Clima incerto amplia a ocorrência da praga no Brasil

É comum escutarmos que o bicho-mineiro é a principal praga da cafeicultura, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. No entanto, esse não é um tormento que surgiu recentemente entre os cafeicultores. A trajetória de luta do produtor contra essa praga começou há muitos anos.

Os primeiros relatos sobre o surgimento do bicho-mineiro ocorreram há 178 anos, em lavouras cafeeiras nas Antilhas do Caribe. Desde então, a praga se tornou objeto de estudos em muitas pesquisas científicas no meio agrícola, recebendo diversas nomenclaturas. Por volta de 1897, foi classificada como Leucoptera coffeella, até se tornar uma praga comum e de ocorrência generalizada.

Surgimento da praga no Brasil

O período em questão também marcou a disseminação do bicho-mineiro nos continentes Africano, Asiático, na América Central, América do Sul, bem como nas Ilhas do Caribe.

Países tropicais de clima quente e úmido foram vítimas da disseminação dessa praga naquele período. Apontamentos de historiadores relatam que o bicho-mineiro foi detectado pela primeira vez no Brasil ainda em meados do século XIX, e logo naquela época já se tornou uma praga séria e de difícil controle na cafeicultura brasileira. Desde então, em diversas partes do país, os cafeeiros foram atingidos pela praga.

Folha da planta do café, em lavoura de Minas Gerais,  já atacada pela praga do bicho-mineiro

O desafio ao longo dos anos foi grande e demandou muito apoio da ciência para reduzir as perdas em campo registradas nas mais diversas regiões produtoras.

Como o bicho-mineiro se tornou a principal praga do café?

Em comparação com os estragos que causou não só no Brasil, mas em vários outros países quando surgiu, o bicho-mineiro é uma preocupação menos violenta. No entanto, continua sendo a pior praga da cafeicultura brasileira.

As principais ocorrências vinham sendo registradas no Cerrado Mineiro; porém, as oscilações climáticas, com altas temperaturas e chuvas irregulares, têm colaborado para a ocorrência da praga na Alta Mogiana Paulista e no Sul de Minas Gerais. Nessas regiões, o clima quente e seco tem favorecido a praga, que já tomou proporções maiores. O cenário também se repete na produção de conilon em algumas partes da Bahia e no Norte do Espírito Santo.

“O produtor está tendo que ir em busca de diversas ferramentas para controle”, destaca Felipe Borges, Desenvolvimento Técnico de Mercado.

Conheça o manejo ideal contra a principal praga cafeeira

E apesar do aumento das ocorrências dessa praga, os investimentos em pesquisas científicas têm auxiliado o produtor no controle. Um dos pontos de destaque desse manejo é o respeito aos intervalos de aplicações, conforme explica Felipe.

“A gente sempre usa o termo ‘manter a janela fechada’ com inseticidas de diferentes grupos químicos. Então, você pode usar a aplicação de solo em outubro e a segunda aplicação de solo em janeiro, e trabalhar moléculas novas.”

E o uso dessas moléculas pode variar de acordo com os níveis de infestação da praga. Esse fator evidencia a necessidade de o produtor saber identificar qual é a situação da população de bicho-mineiro que possui em sua área e em quais fases estão, já que cada tipo pode demandar um princípio ativo diferente.

“O produtor tem que saber trabalhar as ferramentas certas nos momentos certos para poder ter sucesso no controle dessa praga”, finaliza Felipe.

Nos dias atuais, o bicho-mineiro pode acarretar perdas superiores a 70% no cafeeiro se não for controlado.

Inovações que tem colaborado para o melhor controle: 

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Por que bicho-mineiro, você sabe?

Já se perguntou por que a praga ganhou esse nome? O nome está associado à ação da larva, que, ao penetrar na folha, se alimenta do tecido, deixando um vazio entre as epidermes da folha. Esse vazio ficou conhecido como “minas”, fomentando assim o nome que se popularizou: bicho-mineiro.

Praga bicho-mineiro em  ação em lavoura de café em Minas Gerais.

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