Os impactos  de uma gestão inadequada dos resíduos sólidos podem causar diversos danos ao meio ambiente, como a poluição da água, do solo e da atmosfera. Além disso, resíduos acumulados podem gerar doenças para a população eprejudiciar a saúde animal . 

Com isso em vista, em 2002 foi criado o Sistema Campo Limpo (SCL) – tendo o inpEV como núcleo de inteligência –, um programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas, que tem como objetivo, além da reciclagem desse material para produzir novas embalagens, conscientizar sobre a sustentabilidade em todos os elos da cadeia: o agricultor,  canais de distribuição, fabricantes e o poder público.

Oito anos depois, em 2010, um passo enorme foi dado em relação a esse assunto, com a aprovação da Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos). Ela especifica o que são resíduos e rejeitos considerando os segmentos doméstico, industrial, agrosilvopastoril, de saúde e relacionando produtos perigosos. 

Um dos  pontos positivos dessa lei é que ela regulamenta e orienta empresas, bem como o poder público, sobre suas atribuições em relação ao descarte de resíduos, tornando determinante um fator em específico: os agricultores são responsáveis por devolver as embalagens no local indicado na nota fiscal e os fabricantes, representados pelo InpEV, são os responsáveis pela logística reversa, fazendo o recolhimento das embalagens nas unidades de recebimento e efetivando a  destinação final ambientalmente correta.
 

O “caminho de volta” das embalagens vazias de defensivos agrícolas

Segundo o inpEV, a busca por incentivar a implementação da logística reversa em vários segmentos industriais cresceu no Brasil a partir da década de 1980, estimulada pelo crescimento da geração de resíduos, ligado às mudanças nos hábitos de consumo e à popularização de embalagens e produtos descartáveis. 

Como parte do programa, a logística reversa mostra o despertar da conscientização da sociedade brasileira quanto à necessidade de preservação ambiental. Nessa mesma perspectiva, todo agricultor que faz uso de defensivos agrícolas tem a obrigação de devolver as embalagens vazias dos produtos nas unidades do SCL (Sistema Campo Limpo) distribuídas em todas as regiões do país.

Os materiais recebidos pelo sistema são encaminhados para reciclagem e podem voltar à indústria em forma de novos galões plásticos. Se o produtor entregar as embalagens para terceiros ou mantê-las na propriedade após o período de um ano da data que consta na nota fiscal de venda, é considerado crime passível de aplicação de multa. 

 

Passo a passo 

A fim de ajudar o agricultor a descartar corretamente os galões depois de esgotados, apresentamos a seguir os cinco passos de como proceder com a destinação adequada das embalagens.

1° Lavagem – A lavagem da embalagem para a reciclagem posterior do produto é obrigatória e deve ser feita conforme a norma NBR 13.968, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Existem dois tipos de lavagem: tríplice e sob pressão.

A tríplice lavagem significa que o produtor deve enxaguar a embalagem três vezes até retirar todo o resíduo do produto. Já no modo sob pressão, a embalagem é encaixada no funil do pulverizador e a bomba do próprio equipamento faz o trabalho de pressionar o bico de lavagem. Algumas embalagens não são laváveis, por isso a orientação deve ser consultada na bula do produto.

2º Armazenamento no campo Feita a lavagem, o produtor não pode mais usar essa embalagem e tem o prazo de até 1 ano após a compra para devolvê-la em uma unidade de  recebimento. As embalagens vazias devem ser guardadas com suas respectivas tampas, caixas e rótulos, em um lugar adequado. 

3° Agendamento da devolução – Com as embalagens devidamente higienizadas, o responsável precisa realizar o agendamento para fazer a devolução dos materiais no posto de recebimento mais próximo.  O agendamento pode ser feito eletronicamente no site do inpEV.

4° Unidades de recebimento – Cada unidade, denominadas central ou posto, segue normas técnicas específicas e passa por um processo de licenciamento ambiental para receber as embalagens. O SCL conta com mais de 400 unidades de recebimento, em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. Para saber qual a unidade mais próxima de você, clique aqui

 

Parceria de sucesso

A Syngenta endossa sua parceria com o inpEV há mais de 20 anos, apoiando e cooperando  em ações sustentáveis, como é o caso do SCL, reutilizando as embalagens de defensivos agrícolas que foram reciclados pelo sistema de logística reversa. Além de conscientizar os produtores rurais sobre a  responsabilidade compartilhada presente no Sistema, a empresa faz uso desse processo para promover e enfatizar a importância de um meio ambiente cada vez mais sustentável

Mais do que reciclar, há a promoção de uma economia circular, fazendo desse Sistema um modelo único e exclusivo do Brasil, pois, desde sua implantação até 2019, cerca de 94% das embalagens plásticas primárias comercializadas no país são destinadas corretamente pelo inpEV. 

Quer saber mais sobre o Sistema Campo Limpo e o processo de logística reversa? Acesse a página do inpEV

Vale lembrar, ainda, que a Syngenta desenvolveu uma plataforma exclusiva chamada Aplica Certo, que conta com treinamentos sobre o uso correto e seguro de defensivos agrícolas. Inclusive, o procedimento da tríplice lavagem está descrito passo-a-passo lá.  Para acessar é bem fácil, basta fazer um breve cadastro e pronto. Navegue à vontade, pois conhecimento nunca é demais!