A utilização de inoculantes na cultura da soja não é mais uma novidade na agricultura tropical. Desde a década de 1960, produtos biológicos baseados em bactérias que captam nitrogênio do ar e viabilizam sua assimilação pelas raízes dessas leguminosas têm sido utilizados nas lavouras.
A representatividade comercial dessa cultura, que hoje se tornou a maior commodity brasileira, é amplamente atribuída ao entendimento e ao aprimoramento da tecnologia sobre a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), cujos pioneiros na pesquisa foram pesquisadores brasileiros.
O sucesso desse empreendimento possibilitou a diminuição da dependência dos fertilizantes químicos nitrogenados – geralmente importados – não apenas alavancando a produção de soja no país, mas também diminuindo seus custos produtivos.
Com o avanço dessas tecnologias, novas soluções surgem para atender às necessidades específicas do sistema produtivo, como RIZOLIQ® UHC (Ultra High Concentration), um produto que representa o que há de mais avançado em inoculantes biológicos.
RIZOLIQ® UHC foi desenvolvido para atender até mesmo às necessidades de variedades de soja mais sensíveis, que podem apresentar maior potencial produtivo, mas exigem um tratamento de sementes altamente eficaz para assegurar resultados superiores a campo.
Entender a importância da concentração dos inoculantes é essencial para quem busca excelência na produção de soja. Continue lendo para descobrir como a nova tecnologia de alta concentração pode transformar os resultados da sua lavoura!
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Qual a importância da Fixação Biológica de Nitrogênio para a cultura da soja?
O nitrogênio é um elemento vital para o crescimento e o desenvolvimento das plantas e deve estar presente em grandes quantidades no solo para evitar deficiências, uma vez que plantas saudáveis contém entre 3% e 4% de nitrogênio em seus tecidos acima do solo – uma concentração significativamente maior do que a de outros nutrientes.
Dentro das plantas, esse elemento é convertido em aminoácidos, os componentes essenciais das proteínas, e também participa na formação do protoplasma, onde ocorre a divisão celular e o crescimento das plantas, além de estar presente no DNA, RNA e em várias vitaminas, como biotina, tiamina, niacina e riboflavina.
Os aminoácidos são usados para produzir enzimas e proteínas armazenadas nos grãos e nas sementes, fazendo do nitrogênio um combustível essencial para as células. Esse elemento é vital no processo de fotossíntese, ajudando na formação da clorofila e na cor verde das plantas, sendo assim fundamental para a própria produção vegetal.
Apesar de o nitrogênio constituir 78% da atmosfera, as plantas não podem absorvê-lo diretamente. Esse elemento atmosférico precisa ser convertido por meio de um processo natural da FBN realizado pelas bactérias.
A soja é uma cultura de alta demanda de nitrogênio, e a inoculação pode fornecer até 100% da necessidade desse fertilizante dentro do ciclo da cultura.
Não à toa, a economia resultante da produção de soja sem a utilização de adubos nitrogenados no Brasil ultrapassa a quantia de US$26,8 bilhões de dólares por safra. Além da economia, a redução da dependência do uso de fertilizantes químicos contribui para uma produção de alimentos mais sustentável economicamente e ainda ajuda na preservação do meio ambiente.
Os avanços biotecnológicos nas pesquisas sobre soja não só expandiram a área plantada, mas também aumentaram a produtividade por unidade de área, elevando a produção de grãos no país.
Esses fatos demonstram o crescimento contínuo da cultura e indicam potencial de desenvolvimento futuro sem a necessidade de aumentar a área plantada, já que as tecnologias avançam a cada novo ciclo, proporcionando melhorias para a produtividade dos grãos.
Como ocorre o processo de FBN?
O gás nitrogênio (N2) presente na atmosfera, na natureza é convertido em formas não disponíveis para as plantas, como o óxido nítrico (NO).
Porém, as formas mais significativas de nitrogênio são fixadas (como amônia, nitritos e nitratos) por microrganismos do solo, responsáveis por mais de 90% de toda a fixação de nitrogênio. Nessas formas reduzidas, o nitrogênio se torna acessível e pode ser absorvido e utilizado por plantas e outros microrganismos.
Existem dois tipos principais de microrganismos fixadores de nitrogênio: as bactérias de vida livre (não simbióticas) e as bactérias simbióticas, como as do gênero Rhizobium e Bradyrhizobium.
As bactérias simbióticas fixadoras de nitrogênio penetram nos pelos radiculares das plantas hospedeiras, onde se multiplicam e promovem a formação de nódulos nas raízes. Esses nódulos são áreas de intensa interação entre vegetais e bactérias.
Dentro dos nódulos, as bactérias transformam o nitrogênio livre (N2) em amônia (NH3), que a planta hospedeira utiliza para o seu crescimento.
Por isso, para assegurar a formação adequada de nódulos e o desenvolvimento ideal das leguminosas é que as sementes são tratadas com cepas comerciais de bactérias inoculantes.
História e evolução dos inoculantes no Brasil
A inoculação consiste em adicionar bactérias na superfície das sementes antes do plantio, mitigando a necessidade de fertilizantes químicos e resultando em mais economia e segurança para o sojicultor.
Essas bactérias têm a capacidade de capturar o nitrogênio da atmosfera e formam nódulos nas raízes das plantas, tornando o nitrogênio disponível de maneira mais eficiente para o crescimento vegetal. Esse processo, conhecido como Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), é uma simbiose fundamental para a agricultura moderna.
A cultura da soja é a que mais utiliza essa técnica, pois se estima que, para cada 1000 kg de grãos de soja produzidos, sejam necessários 80 kg de nitrogênio, que podem ser totalmente fornecidos pela fixação biológica.
No Brasil, a história dos inoculantes começou a se consolidar na década de 1970, graças ao trabalho pioneiro de pesquisadores como Johanna Döbereiner e Ruy Jardim Freire, que atuavam na EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Seus esforços levaram à seleção de cepas de bactérias do gênero Rhizobium adaptadas às condições de solo e clima tropicais, marcando o início da utilização comercial de inoculantes no cultivo da soja.
À medida que a tecnologia evoluiu, novas metodologias de aplicação foram desenvolvidas, permitindo uma simbiose mais eficiente entre as bactérias e as plantas, o que resultou em redução significativa ou até eliminação da necessidade de fertilizantes nitrogenados.
Essa evolução seguiu, culminando em produtos como RIZOLIQ® UHC, que se destaca por sua alta concentração de bactérias, sendo a solução para inoculação com a maior concentração do mercado.
Essa característica é particularmente importante para variedades de soja mais sensíveis, em que um bom tratamento de sementes é crucial para assegurar resultados superiores no campo.
RIZOLIQ® UHC representa a vanguarda da tecnologia de inoculantes no Brasil, continuando o legado de inovação iniciado pelos pesquisadores pioneiros e adaptando-o às necessidades atuais da agricultura.
RIZOLIQ® UHC: o novo padrão em inoculação para soja com a maior concentração do mercado
A evolução da inoculação na cultura da soja acaba de ganhar um novo capítulo com o lançamento de RIZOLIQ® UHC.
Desenvolvido para atender às mais recentes demandas da soja em tratamento de sementes, a Syngenta Biologicals apresenta RIZOLIQ® UHC, um inoculante líquido de longa vida compatível com outras soluções para o Tratamento de Sementes Industrial (TSI) de soja.
RIZOLIQ® UHC se destaca como a solução mais concentrada do mercado, estabelecendo um novo padrão em eficiência e desempenho na Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN).
Com sua formulação inovadora, RIZOLIQ® UHC oferece uma quantidade superior de bactérias benéficas por dose, possuindo 4 x 10^10 UFC (unidades formadoras de colônias) por mL, graças ao método de concentração de células por centrifugação, potencializando o processo de FBN e, consequentemente, o crescimento saudável da planta.
Mas RIZOLIQ® UHC vai além da alta concentração: essa solução também proporciona uma maior flexibilidade e comodidade para os produtores, graças ao seu tempo estendido de pré-inoculação, sendo o único inoculante líquido com janela de pré-inoculação de até 90 dias.
Ou seja, o inoculante, quando aplicado à semente, mantém sua eficácia por até 90 dias antes do plantio, permitindo que o produtor possa abrir e plantar sem se preocupar com a perda de eficiência do produto, de acordo com a janela ideal para a operação.
Com a chegada dessa solução, a indústria de tratamento de sementes (TSI) ganha uma ferramenta poderosa, que permite ao produtor adquirir sementes já tratadas e inoculadas, prontas para o plantio.
Essa característica única de RIZOLIQ® UHC – mais comodidade com máxima eficiência – responde diretamente às necessidades dos produtores que buscam resultados superiores e praticidade no manejo.
O infográfico abaixo resume os principais diferenciais de RIZOLIQ® UHC:
Além disso, por ser desenvolvido com a precisão e o rigor da Syngenta Biologicals, RIZOLIQ® UHC utiliza uma formulação líquida inovadora e avançada, enriquecida com a tecnologia de resistência das bactérias inoculantes de Bradyrhizobium diazoefficiens e incorporando duas inovações exclusivas:
- Tecnologia de Osmoproteção Celular (TOP): uma técnica que submete as bactérias a um estresse controlado, variando temperatura e pressão, resultando em microrganismos mais resistentes e altamente performáticos no TSI.
- Protetor Bacteriano Externo (PREMAX): cria um ambiente ideal para a sobrevivência das bactérias, protegendo-as em condições adversas e assegurando a eficácia e viabilidade do produto.
Com RIZOLIQ® UHC, os sojicultores podem esperar uma solução com mais comodidade e máxima eficiência para a inoculação das sementes de soja, combinando tecnologia de ponta, sustentabilidade e eficiência no campo.
Finalmente, esse inoculante elimina a necessidade de retratamento na fazenda, o que reduz os custos operacionais e melhora a logística do plantio, oferecendo maior flexibilidade e conveniência para os produtores.
A introdução de RIZOLIQ® UHC no mercado é mais um passo em direção a uma agricultura mais sustentável e eficiente.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
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