Ele caminha por sua lavoura, com o celular ou tablet nas mãos, monitorando o clima e os efeitos em sua plantação. Quem vê Nelson Mallmann em sua propriedade em Mogi Guaçu, interior de São Paulo, mal pode imaginar, mas foi por meio dos avanços da tecnologia digital à sua atividade que ele se tornou um dos maiores produtores de tomate do Brasil. Aliás, é desta forma que Mallmann protege sua plantação da requeima, uma das principais ameaças a esta cultura.
Um alerta é acionado ao primeiro sinal da condição climática de risco – que combina temperatura amena, entre 17ºC e 23ºC, umidade relativa do ar acima de 90% e céu nublado. Ao soar este alarme, Mallmann sabe que é hora de agir. “A gente fica de olho no clima e, quando aparecem essas condições, é preciso monitorar de forma preventiva. Se a previsão do tempo mostra chuva desde o fim de semana até quarta-feira, a gente aplica o produto”, descreve o produtor.
Agilidade na ação
A requeima é causada pelo Phytophthora infestans, pertencente ao grupo dos Oomicetos, cuja principal característica é sua severidade, em função de sua grande capacidade infectiva. Quando a doença se instala, os danos costumam ser extensos: cerca de 1cm² de sua lesão pode resultar em 10 mil esporos.
Se não for tratada, a requeima, por se alastrar de forma muito rápida, pode dizimar uma lavoura inteira em um curto espaço de tempo – que costuma ser de três a sete dias. Por esta razão, produtores devem estar sempre atentos e agirem rápido. Caso contrário, podem perder toda a sua safra.
Mesmo quando se cercam de cuidados, como faz Mallman, os produtores ainda podem ter que encarar a doença. “Quando a gente toma todos os cuidados e a requeima, ainda assim, ataca a cultura, precisamos fazer o tratamento curativo. Aqui na propriedade, além do controle biológico, um fungicida eficiente é preciso”, destaca o produtor.
Uso do fungicida ideal
Para combater a requeima e o mídio – outra doença que também é fonte de preocupação entre produtores – são indicados produtos com efeito translaminar. Defensivos com esta característica são capazes de penetrar na folha e de permanecer na superfície, impedindo, desta forma, a entrada da doença.
Para estes casos, o ideal é utilizar um fungicida composto de duas moléculas. A primeira, mandipropamid 40gr/L, é específica para esse grupo de doenças, uma vez que se adequa bem à cera das folhas. A outra molécula é o clorotalonil 400gr/L, que possui uma formulação diferenciada, uma vez que possui uma espécie de adesivo, o que impede sua lavagem pelas chuvas ou por irrigação. Essas duas moléculas combinadas no mesmo fungicida são uma grande ferramenta para o combate à requeima e demais manchas foliares, além de proporcionar total seletividade às culturas. Basta aplicar o produto e aguardar 15 minutos e a lavoura estará protegida destas doenças.
“É uma grande ferramenta à disposição dos produtores, principalmente de tomate, batata e cebola, culturas vulneráveis a essas doenças que têm o poder de destruir uma lavoura em menos de uma semana. Com orientação técnica correta, eles podem utilizar o fungicida no momento certo e se beneficiar da máxima eficácia do produto”, declara o responsável pelo desenvolvimento técnico de mercado da Syngenta, Emir Zortea.
Assertividade e qualidade
Plantar tomates em 700 hectares e comercializar para todo o Brasil exige do produtor uma grande responsabilidade, que envolve a escolha de produtos de qualidade e a adoção de estratégias que determinam o momento certo de utilizá-los.
O produtor Nelson Mallmann que o diga. “O monitoramento é fundamental para saber a hora certa de agir, preventiva ou curativamente. É preciso profissionalizar a atividade, acabar com a informalidade e trabalhar de maneira séria para produzir alimentos de qualidade. É o que a sociedade espera de nós”, completa o produtor.
Produção e Parceria: DNAgro (Canal Rural)
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