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O 9º levantamento da safra 2022/23, divulgado em junho pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), estima que a colheita de soja consolide safra cheia para o Brasil – 155,7 toneladas –, a maior da série histórica. O milho safrinha – cuja colheita já estava em 20% na primeira semana de julho – tem estimativas de produção 12% superior à safra anterior (96,3 milhões de toneladas). Assim, o Brasil tem vias de entregar ao mercado de grãos mais de 11% da produção mundial com a finalização da safra 2022/23.
No entanto, os preços pagos pelas commodities estão em queda, atingindo baixas que podem comprometer a rentabilidade do produtor brasileiro. Há cinco motivos que explicam esse comportamento do mercado no primeiro semestre de 2023:
- Alta oferta: a safra de milho já começou com estoques altos, e a soja teve produção elevada, gerando desequilíbrio entre oferta e demanda e reduzindo os preços.
- Atraso nas negociações: o atraso na colheita e a instabilidade no mercado travaram as negociações antecipadas, aumentando a disponibilidade da soja.
- Problemas logísticos: alta produção e baixas vendas congestionaram a logística de escoamento da safra, o que vem justificando a desvalorização do milho.
- Taxa de câmbio: a queda do dólar e a valorização do real empurram os preços das commodities para baixo.
- Baixa demanda: China e outros mercados internacionais importantes para as exportações brasileiras passam por problemas que fazem recuar a demanda.
Um conteúdo do Conexão Mais Agro, publicado em junho, apresenta uma análise atualizada sobre o mercado de grãos, em uma parceria entre a Syngenta e a Agroconsult.
Preços da soja e do milho entre agosto de 2022 e julho de 2023
Com todo esse cenário, os preços da soja, que já estavam em baixa, mantêm a curva decrescente desde novembro de 2022 – com pequenas oscilações –, enquanto o milho entrou para a tendência de queda a partir de março, visto a reação em cadeia no mercado de grãos.
Fonte: CEPEA, 05 de julho de 2023.
Fonte: CEPEA, 05 de julho de 2023.
Com isso, o produtor rural precisa ter atenção às melhores oportunidades de negociação, para conseguir alcançar uma boa rentabilidade na safra 2022/23 e sustentar os custos de produção do próximo ciclo, que têm indícios de serem menores do que os dos últimos dois anos.
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Como obter a melhor rentabilidade no mercado de grãos frente à queda dos preços?
A alta quantidade de grãos já disponível – que vai aumentar com o andamento da colheita do milho segunda safra – é o que sustentará a rentabilidade do produtor rural em 2022/23. Não fosse isso, o cenário de preços baixos poderia causar impactos financeiros bastante negativos.
As estimativas de exportação são positivas para o Brasil. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) coloca o país como maior exportador de soja e milho na safra 2022/23, diante de reduções para os EUA e a Argentina.
Espera-se que sejam exportadas 93 milhões de toneladas de soja – aumento de 17,7% em relação à safra anterior – e bons números também para os subprodutos, como farinha e óleo de soja.
Para o milho, o aumento é de 13,9% nas exportações, com estimativa de comercializar 55 milhões de toneladas no mercado de grãos internacional. O consumo interno total também aumentou para ambos os produtos.
O relatório de junho apresenta também projeções de crescimento para a safra 2023/24, prevendo bons volumes de venda para o Brasil, em um ciclo que promete resultados de produção ainda maiores.
Para manter a crescente de produtividade, principal fator que oferece segurança financeira para o agricultor em tempos de baixa de preços, é preciso assegurar a rentabilidade adequada. Isso possibilita o investimento em tecnologias para a lavoura no próximo ciclo, sustentando bons índices de produção mesmo diante de adversidades climáticas e alta pressão de pragas e doenças nos cultivos.
Sem isso, as boas práticas agrícolas e a proteção dos cultivos podem ficar comprometidas, diminuindo a participação brasileira no mercado global em 2024, que tende a proporcionar uma melhoria nos preços dos grãos.
A fim de apoiar o produtor rural neste momento, selecionamos três fatores a serem considerados para a melhor tomada de decisão sobre comercialização de soja e milho no mercado de grãos global.
1. Serviço de Barter da Syngenta
Considerando o histórico dos preços dos grãos e dos custos de produção, o período entre julho e setembro (antes do início da semeadura da soja 2023/24) é o melhor momento para realizar negociações.
Ainda que os grãos não estejam valorizados, o preço da soja teve leve aumento em julho, e o preço do milho pode continuar caindo – conforme aumenta a oferta, com a colheita da safrinha.
Essa análise é reforçada pela necessidade de escoar a produção – para aliviar a logística – e de realizar vendas antecipadas, a fim de não repercutir o problema de alta disponibilidade, um dos fatores que pressionou os preços de soja e milho para baixo.
O serviço Barter em Campo, da Syngenta, é uma iniciativa que chega para atender a todas essas necessidades, permitindo que o produtor realize negociações antecipadas das sacas de grãos e obtenha, sob condições mais vantajosas e rentáveis, os insumos necessários para proteger os cultivos durante a safra.
Com isso, o produtor consegue travar seus custos de produção e comercializar parte de sua produção antecipadamente, protegendo-se das oscilações do mercado, que podem ser prejudiciais para a saúde financeira do negócio.
Caso os preços para o grão negociado aumentem no período, o produtor não sai perdendo. O contrato Barter da Syngenta prevê correção de valores em caso de alta das commodities, o que não acontece se os preços caírem ainda mais. Ou seja, nessa modalidade de negociação, o valor da venda antecipada pode aumentar, mas nunca diminuir.
2. Programa de fidelização do Acessa Agro
Outra maneira de adquirir todos os insumos agrícolas para a safra 2023/24 sob melhores condições, com possibilidade de diminuir os custos de produção e aumentar a margem de lucro, é participando da fidelização da plataforma Acessa Agro. Por lá, o agricultor consegue benefícios na compra de produtos e serviços, tais como:
- serviços técnicos;
- capacitações;
- consultorias;
- equipamentos;
- aparelhos eletrônicos;
- tecnologias de agricultura digital.
A plataforma funciona como um programa de benefícios sistematizado por pontos, que são trocados por qualquer item do catálogo.
Há diversas maneiras de acumular pontos: ao cadastrar notas fiscais de produtos Syngenta ou participando de campanhas periódicas da empresa – por exemplo, a de julho de 2023, que concedia 10.000 pontos extras a quem concluísse cursos na plataforma Aplica Certo –, que possibilitam potencializar a geração desses pontos.
Nesse sistema de benefícios, é possível adquirir várias ferramentas que tornam a lavoura altamente tecnológica de maneira mais vantajosa, aumentando o potencial produtivo da safra com custos de produção mais baixos.
3. Acompanhamento das condições climáticas e do cenário do mercado internacional
A dinâmica do mercado de grãos depende muito dos resultados da produção global e da relação entre oferta e demanda. Portanto, as oportunidades para o Brasil são ditadas pela performance dos principais concorrentes fornecedores de produtos agrícolas, como EUA, China e Argentina, que dependem muito das condições climáticas.
As adversidades do clima na Argentina configuraram quebra de safra no país, abrindo espaço para melhores negociações para o produtor brasileiro no mercado global. Para o segundo semestre de 2023, os resultados das lavouras estadunidenses serão decisivos.
A expectativa de comercialização de grãos dos EUA para 2022/23 feita pelo USDA em junho é muito aquém dos dados do ciclo anterior (de 94,85 milhões de toneladas para 69,24). As projeções para 2023/24 são melhores, mas não suficientes para recuperar a competitividade do país no mercado internacional.
Além disso, a desvalorização do dólar coloca os produtos do país em baixa, assim como a capacidade de produção está reduzida, com 34.140.000 toneladas de milho a menos em 2022/23, em comparação com a safra anterior, e -5.150.000 toneladas de soja.
As projeções da safra 2023/24 estão positivas, mas tudo pode mudar até agosto, visto que o país sofre com adversidades climáticas que interferem na agricultura e têm chances de se tornarem ainda mais intensas com a consolidação do El Niño ao longo do segundo semestre de 2023.
Tudo isso aumenta a competitividade do Brasil no mercado de grãos, o que favorece a rentabilidade do produtor rural, mesmo diante dos preços baixos que vêm sendo praticados.
As soluções apresentadas neste artigo são alternativas positivas em qualquer cenário econômico, visto a volatilidade característica do agronegócio, mas contribuem ainda mais em um momento de gestão de crise.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
Acesse o portal Syngenta e confira a central de conteúdos Mais Agro para ficar por dentro de tudo o que está acontecendo no campo.
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