O café especial brasileiro segue avançando com força no mercado global, impulsionado pela qualidade, rastreabilidade e diversidade sensorial que o tornam atrativo para consumidores exigentes de todo o mundo.
Em 2024, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), promoveu uma demanda crescente por cafés diferenciados em regiões que antes consumiam majoritariamente chá, como China e Oriente Médio.
O Japão, em particular, se destaca como um consumidor fiel e sofisticado de cafés brasileiros, movimentando o mercado de especialidades.
Expansão do café especial brasileiro no mundo
A BSCA tem sido peça-chave na expansão global do café especial brasileiro por meio do projeto “Brasil The Coffee Nation“, em parceria com a Apex-Brasil, levando a presença do país para feiras e eventos internacionais. O Diretor Executivo da BSCA, Vinicius Estrela enfatizou o impacto positivo para os cafeicultores.
“A demanda crescente e o reconhecimento pela qualidade, sustentabilidade e consistência abrem grandes oportunidades para 2025, especialmente em mercados emergentes na China e Oriente Médio. Esse movimento é extremamente positivo para o cafeicultor brasileiro, pois o consumo de café especialmente valoriza o grão de alta qualidade e permite que o produtor obtenha um preço diferenciado”, destacou Vinicius.
China: expansão que engrandece o café brasileiro
Nos últimos anos, o consumo de café na China cresceu e abriu novas oportunidades para o café brasileiro. No ano de 2023, por exemplo, os dados do Conselho Nacional dos Exportadores de Café (Cecafé), apontou que as vendas nacionais da bebida para o país aumentaram em 275% na comparação com o ano de 2022.
Essa mudança tem impactado o Brasil, que fechou novos acordos, o que fez com que a China saltasse da 20ª para a 6ª posição no ranking de importadores de café.
“E a tendência é o café superar o chá na Ásia inteira. Temos uma média de aumento no consumo de 2% ao ano no mercado global. Na Ásia esse crescimento é de 4%, estamos falando do mercado dinâmico hoje, para o café”, destaca Celso Vegro, Engenheiro Agrônomo, Mestre em desenvolvimento agrícola e pesquisador científico do Instituto Agronômico (IA).
Mercado japonês: tradição e sofisticação no consumo de café especial
Embora o Japão, tenha uma longa história de apreciação pela bebida, ele ainda é uma potência para o mercado de cafés especiais, e tem intensificado seu consumo nos últimos anos.
Vinicius Estrella, Diretor Executivo da BSCA, pontua que a relação antiga que o país tem com o café, cria uma excelente oportunidade para os grãos brasileiros.
“Os consumidores japoneses estão cada vez mais exigentes, valorizando perfis de sabor complexos e certificados de origem. Evidentemente para o Brasil, isso representa uma oportunidade incrível, ainda mais para os produtores que investem em rastreabilidade e sustentabilidade”, comenta Vinicius.
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Por sua vez, o Brasil segue se consolidando como um dos principais fornecedores de café especial no mundo. Além disso, Vinicius pontua que essa demanda crescente reflete o reconhecimento da qualidade dos cafés brasileiros.
“Esse cenário nos mostra a consistência do mercado que temos construído e abrem grandes oportunidades para 2025. Especialmente em mercados emergentes na Ásia e Oriente Médio onde o consumo de café especial está apenas começando a ganhar força”.
O movimento é extremamente positivo para o cafeicultor brasileiros, já que o consumo de especiais prioriza e depende do grão de alta qualidade. Além disso, o movimento permite ao produtor alcançar preços diferenciados e ainda criar relacionamentos estreitos com torrefações internacionais.
Iniciativas como o concurso Cup of Excellence, com a nova categoria “Experimental”, vêm incentivando a adoção de métodos inovadores além de ampliar a visibilidade dos cafés brasileiros. Isso ajuda a promover a singularidade das regiões produtoras. “Além disso, na BSCA temos evoluído na promoção e incentivo a novos processos”, destaca Vinicius.
Em 2025, a expectativa é que o consumo global de cafés sustentáveis e rastreáveis cresça ainda mais, destacando o papel do Brasil.
“Sem dúvida, esperamos continuar expandindo as fronteiras do café especial brasileiro e diversificando nossos mercados. Certamente, o crescimento do interesse por cafés brasileiros, são tendências globais que beneficiam o nosso produtor”, finaliza Vinicius.
Além disso, o mercado brasileiro deve, segundo a BSCA, trabalhar para fortalecer as indicações geográficas e promover o valor do terroir brasileiro.
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