O plantio da safra 21/22 de milho já teve início em algumas regiões, encabeçado por Rio Grande do Sul e Santa Catarina, mas ainda está atrasado em comparação ao ano passado. Já a colheita do milho safrinha vem avançando rapidamente no mês de agosto, em estados favorecidos pelo aumento das temperaturas, embora ainda esteja atrás dos índices marcados no mesmo período do ano anterior, segundo boletim publicado pelo Canal Rural.
De acordo com o último levantamento feito pela Conab, a expectativa para a safra 2020/21, é de uma produção total de 86,7 milhões de toneladas de milho. Vale ressaltar que o volume total a ser consumido internamente é o maior da série projetada pela Conab e acompanha o bom desempenho do setor de proteína animal brasileiro, o principal demandante do grão no país.
Por outro lado, a Conab manteve a mesma projeção de importação de milho, em 2,3 milhões de toneladas, e reduziu a expectativa de exportação para 23,5 milhões de toneladas. O ajuste veio por meio da constatação de que há menor disponibilidade do cereal após as perdas nas lavouras, devido ao déficit hídrico durante o desenvolvimento de segunda safra e de geadas ocorridas nas regiões Sul e Sudeste durante o mês de julho de 2021.
Reestruturação econômica
Apesar disso, a análise conjuntural do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) destacou que, no período de janeiro a junho de 2021, o cereal apresentou 22% de variação positiva nos preços dos embarques internacionais.
Embora se evidenciem as adversidades encontradas nas lavouras de milho de segunda safra, os valores de comercialização poderão compensar os impactos financeiros dos agricultores. A análise feita por especialistas econômicos acrescenta que, mesmo nas vendas antecipadas, os valores obtidos contribuirão para o equilíbrio de alguns produtores de milho brasileiros.
Perspectivas da cultura para 2022
Uma das melhores definições é de que a agricultura é uma empresa a céu aberto, por isso os agricultores planejam detalhadamente as etapas da lavoura. Apesar do inverno atípico de 2021, o país conta com uma área que proporciona a distribuição de três ciclos produtivos de milho no mesmo ano.
Nesse sentido, as regiões Norte e Nordeste já iniciaram a terceira safra de milho com estimativas positivas de produção, ainda que nessas localidades a falta de chuva já foi identificada como um ponto de alerta para os produtores. Vale destacar que o milho é a matéria-prima fundamental para o equilíbrio da produção pecuária, que se destacou nos embarques externos do primeiro semestre de 2021, principalmente com a carne bovina, suína e de frango.
O aumento dos preços nacional e internacional do milho deverá estimular a ampliação da área cultivada com o cereal. Além disso, o aumento da área plantada com soja permitirá um incremento mais vigoroso do milho safrinha. Nesse cenário, é esperado um aumento dos estoques finais de milho ao final do ciclo, mesmo que ainda inferior ao valor médio alcançado nos últimos cinco anos, motivo suficiente para sustentar os preços do milho ainda em patamares elevados ao longo de 2022.
De acordo com a Conab (ago/21), no âmbito interno, as previsões para safra 2021/22 é de 115,9 milhões de toneladas de milho, resultando em uma crescente de 33,8% a mais que na safra anterior. Entre as suas variedades de uso, o milho traz perspectivas otimistas para:
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Consumo para produção de etanol: as usinas localizadas no cerrado brasileiro estimam um aumento de demanda em 2022, tanto por etanol quanto por grãos secos de destilaria, concentrado proteico que é subproduto da produção utilizada na fabricação de ração animal;
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Consumo como insumo na produção de proteína animal: o Brasil deverá permanecer como um dos maiores fornecedores de carne de frango e suína para países asiáticos e do Oriente Médio;
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Exportação: a estimativa para exportação é de 39 milhões de toneladas, cerca de 66% superior ao esperado para a safra 2020/21.
Mesmo com os problemas enfrentados recentemente pelos produtores, as perspectivas são positivas, com um cenário otimista, repleto de possibilidades e incentivado por preços atrativos. Diante disso, é cada vez mais importante estar atento ao planejamento e ao manejo da cultura, buscando medidas mais eficientes que resultarão em números cada vez mais expressivos em produtividade.
Nesse contexto, a Syngenta segue ao lado do produtor de milho para enfrentar e superar os desafios do campo, extraindo o máximo potencial produtivo da cultura. Para isso, contamos com um portfólio completo e robusto de soluções para proteger a lavoura, elevando a produtividade a patamares cada vez mais altos.
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