a qualidade dos grãos colhidos.
No vídeo abaixo, da websérie “Dose de Confiança”, é possível conferir o depoimento da pesquisadora Jurema F. Rattes a respeito da importância de escolher o produto correto para o controle de percevejos na soja, e como produtores podem confiar em ENGEO PLENO® S para esse fim:
Maior efeito residual com a tecnologia ZEON®
A tecnologia ZEON®, integrada ao inseticida ENGEO PLENO® S, é uma inovação notável no controle de pragas na soja. Essa tecnologia é baseada em um sistema de microencapsulamento que controla a liberação dos ingredientes ativos de maneira precisa, garantindo uma cobertura completa da superfície das folhas. As microcápsulas, com paredes finas e esponjosas, são suspensas em água, proporcionando um poderoso efeito de choque e residual prolongado.
Além disso, a formulação à base de água, complementada com baixos níveis de solvente e fotoestabilizadores, protege o inseticida da degradação, ampliando seu tempo de ação. Essas características permitem que o produto atue de forma mais uniforme e resistente, inclusive em condições de alta incidência de luz solar. Outro aspecto fundamental da tecnologia ZEON® é que ela não causa fitotoxicidade às plantas, mantendo a saúde e o vigor da cultura da soja.
Assim, com sua ação rápida e prolongada, ENGEO PLENO® S representa uma ferramenta essencial no arsenal de todo produtor de soja, garantindo um controle efetivo de percevejos e promovendo uma safra de alta qualidade.
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