Com a primeira safra (ou safra verão) chegando à reta final e o plantio da segunda safra de milho se iniciando em janeiro, o mercado agropecuário volta suas atenções para o milho safrinha, que promete consolidar a força do Brasil como um dos maiores produtores e exportadores globais do cereal.
Embora o aumento de área plantada previsto seja modesto, de 1% em relação à safra anterior, as expectativas de produção são otimistas, impulsionadas por avanços em produtividade, com uma estimativa média de 5.702 kg/ha, um crescimento significativo em comparação com anos anteriores.
O ritmo do plantio está diretamente ligado ao ciclo da soja, que apresentou atrasos pontuais em algumas regiões, como Mato Grosso e Paraná, mas os produtores demonstram agilidade na recuperação da janela ideal de semeadura.
Em paralelo, o cenário climático, a pressão de pragas e doenças e os custos de produção trazem desafios e demandam estratégias eficientes para garantir que as expectativas positivas se tornem realidade.
Se você busca informações detalhadas e estratégicas para o milho safrinha, está no lugar certo. Vamos juntos entender o que o futuro reserva para essa safra que, de safrinha, só tem o nome.
Área plantada e produção do milho safrinha 2025: crescimento moderado
A estimativa da Conab para a área plantada com milho safrinha nesta temporada é de 16,6 milhões de hectares, representando um leve aumento de 1% em relação ao ciclo anterior.
O crescimento modesto reflete a cautela dos produtores diante de custos de produção elevados e cotações do cereal que não acompanham o ritmo das safras passadas.
Já a produtividade média estimada para a segunda safra de milho brasileira é de 5.702 kg/ha, resultado que impulsiona a produção total para 94,6 milhões de toneladas – um incremento de 4,8 milhões de toneladas em relação à safra anterior.

Segundo o IBGE, o rendimento médio das lavouras na segunda safra deve crescer 4,5%, consolidando um cenário positivo para os meses seguintes.
Ritmo de plantio e impacto climático na segunda safra de milho
Como citamos, o plantio do milho safrinha está diretamente relacionado à colheita da soja que, em algumas regiões, sofreu atrasos iniciais. Contudo, a mecanização acelerada e a recuperação da janela de plantio têm permitido que os trabalhos no campo avancem dentro do esperado em muitas áreas.
De acordo com dados da Conab, até o dia 2 de fevereiro apenas 5,3% da área total prevista havia sido semeada, com 74,3% dessas áreas em emergência e 20,3% em desenvolvimento vegetativo.


Muitas propriedades têm investido em logística e mecanização para garantir que a janela ideal de plantio seja respeitada. No entanto, os desafios não se limitam ao campo: gargalos no transporte de grãos para escoamento e armazenagem ainda são entraves que podem impactar a rentabilidade da safra.
O clima, principal fator de preocupação, tem se mostrado um ponto de atenção. Com a transição para um ano de neutralidade climática, espera-se que as chuvas ocorram de forma mais regular em comparação com os extremos causados por fenômenos como El Niño ou La Niña. Entretanto, é fundamental monitorar possíveis períodos de estiagem ou excesso hídrico, que podem afetar diretamente o desenvolvimento das lavouras.
Janeiro apresentou chuvas regulares na maior parte das regiões produtoras, favorecendo o preparo do solo e a semeadura. Para os próximos meses, o monitoramento de áreas suscetíveis à estiagem será crucial, especialmente no Centro-Oeste, onde os períodos secos costumam ser mais pronunciados.
Desafios fitossanitários para o milho safrinha: pragas e doenças no radar
A expectativa de chuvas regulares em algumas regiões pode favorecer a incidência e a pressão de diversas pragas e doenças.
A lagarta-do-cartucho(Spodoptera frugiperda) continua a ser a principal ameaça ao milho safrinha, com relatos de populações resistentes a alguns defensivos.

Além disso, os sugadores, que atacam desde a emergência até o enchimento de grãos, têm exigido atenção redobrada.
Entre as doenças, a mancha-branca(Phaeosphaeria maydis) e o complexo de enfezamento são os maiores desafios. Para mitigá-los, recomenda-se adotar estratégias completas considerando o MIP e MIPD, com aplicações bem planejadas de inseticidas e fungicidas, rotacionando os mecanismos de ação.

A integração de biotecnologias e práticas de manejo sustentáveis também serão chave para minimizar perdas.
Previsão e alerta para os próximos meses
Nos meses seguintes, espera-se que as condições climáticas sigam favoráveis à lavoura, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, onde chuvas regulares são previstas. No entanto, algumas regiões do Centro-Oeste e do Nordeste devem enfrentar irregularidades, com períodos de estiagem intercalados por chuvas intensas. Essas oscilações podem impactar a polinização e o enchimento de grãos, fases críticas para a produtividade.
A recomendação é acompanhar boletins meteorológicos e realizar ajustes no manejo conforme as condições de cada região.
Um olhar sobre o milho safrinha 2025: resumo das expectativas e dicas finais
A segunda safra de milho, em 2025, apresenta um cenário promissor, com projeções de crescimento na produção e na produtividade, mesmo diante de desafios como o clima e a pressão de pragas. O aumento no rendimento médio esperado reflete o esforço dos produtores em adotar tecnologias e práticas que otimizem os recursos disponíveis, além de reforçar o papel do Brasil como líder no mercado global de grãos.
Entretanto, o sucesso desta safra não depende apenas das condições climáticas ou do potencial produtivo dos híbridos plantados. Planejamento estratégico, monitoramento constante e decisões rápidas serão indispensáveis para contornar adversidades. O manejo integrado, que combina biotecnologia, rotação de culturas, uso racional de defensivos e práticas de agricultura de precisão, pode ser um diferencial crucial para maximizar a rentabilidade e minimizar perdas.
Os produtores devem, ainda, estar atentos às informações do mercado, às previsões climáticas e aos alertas fitossanitários. Investir em capacitação e buscar o suporte de especialistas e parceiros do setor, como a Syngenta, pode proporcionar um manejo mais eficiente e estratégico das lavouras.
Por fim, enquanto o milho safrinha se consolida como uma das culturas mais estratégicas para o agronegócio brasileiro, a cooperação entre os diferentes elos da cadeia – desde os produtores até as indústrias e exportadores – será fundamental para superar desafios e aproveitar as oportunidades que o mercado oferece.
E para ficar por dentro de tudo que acontece no campo, você pode contar com o Mais Agro!
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
Confira a central de conteúdos Mais Agro para ficar por dentro de tudo o que está acontecendo no campo.
Deixe um comentário