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06/08/2024

Especialistas

Setor resiste à queda de preços dos grãos: área de soja deve continuar crescendo

Descubra por que a área de soja no Brasil continua crescendo apesar da queda dos preços globais. Analisamos os fatores impulsionadores e os riscos iminentes para o setor agrícola.

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Descubra por que a área de soja no Brasil continua crescendo apesar da queda dos preços globais. Analisamos os fatores impulsionadores e os riscos iminentes para o setor agrícola....

Apesar das dificuldades econômicas e financeiras enfrentadas pelos produtores agrícolas, a área plantada de soja no Brasil para a safra 2024/25 deve continuar crescendo, segundo dados da Agroconsult. Este blogpost analisa os fatores que impulsionaram essa revisão e os riscos que ainda se avizinham para o setor.

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Situação econômica e financeira

A deterioração da situação econômica e financeira dos produtores de grãos na última safra, que é resultado da combinação de custos elevados, dos preços baixos e da quebra de safra, vinham sugerindo que, após 17 anos de crescimento, a área de soja iria recuar.

O excesso de oferta da oleaginosa no mundo, que pressiona as margens da próxima safra e a restrição de crédito, estava sugerindo que os produtores priorizariam áreas de maior produtividade, desincentivando a abertura de novas áreas e o cultivo em regiões menos produtivas.

Revisão da projeção

Entretanto, nos últimos meses, vem se consolidando um novo crescimento de área para a próxima safra. Isso ocorre mesmo diante de um cenário de preços internacionais em queda e os desafios de recuperação do Rio Grande do Sul que, após ter sofrido com as enchentes, colocaram em xeque a recuperação das áreas de plantio em tempo do início da próxima safra. Apesar do crescimento não chegar a 1%, ele mantém a trajetória de crescimento da área de soja desde a temporada 2007/08.

Fatores que influenciaram a revisão

Aumento do crédito

Um dos principais fatores que impulsionaram a revisão foi a boa disponibilidade de crédito para os produtores e para toda a cadeia agrícola. Tanto a indústria de insumos quanto as instituições financeiras aumentaram seus aportes no setor, estendendo prazos e renegociando pagamentos.

Redução dos preços dos insumos

A redução dos preços dos insumos, maior do que a esperada, também foi um fator decisivo e que fez com que a relação de troca fosse bastante favorável. Esse cenário fez com que o ritmo de comercialização de insumos em julho superasse o do ano anterior, incentivando os produtores a investirem mais na próxima safra.

Clima favorável

O clima é outro fator positivo nessa equação. O fenômeno La Niña tende a ser favorável para as produtividades no Centro-Oeste e na região do MAPITOBA. No Sul do país, apesar dos riscos associados ao La Niña, os produtores estão optando pela soja em detrimento do milho verão.

Desafios e riscos

Margens baixas e endividamento

Apesar do aumento na área plantada, as margens projetadas para a safra 2024/25 continuam baixas. A rentabilidade dos produtores ainda está comprometida, e o alto endividamento agrava a situação. Muitos produtores estão em processo de desalavancagem, reduzindo investimentos e custos para preservar margens. Outros ainda estão tentando “ganhar tempo”, sem uma compreensão plena dos desafios à frente.

Oferta e demanda

O aumento da área de soja não deve ser interpretado como uma resolução dos problemas enfrentados na safra 2023/24. A pressão sobre os preços continuará devido ao descompasso entre oferta e demanda. Se a área plantada globalmente se mantiver, somente em 2027/28 a produção poderá equilibrar-se ao consumo, sem considerar o estoque acumulado nesse período.

Dessa forma, a nova safra que se aproxima está carregada de desafios. É essencial que os produtores se adaptem a essa realidade, reconhecendo que os problemas enfrentados em 2023/24 não foram completamente resolvidos, apenas postergados. “O risco ainda se avizinha.”

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